Fire

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- Eu acho melhor você parar. – A voz rouca e um tanto quanto embaraçada de Jughead sussurrava no meu pescoço enquanto eu dançava com o meu corpo colado ao seu. Eu estava de costas pra ele, com a minha bunda empinada para o seu membro que naquele momento estava ereto.

Para falar a verdade, eu não tinha muita noção do que estava fazendo. Um copo de vodka com alguma coisa doce misturada estava em minhas mãos e eu já havia perdido a conta de quantos daquele mesmo copo eu virei goela a baixo. Jughead estava do mesmo modo que eu, mas eu ainda achava que ele estava um tanto quanto pior.

Nós dançávamos no ritmo da música como se não houvesse mais ninguém além de nós mesmo naquele lugar. Os meus olhos estavam fechados e eu podia sentir a mão grande e quente de Jughead segurar a minha cintura, enquanto a sua língua passava pelo lóbulo da minha orelha e descia até meu pescoço.

Eu nunca havia tido sensações como aquela, mas não eram assustadoras, e sim deliciosas. Eu não tinha medo do que poderia acontecer dali em diante, eu apenas queria arriscar. Eu confiava em Jughead.

Assim que a música finalizou, abri os meus olhos e vi que não havia nem se quer mais bebida no meu copo. Me virei para Jug e ele tinha seus olhos pequenos e um sorriso maravilhoso nos lábios, que naquele momento estavam mais avermelhados que o normal. De pontinha de pé, alcancei a sua boca e dei um selinho demorado, soltando-lhe em seguida.

- Eu quero mais um copo. – Falei. – Eu vou buscar, você pode ficar aqui?

- Eu vou junto. – Ele disse um pouco mole.

- Não precisa, eu vou sozinha. Fica de olho qualquer coisa, mas eu volto. – Falei, dando um sorriso e ele assentiu, mesmo não sendo da sua vontade.

Me soltei de Jughead e tentei me concentrar em não cair daquele salto. Merda, eu nunca me dei bem com saltos.

Em passos lentos me aproximei até o bar.

- Mais uma dose de vodka com... – Tentei me recordar do que o garçom havia colocado no meu copo e ele riu.

Ah, era o mesmo garçom do começo da festa.

- Maracujá? – Ele perguntou, erguendo as sobrancelhas.

- Isso! – Falei animada, abrindo um pequeno sorriso.

Ele sorriu de volta e começou a fazer a minha bebida. Olhei ao meu redor pra garantir que o Jugheqd ainda estava ali e notei que todas, eu juro, todas as pessoas daquela festa não estavam nada bem. Estavam bem pior do que quando eu cheguei, isso incluía: eu era a única pessoa do sexo feminino que ainda usava roupas.

- Psiu. – O garçom chamou a minha atenção e eu me virei pra ele, levando um belo de um susto quando notei que os nossos rostos estavam tão perto que eu quase lhe beijei.

- Cuidado! – Falei, um pouco mole e rindo em seguida. – E obrigada pela bebida. – Peguei o copo da sua mão e dei um gole.

- Não há do que agradecer... – Ele disse. – Como você se chama?

- Betty. – Falei.

- O seu nome é tão bonito quanto você. – Ele disse, abrindo mais um sorriso cafajeste e mais uma vez aproximando o seu rosto do meu.

Estiquei o meu braço até o seu peitoral, na possibilidade de tirar ele de perto antes que Jughead visse aquela maldita cena, mas, antes que ele eu pudesse lhe dizer que ele estava correndo perigo, eu só o vi caindo no chão e em instantes, olhei para o lado de olhos arregalados.

- JUGHEAD! – Gritei, sem acreditar que ele havia acabado de dar um soco na cara do garçom.

- ISSO É PRA VOCÊ APRENDER, SEU BABA... BABACA! – Jughead gritava para o garçom que tentava se levantar do chão do outro lado do balcão. – A NÃO SE METER COM MULHER DOS OUTROS!

Daylight | BugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora