Capítulo Treze

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Já se passaram três semanas desde que comecei a morar com o Dr. Andrew, mesmo não sendo uma coisa que eu planejei na minha vida, está sendo bom pra mim, não me sinto sozinha em casa.

Andrew se tornou um grande amigo e conselheiro na minha vida, demorou alguns dias até que acostumamos a morar juntos, a casa possuía três quartos, então não foi complicado me ajustar.

Faltava apenas mais dois meses para as aulas acabarem, as provas finais já estavam sendo passadas e todos estavam uma pilha de nervos, afinal, é o último ano, ninguém quer reprovar logo no final.

Felizmente eu consegui pegar de letra a maioria dos conteúdos, o quê facilitou e muito os meus estudos, e algumas aulas de reforço para a Lisa e o Rafa.

Minha mãe não teve nenhuma mudança no seu quadro, o quê resultou no que Andrew pensou, minha mãe entrou em coma e os médicos não sabem quando ela pode acordar.

Isso me deixa extremamente triste, mas vou me esforçar para ter a vida que ela queria para mim, a vida que ela não pode ter. A vida que o Thomas tirou dela.

Thomas... Nunca mais ouvi falar dele, fico feliz que minha vida não irá se cruzar com a dele novamente. Até porquê, não sei o quê faria se o visse novamente.

- Ally, desce, é hora de comer! - Escuto o grito de Andrew.

- Já vou! - Fecho rapidamente meu diário e o escondo em um fundo falso no armário.

Andrew pagou uma psicóloga para mim depois que eu lhe contei a minha história, ela me recomendou escrever para me acalmar e pensar com mais clareza. Devo dizer que ela estava certa.

Quando chego na cozinha, observo Andrew colocando uma lasanha em cima da mesa, onde possuía os pratos e os talheres.

- Você realmente ama lasanha. - Digo rindo e sendo acompanhada pela sua risada.

- Eu amo! - Exclamou animado.

Depois disso, sentamos e comemos em uma conversa muito animada. Sempre era assim. Após terminarmos Andrew foi lavar a louça, já que hoje era o dia dele.

Subi para o meu quarto e rapidamente fui para a cama, e como em todas as noite desde aquele dia, eu me pergunto antes de dormir:

Eu poderia tê-lo parado?

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- Gente! Hoje é o último dia de provas! - Lisa exclama para a escola toda, fazendo com que eu e o Rafa quase entremos nas cadeiras de tanta vergonha. - Eu sei do amor que vocês têm por essa escola. Mentira gente, vocês odeiam esse lugar, então comemoremos o final, minha gente!

Lisa levanta os braços, como se estar em cima da mesa não fosse o bastante. E por incrível que pareça, os alunos a acompanharam com gritos, fazendo assim ela finalmente descer da mesa.

- Eu não sei o quê eu faço com você Lisa. - Digo rindo.

- Me ame, Ally. - Ela diz se aproximando com um biquinho pra me beijar, o quê ocasionou seu tombo da cadeira e três patetas rindo até chorar.

- Eu vou sentir saudade daqui gente. - Rafa diz. - Sabe, não da pressão da escola, os trabalhos, etc. Mas desses momentos aqui, nunca imaginei que um inferno como essa escola, teria capetas legais como vocês.

Eu e Lisa damos cada uma um tapa no braço do Rafa, em seguida o abraçamos.  Mesmo sendo de um jeito todo errado, o Rafa falou a verdade, graças a essa escola que eu conheci pessoas que levarei para a vida toda, meus amigos.

- Eu também vou sentir saudade. - Falei com a voz repleta de emoção.

- Ah, não gente. Se vocês ficarem sentimentais assim no último dia eu vou chorar. - Lisa diz com os braços cruzados, mas dava pra perceber pequenas lágrimas se formando no canto dos seus olhos. - Além do quê, a gente não vai deixar de sermos amigos simplesmente porquê não iremos estudar na mesma faculdade.

Namorado ObsessivoOnde histórias criam vida. Descubra agora