Não sei a quanto tempo estou olhando para o teto do meu quarto, meus pensamentos eram tantos quê não conseguia focar em apenas um.
Eu me sentia vazia, como um urso de pelúcia sem nenhum algodão dentro. Eu não conseguia falar ou ao menos escutar algo ao meu redor.
Eu sabia que tinha alguém ali comigo, tentando se comunicar, mas eu não queria falar, não queria olhar para ninguém.
Eu não queria mais nada.
Tudo o quê aconteceu, toda essa tragédia na minha vida, não foi nada mais do quê as consequências das minhas escolhas. Eu fiz tudo isso acontecer.
Eu deveria tê-la escutado antes, eu deveria saber que o Thomas não era alguém bom, eu deveria ter prestado atenção nos detalhes...
Eu deveria...
Mas isso não importa mais, ela não está aqui, Thomas está lá fora, apenas esperando uma oportunidade. E eu, não vou poder fazer nada a respeito.
Eu não tinha controle sobre a minha vida, eu não tenho controle sobre mais nada.
Sinto um afago em meus cabelos e depois de algumas horas, eu olho para a pessoa quê está do meu lado.
Era o Andrew, seu rosto refletia um enorme cansaço físico, talvez mental. Meus olhos rapidamente se encheram de lágrimas, eu estava causando dor neles também.
- Eu sinto muito. - Susurrei.
Andrew rapidamente me abraçou e sussurrou repetitivamente " Não é sua culpa" em meu ouvido. E foi impossível não desabar novamente.
Não sei quanto tempo fiquei chorando em seu colo. Mas sei que chorei até não restar mais lágrimas para chorar.
Depois de alguns segundos, consegui sentar na cama, conseguia sentir o olhar de Andrew sobre mim, com extrema preocupação.
- Ally, eu sei quê não quer falar sobre isso, mas... - Sua voz estava extremamente hesitante- o quê aconteceu nesse quarto, para que você tivesse um surto? Você começou a gritar e depois desmaiou.
Minha vontade nesse momento foi de gritar, gritar bem alto quê Thomas tinha matado a minha mãe e que estava atrás de mim e quê eu estava com medo.
Mas eu não poderia fazer isso, não sei mais o limite do quê Thomas pode fazer se eu contar para alguém o quê eu sei, ele poderia matar mais alguém e eu não aguentaria mais uma perda por minha culpa.
- Eu só... - Minha voz tremeu levemente- só sinto muito a falta dela.
Andrew apenas balançou a cabeça concordando, ele sabia quê eu estava mentindo. Mas respeitou meu silêncio.
- Vá tomar um banho, estarei te esperando lá em baixo com a Lisa e o Rafael.
Depois de um banho de poucos minutos, decido colocar qualquer roupa que estivesse na minha frente.
Quando cheguei à cozinha, Lisa tinha acabado de tirar uma torta do forno. Olhei para a mesa e rapidamente percebi que todas as minhas comidas preferidas estavam lá. Eles tinham feito tudo isso pra mim.
Eu tenho sorte de tê-los do meu lado.
- Obrigado. - Digo em voz alta, chamando a atenção dos três - Obrigado, pelo quê estão fazendo por mim.
- Sempre estaremos aqui pra você. - Rafa diz se levantando e me dando um beijo na testa. - Além de quê é ótimo encher a barriga por sua causa.
- Rafael! - Lisa grita lhe jogando um pano de prato.
Foi impossível não soltar uma pequena risada com essa cena.
Durante o almoço Rafa falava várias piadas para alegrar todos, e sempre funcionava.
Ao fim da tarde Lisa e Rafa tiveram que ir embora, afinal, eles saíram bem rápido de onde estavam para poder estar aqui, além de terem que avisar os seus trabalhos de que viriam ao enterro.
Enquanto eu estava desmaiada, tinham se passado a noite e a manhã. Então, o enterro da minha mãe seria amanhã.
- Ei. - Andrew chamou minha atenção, ele estava com um casaco na mão e a chave do carro. - Estou indo finalizar tudo para o enterro da sua mãe, você quer vir junto?
Eu apenas balanço a cabeça em negação, eu não tinha estrutura para fazer aquilo, a ficha não tinha caído ainda.
- Tudo bem. Se precisar ou se acontecer algo me liga, tá bom? Vou deixar o celular ligado. - Ele me dá um beijo na cabeça e vai em direção a porta.
Escuto o barulho do carro saindo e em seguida o silêncio. Nunca gostei do silêncio, ele me deixa bastante pensativa sobre as coisas, sempre colocava uma música para fazer barulho. Mas não queria música agora.
Após alguns minutos escuto o telefone fixo começar a tocar. Penso que é o Andrew, talvez ele tenha esquecido de me dizer algo.
- Andrew? - Pergunto.
- Errou, quer outra tentativa? - Uma voz grossa diz em um tom brincalhão, mas eu consigo sentir a raiva nela.
- T-Thomas? - Minha voz falha.
- Acertou! Sabia quê isso merece um prêmio, você poderia...
- O quê você quer? - Pergunto o cortando.
A linha fica muda por alguns segundos, até penso em desligar, mas meus braços estavam travados, não conseguia desligar ou me mover.
- Eu lhe disse quê nos encontraríamos depois de alguns dias. Estou aqui para dizer como isso vai acontecer. - Seu tom está calmo.
- E se eu não quiser?- Não consigo esconder minha irritação.
- Você não tem quê querer. Mas, se por algum motivo você não fazer o quê eu pedir. - Ele fica em silêncio por alguns segundo e em seguida solta uma pequena risada - Talvez seus amiguinhos e seu papai possam querer participar.
- Por favor, não machuque eles! - Levanto rapidamente do sofá, a aflição presente em minha voz.
- Quê bom que estamos nos entendendo. - Eu não estava em sua presença, mas sabia que ele estava sorrindo- Agora quero que escute bem, daqui a dois dias você vai voltar para o seu apartamento, não me importo que desculpa vai usar para não desconfiarem de quê algo está acontecendo.
- Eu estarei no seu apartamento te esperando, se você contar pra alguém ou para a polícia, eu vou saber. E você não vai querer me ver bravo não é, rainha? - Sua voz sai ameaçadora.
- Não. - Digo quase sem voz.
- Ótimo! Então nos veremos daqui a dois dias meu amor.
Em seguida ele desliga, não consegui ter uma reação rapidamente, eu pensava que tinha alguma escolha. Mas eu não tenho, eu estou nas mãos dele.
Quando Andrew retorna, não conto nada sobre a ameaça clara de Thomas. Apenas digo quê vou ficar apenas dois dias, e após isso, retornaria para o meu apartamento.
Ele não gostou da ideia, mas aceitou, mas disse que todo dia iria me ligar para ver como eu estava.
Apenas concordei e em seguida subi para o meu quarto, mesmo sabendo quê não dormiria nada aquela noite.
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Oie Gente ^^
Como estão? Espero que bem.
Gente, tô com dó da Ally já, só sofre a coitada.
Demorei um pouco para postar, pq eu saí pra espairecer gente. Foi incrível, tirei um tempo para mim.
Não pensem nunca q eu abandonei essa história, nunca faria isso, mesmo que demore.
Não tenho mais nada à dizer, além de MUITO OBRIGADO!!!!
Sério gente, vocês são incríveis, obrigado pelos comentários, votos e pelos puxões de orelha para a atualização.
Vejo vocês no próximo.
Bjs ^-^
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Namorado Obsessivo
RomansaAlly Smith não fazia idéia de como sua vida iria mudar ao 17 anos, cursando o último ano do ensino médio, com amigos leais e uma mãe que a ama, ela não deseja mais nada. Porém o destino dela se cruzou com o de Thomas Cooper, um garoto de 18 anos, ri...