O Amor Transforma. - Vampiros.

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Capítulo 5, parte 2. - as consequências de uma escolha.

O silêncio é um murmúrio estridente e  estara bem ali, naquela sala. Hunter andava de um lado para o outro, outrora buscara não pensar mais sobre a escolha que havia tomado, o medo comprimia seu peito e a dúvida sobre ter escolhido errado o corrompia.

Claus estava preso em processo de ressecamento até encontrarem a cura, não havia quaisquer chances dele conseguir fugir, estava fraco e frágil.

Katrina entra na sala sucumbindo o sono. Estava aturdida e sua mente disseminava  pensamentos hiperativos que fora cedido no momento em que Hunter bradou uma voz furiosa jogando o copo na lareira.

- Por que as coisas tem que ser assim? Não poderiam ser um pouco mais simples?! - dissera ainda zonzo com toda a situação. - Eu não quero ter que perder você e nem meu irmão, sabe ? - suspirou apertando as têmporas com as pontas dos dedos.

- Você não vai me perder, entendeu? De uma forma ou outra, sempre vou estar aqui. - Katrina o abraça por trás. - Por mais que eu odeie o seu irmão, entendo que ainda exista lembranças sobre o que ele era antes, mas infelizmente esse Claus não existe mais e eu entendo o fato de ser tão difícil de aceitar, mas eu estou aqui agora, vai ficar tudo bem e a gente vai conseguir juntos. Okay?

- Okay.

***

Em uma noite fria...

Ellie os levariam até o monte mais alto para começarem o ritual, mas antes, precisavam ir para o
Lafayette Cemetery e desencantar o túmulo do Bruxo da sua linhagem para o despertar. A bruxa sentira medo bem no fundo, aliás, não sabia o que iria encontrar após anos e anos lá dentro. Era muito arriscado, mas não sobrara escolhas e ela daria a própria vida para quebrar a maldição que destruiu a sua família. Sua missão estava prestes a ser concluída, ela sentira. Vingaria os Wendell custe o que custar.

- Chegamos. - disse ela. - o túmulo fica a alguns metros daqui. Aconteça o que acontecer, continuem com o plano.

- Ainda não concordo completamente em matar dezoito pessoas! - Hunter ponderou em voz alta.

- É simples, iremos escolher aqueles que não vale a pena deixar viver. - Katrina levanta o dedo indicador até a boca. - os malvados, os que deveriam estar mortos. - completa.

- Sendo assim, só continuo o plano se não matarmos pessoas inocentes nesse ritual. - propôs um ultimato.

- Oh, céus! - ergueu as mãos até a altura dos ombros. - como se você não matasse pessoas inocentes para satisfazer sua avidez. - o tom de voz de Ellie era de escárnio.

- Agora é diferente, nada mais justo.  - sorriu meio sem graça. - Okay, vou ser um novo vampiro depois disso. - revirou os olhos.

Após andarem alguns metros, por fim, acharam o túmulo do qual estava completamente selado com a magia.

- O que está esperando? Vamos, pegue a nossa preciosa cura. - apressou Katrina.

Ellie olhou em volta e por um pequeno momento hesitou. Dentro dela passava diversos tipos de pensamentos, mas seguiu em frente.

O cemitério estava completamente abandonado e a ventania começara assim que puseram os pés dentro dele. As folhas secas tornavam um pequeno redemoinho e era como se o vento quisesse soprar tais palavras. No céu havia uma grande lua que brilhava intensamente, mas as nuvens esparsas estavam quase a cobrindo, escondendo sua luz. Ao longe era possível ouvir o barulho dos trovões e ver o negresco do céu ser riscado com os raios. Haveria uma tempestade e ali, logo a frente, a confusão aconteceria.

Se as escolhas do hoje são as consequências do amanhã, então com toda a certeza as linhas que ligavam a teoria do caos estariam sobrevoando em cima de suas cabeças em forma de pequenas e simples borboletas que trariam junto de si um grande tufão que começara do outro lado do mundo devastando tudo que ousasse entrar em seu caminho até chegar em Nova Orleans.

Hunter e Katrina se puseram logo atrás enquanto a bruxa começou o feitiço de desencanto para abrir o túmulo onde jazia o bruxo juntamente com a cura.

Uma luz começou a sair da sepultura, os olhos começaram a arder e o chão começou a tremer até que o jazigo fora aberto.

- Hunter, você... - apontou. - abra o caixão e pegue a cura.

- O que? - seu corpo se retesou. - por que eu?

- Vamos, já fiz minha parte. - insistiu a bruxa.

Hunter deu alguns passos para o buraco que havia no chão e olhou para baixo. Era possível ouvir seus pensamentos e não eram nada dóceis.

- okay... - sussurrou quando deu um pequeno pulo ao lado do caixão. Hesitou em abri-lo, mas o fez quando a bruxa o apressou. Ele abriu com cautela enquanto Katrina clareava com uma lanterna, ambos sentiram o coração acelerar quando viram o bruxo respirando como se estivesse ali, repousando a anos em perfeito estado.

- Ali, pegue-a. - Ellie apontou para a cura que estava em suas mãos.

Hunter estendeu o braço lentamente  na intenção de não despertar o bruxo, mas assim que tocou na poção, ele abrira os olhos transmitindo a fúria.

O vampiro fora agarrado e olhado bem no fundo dos olhos, como se de alguma forma, o bruxo soubesse exatamente com quem estava lidando.

- Rápido, me ajude. - pediu a Katrina. -  me ajude a puxar ele para cima, antes que ele o amaldiçoe.

As duas o puxaram e ele estava completamente paralisado.

- Merda! Tarde demais. - praguejou.

Ellie aproveitou que o bruxo estava fraco e fez o feitiço de petrificus totalus fazendo com que ele ficasse totalmente petrificado. Katrina rapidamente pega a cura e corre até Hunter.

- O que aconteceu com ele? Por que ele está paralisado assim?

- voltará ao normal em breve, o bruxo usou isso para se defender quando sentiu que estava em perigo.

Ellie joga o corpo petrificado dentro do buraco e usa a magia para fechar rapidamente.

- Me ajude a levar ele até o carro, teremos que o deixar em repouso até ele voltar. Não iremos seguir com o plano antes disso, então vamos ter um pouco mais de tempo para começarmos a selecionar as dezoito vítimas para o ritual.
***
Logo pela manhã...

- por que ele ainda não voltou? - disse Katrina ao lado do corpo de Hunter que estava em repouso sobre a cama.

- Tenha calma, logo ele voltará. - Ellie se aproxima. - Segure a mão dele, ele sentirá seu toque. Diga o que quiser, ele ouvirá também. Hunter está bem aqui, só não pode se mexer.

- Irei ficar ao lado dele até ele voltar, enquanto isso pode escolher as pessoas ruins para o sacrifício. - dissera.

- Já está quase pronto. - a bruxa se afasta indo até a porta do quarto. - o mundo-prisão espera o alfa, e em breve ele o terá preso em sua própria confusão.
**

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