Capítulo Dezenove

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Abro meus olhos lentamente, com a sensação de ter sido atropelada mil vezes. Estou em um quarto enorme, porém desconhecido, onde eu estou?
Meus sentidos estão lentos, mas minha mente está disparada.

Thomas matou todas aquelas pessoas. O quê ele vai fazer comigo?

Tento me levantar da cama, mas minhas pernas não respondem, sinto vontade de chorar, mas não posso, tenho quê descobrir onde estou e sair daqui.

Ouço um barulho a minha esquerda, uma mulher alta entra por uma porta, tento lhe dizer algo mas não consigo.

- Não tente falar Senhorita Ally, o sedativo quê a senhorita tomou era muito forte.- Ela diz se aproximando da cama e mexendo nos lençóis- O Senhor Cooper nos disse que se confundiu com a medicação, então arrumamos tudo para a senhorita.

Ele mentiu sobre isso? Por quê? Ele não é chefe deles?

- Onde... Onde eu...- Tento dizer, mas minha língua parecia travada- E-estou?

A mulher a minha frente me olha confusa e em seguida com pena, como se eu fosse louca. Em seguida se aproxima e segura minha mão, olho com extrema confusão para ela.

- Não precisa se preocupar, a senhorita está em casa.- Em seguida se levanta e anda em direção à um sofá a direita, pega alguns panos quê identifiquei como roupas e começa a andar em direção à porta.

- Espera... Por favor- Digo levantando de leve minha mão. Não quero ficar aqui sozinha.

- Está tudo bem, daqui a pouco o Senhor Cooper estará aqui, irá vê-lo em breve.- E com um sorriso fecha a porta.

O quê está acontecendo?

Respiro fundo para colocar os pensamentos em ordem, Thomas matou minha mãe, me sequestrou, ameaçou todas as pessoas que amo e ainda matou várias pessoas do prédio onde eu morava.

Mas, por quê eles não fugiram? Ficaram lá, eles não sabiam? Mas ele disse para alguém sobre "fumaça", será quê ele pretendia forçar minha morte?

Sinto o pânico se alastrando pelo meu corpo rapidamente, ele não poderia fazer isso, não tem como forjar a morte de alguém, tem DNA e aparência das pessoas, ele não pode ter feito isso.

Ouço o barulho da porta rapidamente, fecho os olhos e finjo que estou dormindo, sei que é o Thomas, tento me acalmar mas minha respiração está cada vez mais ofegante a cada passo que eu escuto.

- Eu sei que está acordada, não precisa ter medo, não farei nada com você. - Ele diz segurando minha mão, não abro os olhos pensando que assim ele sairia novamente- Não me ignore Ally, ou sofrerá consequências por suas ações.

Abro os olhos lentamente, o medo pulsando em meu coração como sangue, ele estava mais arrumado do quê todas as vezes em que o tinha visto. Parecia muito feliz com algo.

- Olhe como você está linda, pedi exclusivamente um banho para relaxar seu corpo. - Tento lhe dizer algo mas como antes não consegui- Ah sim, tinha me esquecido do sedativo, sinto muito por isso, mas você não poderia saber onde estamos, seria muito perigoso. Mas quero usar esse tempo em que você não possa me responder para te contar algumas coisas.

Ele se levantou e foi em direção à uma mesa quê estava perto de uma janela, pegou alguns papéis e se aproximou lentamente.

- Você se lembra disso? - Diz colocando os papéis perto do meu rosto, onde consigo ver claramente minha assinatura. Tento levantar e novamente falho- Não precisa ficar nervosa, querida. Eu sei que você não leu isso, então quero fazer as honras de te contar.

Sinto minha respiração desregular, eu estava com medo do que estaria naquele papel, eu assinei somente para Nicolas sair da minha casa, eram para tirar ele da cadeia.

Ele se aproxima e se senta do meu lado, sua mão se aproxima do meu rosto, viro para que não consiga, mas ainda sinto seus dedos em minha bochecha.

- Sabe, teve um tempo em que eu pensei quê perderia você pra sempre. Foram os piores meses da minha vida, sabia? - Diz puxando meu rosto para que pudesse vê-lo - Eu não consigo viver em um mundo em que você não esteja comigo, se você entendesse isso e me aceitasse, poderíamos conquistar o mundo se você quisesse.

- Eu... Não...Quero...Nada...De você- Consigo dizer com dificuldade.

Ele me olha com calma, como se estivesse pensando em como me responder, contrariando meu pensamento de ser agressivo, ele se levanta e anda até a janela.

- Eu lhe contei sobre o Senhor Michael quê me adotou, certo? De quê ele fez isso por não ter tido nenhum herdeiro e por isso eu quê tive que comanda-las. Os sócios dessa empresa prezam muito por descendência sanguínea, como eles não queriam que o erro de Michael acontecesse de novo, me deram um aviso.

- O quê...?- Tento dizer.

- Calma, vamos chegar lá. Eu não queria uma criança, elas sempre me deixam irritado, além do quê, eu não queria ter um filho com uma mulher qualquer, eu tinha 16 anos, porquê iria querer um filho? Mas depois de dois anos, após muitas mudanças, eu finalmente te achei. - Ele se vira em minha direção, mas sei que não está olhando pra mim- Com um sorriso puro e inocente, a alegria em seus olhos, eu queria essa alegria. Minha vida sempre foi solitária, o máximo que eu tinha, eram empregados rondando pela casa. Desde o momento em que coloquei os olhos em você Ally, desde o primeiro segundo, eu soube que você era a única mulher digna de ter um filho meu.

Olho completamente espantada em sua direção, suas palavras me pareciam confusas e sem lógica, ele não estava falando nada com nada.

- Pela sua expressão percebo que não entendeu, vou explicar. Nos documentos quê você assinou dizia que você terá quê ter um filho meu, quando e como eu quiser.

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Olá pessoas ^-^

Como estão? Espero que bem.

Eu sei, passei muito tempo sem postar, e sendo sincera eu só não tive disposição para escrever em pleno ano de 2020, uma ano realmente maravilhoso.

Quero quê saibam que eu vou continuar escrevendo, e para não ficar uma coisa feia irei escreve-los com calma.

Espero que tenham gostado desse capítulo, até o próximo ^_^

Bjs ×-×

Namorado ObsessivoOnde histórias criam vida. Descubra agora