Passei todo o meu domingo no estúdio. Fazia um bom tempo que eu não aparecia lá e como eu não conseguia ficar em paz em casa, decidi fazer alguma coisa pra ocupar a mente antes que eu enlouquecia.
Não, Elizabeth não havia aparecido. Depois que eu sai da casa dela, andei pela cidade de Los Angeles e passei em quase todas as boates a procura de um rastro dela, mas, nem se quer havia sinal. Ela havia sumido, evaporado.
Antes de vir ao estúdio hoje pela manhã, liguei mais uma vez no seu celular e ninguém atendeu. Fui mais uma vez pra sua casa, e, negativo também.
Eu me sentia exausto, pra dizer a verdade. Não consegui dormir direito a noite e quando dormia, acordava assustado. Eu queria poder entender isso tudo. Eu queria poder entender o que estava acontecendo, e até porque eu estava tão preocupado e sentindo tanta a falta dela.
- Jughead! – Scooter me chamou enquanto eu tentava terminar a ultima música do CD. – O que está acontecendo com você?
Soltei um suspiro profundo e deixei o fone perto do microfone onde gravava, saindo da cabine do estúdio e indo até a mesa enorme de som onde Scooter estava sentado de frente, com o seu corpo jogado em uma cadeira de couro preta.
- Problemas! – Falei, soltando mais um suspiro.
Scooter me olhava com atenção, então ele franziu a testa enquanto eu encostava as minhas costas na quina da mesa.
- Se quiser pode me contar...
- A Elizabeth sumiu. – Falei, por fim.
- Elizabeth é aquela fã... ?
- Exato!
- O que você tem com ela?
- Sei lá, a gente estava juntos todos os dias, mas ontem eu sai da casa dela cedo porque o pai dela estava chegando, e então, ela disse que me ligaria quando ele fosse embora e que a gente ficaria juntos, mas até agora ela nem se quer me ligou, nem me mandou mensagem. Eu fui pra casa dela ontem as 2 horas da manhã...
- O pai dela é o Hall, não é? Aquele produtor.
- Sim. – Respondi.
- Ele te aceitava?
- Acho que não, eu neguei produzir esse álbum com ele. – Ri fraco, cruzando meus braços.
- Talvez seja isso Jughead. – Scooter falou. – Talvez o pai dela a proibiu de falar com você.
- Eu também pensei nisso, mas ela daria um jeito de me avisar. Betty nunca faria isso comigo.
[...]
Eram 2 horas da manhã e eu havia acabado de chegar em casa. Eu não suportava ficar naquela mansão sem saber de Betty. Ficar sozinho naquele lugar quando você está mal, é três vezes pior, parece que até o ecoo que dá quando você grita, não te responde. É um mar de solidão.
Apesar de estar com a mente a mil, eu havia terminado todas as músicas do CD. Pelo menos tive condições de esquecer um pouco esse problema e finalizar o próprio.
Merda, eu queria tanto mostrar as musicas finalizadas pra Elizabeth.
Joguei-me na minha enorme cama de casal e fitei o teto. Tédio. Sem sono. E agoniado.
Eu podia ligar pra qualquer um dos meninos pra ficar comigo e me fazer companhia a noite toda, mas eu estava tão desanimado que provavelmente eles brigariam por isso. E talvez eu quisesse mesmo fosse ficar sozinho.
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Daylight | Bughead
RomanceSeja mais calma e paciente, não desista assim tão fácil. Sua voz ecoava no meio das diversas outras que gritavam pelo meu nome na frente de um hotel ou na plateia de um show, mas você foi a única que teve a oportunidade de me fazer mudar. Por que e...