POV. Elizabeth Cooper
Eu não sabia muito bem lidar com isso. Eu havia tido um grande sonho com o meu ídolo após ter os meus olhos grudados nele pela primeira vez, coisa que eu sonhei a anos. Eu não sei explicar tudo o que eu estava sentindo, era uma mistura de sentimentos inexplicáveis.
Ele tinha aqueles pares de olhos verdes grudados em mim e um sorriso divertido nos lábios, como se ele soubesse tudo o que eu havia pensado em apenas um minuto. Mas não, ele não tinha nem ideia do quanto a minha imaginação viajou.
A minha vontade era de agarra-lo e dizer: 'oi Jug, você se lembra de mim? Eu sou a sua Betty.' Mas seria em vão, a única coisa que ele faria era rir da minha cara na frente de todas aquelas pessoas e me achar uma louca.
Então, a única coisa que eu fiz foi sorrir de volta já que eu tinha medo até mesmo de abrir a minha boca pra dizer uma palavra se quer.
- Eu vim te parabenizar por ter passado na faculdade, Elizabeth. – Ele sussurrou e eu pisquei diversas vezes pra ter certeza mais uma vez se aquilo não era sonho.
E eu acreditei: não era. Eu estava mesmo, finalmente, ouvindo uma palavra vinda da boca de Jughead e tudo era real.
- Obrigada. – Foi à única palavra que eu consegui programar pra dizer, sorrindo em seguida.
Ele deve ter percebido todo o meu nervosismo, mas coitado, ele deve estar achando que é por conta dele estar na minha frente. Sim, também seria, se não fosse isso, se ele não estivesse passado por aquela maldita porta de entrada a minutos atrás, eu não estaria em choque por tudo o que aconteceu.
Então, ele me surpreendeu. Seus braços que eram maiores que o meu corpo vieram em volta de mim e aquilo me suou como um abraço, até que eu senti ele me puxar e eu colar a minha boca no seu ombro.
Raciocina, Elizabeth.
Sorri de canto, logo, esticando meus dois braços e retribuindo ao abraço de Jughead.
Encostei o meu nariz no seu pescoço e inalei todo aquele perfume natural que eu nunca havia sentido. Era melhor do que o sonho que eu tive, sem dúvidas. Fechei os meus olhos por alguns segundos e o abracei ainda mais forte. Ele entendeu, e então, retribuiu de um jeito mais protetor e aconchegante.
Jug soltou um suspiro suave e eu abri meus olhos, notando que eu ainda o tinha em meus braços. Ele soltou do abraço de um jeito calmo e deu um passo pra trás, passando a língua em seus próprios lábios, molhando-os, e em seguida me fitando.
- Parabéns mais uma vez, Betty. – Ele murmurou. Eu podia sentir seu halito fresco só por conta de estarmos perto o suficiente. – Agora eu preciso ir, eu tenho um compromisso marcado, mas espero que você tenha gostado da surpresa.
Eu sorri, mesmo tendo uma sensação ruim me invadir. Ele iria embora. Ele não iria se preocupar em ficar. Tudo seria melhor do que ele estar ao meu lado.
Quando eu me dei conta, eu não estava sorrindo. Ele me olhava meio perdido, sem entender, então, sorri de um jeito falso e ele assentiu.
Jughead deu as costas e por um instante, eu raciocinei. Em passos rápidos eu fui atrás dele e o puxei pela camiseta preta que ele vestia, então ele me fitou sem entender:
- Eu posso... tirar uma foto com você? – Perguntei em um murmuro e ele sorriu.
- Claro que sim. – Ele disse de um jeito fofo, logo, se aproximando de mim e me abraçando de lado.
O fotógrafo da festa se aproximou de nós e eu nem contei quantos cliques ele deu na maquina fotográfica, mas foi o suficiente pra eu ter certeza que uma dessas fotos ficaria na cabeceira da minha cama.
Jughead afogou seu rosto no meu cabelo escuro e eu fechei meus olhos, desejando que nada disso acabasse, até que ele se distanciou um pouco e deu um beijo na minha bochecha.
- Se cuida Betty. – Ele sussurrou.
Meu Deus, o jeito que ele me chamava era o mesmo jeito que eu sonhava. Meu Deus.
- Eu vou me cuidar, Jug. – Sussurrei de volta e ele sorriu, dando as costas e saindo do salão.
Eu poderia ficar triste nessa hora. Eu poderia chorar e ir atrás dele pra contar que o Jughead que eu havia sonhado não faria isso.
Eu poderia até mesmo contar o meu sonho como uma chantagem dele permanecer por mais um tempo. Ele havia partido e só Deus saberia quando eu poderia vê-lo novamente.
Avistei o meu pai ao lado da minha mãe e da minha irmã um pouco distante dali, todos sorriam pra mim como se eu estivesse acabado de realizar o meu sonho.
E sim, eu realmente havia acabado de realizar o meu sonho. Não todos, esse foi apenas 1/3 dele. Agora, eu tinha um propósito pra mim mesma: assim que eu chegasse em Los Angeles dentro de 3 dias para começar a minha mudança em relação a faculdade, eu iria atrás do Jughead Jones. Eu iria atrás de Jughead Jones pra realizar tudo o que eu sonhei, custe o que custar.
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Daylight | Bughead
RomanceSeja mais calma e paciente, não desista assim tão fácil. Sua voz ecoava no meio das diversas outras que gritavam pelo meu nome na frente de um hotel ou na plateia de um show, mas você foi a única que teve a oportunidade de me fazer mudar. Por que e...