Capítulo 2 🎲

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 Ele abriu a porta da sua casa após a minha quinta batida na madeira, afastando os fios vermelhos que estavam em cima do seu campo de visão

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Ele abriu a porta da sua casa após a minha quinta batida na madeira, afastando os fios vermelhos que estavam em cima do seu campo de visão.

– O que houve, Yezi?  – Ele coçou os olhos preguiçosamente, bocejando.

Não acredito que me preocupei à toa para encontrar essa cena. Perdi a pouca paciência que tentava manter sob controle.

– Ai! Ai! Você já pode parar! – Chanyeol gritou, tentando se defender em vão dos meus tapas.

– Você quer morrer? – Gritei despejando toda a minha raiva.

– Você fez aulas de defesa pessoal! Sua mão é pesada! – Ele segurou meus pulsos e foi a única coisa que me fez parar.

– Onde se meteu esse tempo todo, ein? Nem mesmo uma ligação! você podia ter atendido!

Olhei para o apartamento que eu tinha me acostumado, tudo estava uma bagunça como Chanyeol, que continuava de pijamas mesmo sendo tarde demais para isso.

– Eu estava dormindo! – Ele me soltou com delicadeza, se assegurando de que eu não iria voltar a lhe bater.

– Idiota! Olha para o meu estado! Eu vim correndo atrás de você!

Ele me olhou de cima a baixo.

– Você está fofa. – Ele riu.

– Você acha que isso tem graça?! – Dei outro soco em seu braço.

– Não pedi para participar disso... – Ele esfregava o braço ainda gemendo de dor. Dramático. Eu suspirei.

– Se não fosse o seu vestido rosa, essa maquiagem e o laço gigante na cabeça, eu iria simplesmente achar que você está em um dia normal. – Ele continuava a rir, sem conseguir se segurar.

– Não é um dia normal! Foi tudo uma merda. – Sentei no seu sofá, cansada de ficar andando.

– O que aconteceu de especial Yeji? Você está mais mal humorada que o normal. – Ele conhecia minhas emoções o suficiente para saber que eu estava irritada.

– Se eu não estivesse correndo atrás de você desesperada, eu não teria me encontrado com a pessoa que eu menos queria ver na Coréia!

– Não me diga que... – Ele disse surpreso, entendendo o que aconteceu.

– Sim! Tudo porque você não consegue comprar um maldito despertador!

– Como...? – Ele interrogou, ainda confuso.

– O beco, ele surgiu do nada.

– Uma pessoa como ele, andando por aí?

Eu ri do seu comentário.

– Você não pensaria a mesma coisa de mim se não me conhecesse?

– Eu... – Ele respondeu sem graça, sabendo qual seria a resposta.

– Principalmente com essa maldita máscara estúpida de mer... – Ele me segurou novamente antes que pudesse atingir o seu braço com outro soco.

– Eu não sabia que ocorreria algo assim Yejissi. Me desculpe.

– Peça desculpas quando comprar um despertador novo e não me faça sentir preocupação com você.

– Eu tenho um despertador.

O som de uma batida agitada me faz desviar a atenção da conversa para meu celular e vejo quem me chama pela tela. Reviro os olhos.

– Não pronuncie uma palavra. – Falei e atendi, me preparando para a ladainha.

– Lee Yezi! Onde você está?

– Estou bem. Eu já comi. Não precisa se preocupar.

– Obviamente eu vou me preocupar! – Afastei o telefone da orelha a ouvir o grito do outro lado da linha. – Você sabe muito bem que não podia ter saído assim dessa forma, principalmente em um evento tão importante quanto esse! Isso é extremamente necessário para que o seu futuro... – Parei de ouvir quando ela começou a gritar sem parar nem mesmo para pegar fôlego.

– Ela podia ser uma rapper. – O ruivo diz, após se divertir ouvindo a bronca. Coloquei o telefone no mudo.

– Chanyeol! Seu louco! – Tirei do mudo e voltei a prestar atenção.

– Tem alguém aí com você Yezi? Não me diga que está andando com gente esquisita de novo...

– Não tem ninguém aqui, mãe. É só o barulho das pessoas na rua.

– Francamente! Você vai voltar agora para casa e nós iremos conversar melhor sobre isso. – Ela deu um longo suspiro cansado. – Não percebe que estou sempre tentando fazer o melhor para você?

Se o melhor significa a pior coisa que pudessem me obrigar, então percebi sim.

– Não vou demorar. – Desliguei e olhei para o boca grande.

– Você sabe que é necessário ir.

– A raiva ainda não passou para eu concordar com seus conselhos sobre minha vida.

– Quer um macarrão?

– Não precisa, já vou sair. A gente conversa depois.

– Toma cuidado. – Ele me olhou com seu olhar de genuína preocupação.

– Eu sempre tomo. – Saí da casa e fui em direção a minha, mancando, sem ainda acreditar no que eu estava usando. Esses saltos altos acabavam com o meu pé.

 Esses saltos altos acabavam com o meu pé

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