The rescuers to rescue

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Todo o cenário daquilo era inadmissível.

Finn dormia com Iris, abraçado em minha cama.

Sim, na minha cama.
Onde eu durmo, descanso e penso na vida.

Minhas mãos se fecharam.

- Mas o que é isso? Gente, por favor, saiam da minha cama!- dou um grito que nem sabia que era capaz.

Iris na mesma hora se assustou, e saiu de cima do Finn.

-Millie? Wow... Acho que erramos de quarto- loira sibilou.

- Saiam daqui, por favor!- elevo meu tom de voz. Passo a mão pelo rosto para me acalmar.

-Millie?- Finn se levantou com a mão na cabeça, tonto.

-Finn, vai para o seu quarto!- digo, e percebo que lágrimas brotaram em meu rosto.

-Eu não estou entendendo...- o Wolfhard tem seu olhar perdido.

- Acho que você não tá bem mesmo! Depois conversamos, mas peço que você deixem essa casa amanhã!- aponto para os dois, respirando fundo.

-Ok, nós iremos amanhã- Finn levanto meio estranho e pega a mão de Iris, andando para o quarto de hóspedes.

Bato a porta com força, e deslizo até o chão.

Não estou me sentindo bem.
Apesar de saber que Finn namora, me sinto magoada, até porque o que foi que aconteceu aqui?

Vou praticamente rastejando para a cama e me deito.
Viro, colocando o travesseiro no rosto para abafar o choro.
Tudo foi estragado.

Eu e o cacheado tínhamos planos de ir para a casa dele em Vancouver para contar a novidade aos seus pais, porém, Iris veio e propôs o jantar.
E depois aconteceu isso.

Pensei que Finn havia desenvolvido sentimentos por mim mas estava completamente errada.

Afago minha barriga carinhosamente.

- Eu sei que parece que seu pai é um mero idiota, mas juro que ele não é assim!- choro ao dizer isso.

Ele de meu melhor amigo passou a ser pai de um filho meu.

Me aconchego no travesseiro, cobrindo-me com o edredom por inteiro.

Penso que não irei conseguir dormir na mesma cama que aquilo aconteceu.
Entretanto, meus olhos começam a pesar.

~No outro dia~

Abro os olhos e sou atingida por uma dor de cabeça repentina. Levo as mãos até minhas têmporas, e massageio de leve ali.
Suspiro, encarando o redor do meu quarto.

Levanto preguiçosamente e não me surpreendo em ver que já são 11:46 da manhã.
Dormi que nem pedra.

Vou para banheiro enrolando o máximo, caso o casal ainda não tenho ido embora.

Não quero vê-los. Não quero conservar com eles, nem interagir com eles.

Me arrumo, faço as minhas higienes pessoais, vestindo uma roupa larga e confortável.
Saio do meu quarto, a passos lentos.

A casa está silenciosa.

Caminho até o quarto de hóspedes e o mesmo se encontra vazio.
Agradeço aos céus.

Desço para tomar café, fazendo um lanche leve e rápido.

Sei que preciso comer mas a cena de ontem me deixou completamente enjoada.

Senti no sofá encolhida. E todas as cenas da noite passada passam como um fleche na minha cabeça.

Preciso desabafar com alguém...
Se eu ligar para alguém da minha família, provavelmente vão querer vir aqui e não quero incomoda-los.

Meu maior problema Onde histórias criam vida. Descubra agora