Consequences

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Eu conseguia ouvir o barulho do chinelo de Jughead que eu vestia aos meus pés tocar o chão a cada passo que eu dava em direção a minha casa. O meu vestido estava jogado em meu ombro enquanto eu usava uma bermuda e uma camiseta dele também. Esfreguei minhas mãos umas nas outras e senti a oleosidade do suor por conta do nervoso, era 15h e até então eu não havia dado sinal de vida aos meus pais, provavelmente, o meu pai estaria na porta de casa me esperando com um chinelo na mão.

Soltei um suspiro pesado quando cheguei à porta de casa e a minha respiração estava ofegante por eu ter vindo em passos rápidos, quase correndo. Fechei meus olhos com força e levei a minha mão até a maçaneta dourada da porta branca da sala, girando a própria e dando um tranco de leve, abrindo-a.

Abri meus olhos e notei que a casa estava um silêncio total, não havia nem se quer uma alma viva por onde os meus olhos passaram. Dei alguns passos até a sala e fechei a porta atrás de mim em seguida, devagar, sem fazer barulho.

Fui até a cozinha e Rose estava lá, sentada à mesa lendo uma revista de receitas. Aproximei-me dela que me olhou, colocando a mão no peito como se estivesse acabado de levar um susto.

- Menina, por onde você andou?

- Na casa do Jughead. – Respondi em um sussurro, puxando a cadeira e me sentando em sua frente. – Cadê todo mundo?

- Seu pai saiu depois do almoço e a sua mãe está no quarto. Polly está na escola.

- Pra onde meu pai foi?

- Não sei, Eliza. – Ela me olhou. - Você dormiu na casa do Jones?

- Sim. – Sorri de canto.

- E esse sorriso aí? Vai, me conta o que aconteceu.

- Nada, Rose. – Disse, me levantando da cadeira. – Você pode colocar esse vestido pra lavar? – A entreguei o próprio e ela logo fez careta.

- Está cheirando roupa mal lavada.

- Tomei chuva ontem. – Eu disse e ela riu.

- Com Jughead?

- Sim.

Ela me olhou de canto e eu gargalhei.

- Vou conversar com a minha mãe, ela deve estar brava.

- Não me parece.

Dei os ombros.

- Assim espero. – Respondi, saindo da cozinha.

Subi as escadas correndo e fui em direção ao quarto da mamãe, batendo na porta em seguida. A ouvi resmungar de dentro:

- Entre!

Devagar, abri a porta e coloquei apenas a minha cabeça dentro do quarto, assim que a me viu, ela deu um pulo na cama e se sentou, com um sorriso nos lábios.

- Querida, entre!

Abri a metade da porta e entrei no quarto, fechando a mesma em seguida. Em passos rápidos fui até a cama e me sentei.

- Eliza, olhe! – Ela apontou para a TV, onde tinha eu e Jughead no Red Carpet do Grammy na noite anterior. Era uma das entrevistas que Jug havia dado e depois apareceram alguns flashes dos nossos momentos juntos. – Querida, vocês estavam lindos!

- Obrigada mãe.

- Mesmo isso sendo fachada, vocês formam um casal tão bonito.

Ri fraco.

- Você dormiu lá?

Engoli seco.

- Uhum. Tem problema? Jughead não queria deixar que eu voltasse, sabe? Estava muito tarde.

Daylight | BugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora