All that matters

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''Daí, um dia desses me deram um pedaço de papel para eu colocar o que mais queria dessa vida. Desenhei assim meio torto, um sorriso seu. Ninguém entendeu. Mas nem precisava.''

POV. Elizabeth

Eu passava meu dedo indicador no peito de Jughead, enquanto ele dormia no sono mais profundo de todos. Eu tentava de todas as formas não me mexer pra não o acordar, mas, o que eu mais queria era sair dali por alguns instantes só para ver se tudo era mesmo real, se o mundo lá fora não havia acabado, se todo mundo ainda nos esperava ou se no meu celular havia trocentas ligações do meu pai preocupado por eu não ter dado sequer um sinal de vida.

E não ache que eu estava incomodada com aquilo, tão pouco preocupada por ele querer me matar a uma hora dessas, eu só sabia sorrir e suspirar por ter tido definitivamente a melhor noite da minha vida.

Sim, o Grammy era o melhor prêmio de todos. Além dele, eu dormi ao lado de Jughead Jones, literalmente.

Deus, é sério, obrigada! Eu devo ter sido uma freira muito fiel na vida passada, ou então eu devo ter casado com um cafetão que me traia e me maltratava, eu devo ter sido a melhor mulher da face da terra por estar agora, deitada no peito de Jughead nu, em uma cama enquanto o seu braço está entrelaçado em meu corpo.

Soltei um suspiro por todos aqueles meus pensamentos e estiquei a minha perna, em seguida, Jughead se mexeu na cama e eu o fitei, vendo-o abrir os olhos e me olhar no mesmo instante. Um pequeno sorriso nasceu em seus lábios e ele voltou a fechar os olhos por conta da claridade que vinha da janela.

Céus, eu sempre sonhei, desde os meus belos 15 anos como seria acordar ao lado de Jughead Jones, e naquele momento eu sentia vontade de chorar por estar realizando tudo aquilo. Seu cabelo estava todo bagunçado, seus olhos estavam inchados por conta do sono e a sua boca vermelha desenhada perfeitamente, não havia nem se quer uma imperfeição em todas aquelas linhas.

Eu senti até vergonha de falar qualquer coisa porque provavelmente eu estava com mal hálito, ou então o meu cabelo deveria estar bagunçado, enquanto Jug me fitava com um sorriso nos lábios, sem vergonha de estar desarrumado ou não.

Claro, ele estava ciente de que até acordando era perfeito. Mais uma vez: ISSO NÃO É JUSTO!

- Está acordada faz tempo? – Ele murmurou.

A sua voz saiu rouca e falhada, aquilo era sem dúvidas a melhor coisa pra se começar o dia.

- Uns 20 minutos. – Respondi.

- E por que não me acordou?

- Não queria, você deveria estar cansado.

Ele sorriu e assentiu. Quando eu pensei em falar alguma coisa, Jughead me deitou na cama e veio por cima de mim.

- Isso acontece sempre? – Ele perguntou e eu ergui as sobrancelhas. – Tipo, você acordar linda?

Comecei a rir.

- É piada? Olha o seu rosto inchado de sono. – Passei meu dedo indicador na sua sobrancelha. – É sério, você é um sonho.

Jughead balançou a cabeça negativamente enquanto tinha um sorriso divertido nos lábios, logo, se aproximou de mim e me beijou.

Entrelacei meu braço em volta do seu pescoço enquanto a sua mão descia na lateral do meu corpo, apertando a minha cintura em seguida.

O celular no criado-mudo do lado da nossa cama começou a vibrar e eu empurrei o corpo de Jughead, ele me olhou e revirou os olhos.

- Deixa... – Ele disse. – Depois eu vejo quem é.

- Não Jug! Atende.

Ele bufou e resmungou alguma coisa, esticando o braço e pegando o seu iPhone, atendendo no mesmo instante:

Daylight | BugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora