Notas iniciais: Ei, tudo bem? Espero que sim! Prontos para uma atualização? Então, esse capítulo contém cenas de violência, palavrões e morte. Boa leitura!
Capítulo 11.
''O maior erro que você pode cometer é o de ficar o tempo todo com medo de cometer algum.''
- Elbert Hubbard.
Soltei um suspiro e umedeci os lábios ressecados, enquanto afastava-me da janela e virava-me para ela.
- Está limpo, Be – Murmurei para a loira, que estava atrás de mim pensativa e com a faca de caça nas mãos – Está tudo bem? – Perguntei levemente preocupada, encarando-a com as sobrancelhas franzidas – Você está estranha deste ontem – Comentei em tom baixo.
Havíamos levantado acampamento no dia anterior e vagamos por alguns quilômetros, até que decidimos parar e passar a noite em outra clareira. Afinal, estávamos bem distantes do Terminus. Contudo, ficaríamos por mais um dia porque Carl acordou passando muito mal. Examinei-o e era apenas uma leve intoxicação alimentar, mas em um dia de descanso e alguns comprimidos ele estaria bem.
- O que você me disse...era verdade, Ally? – Beth sussurrou incerta, e sem tirar os olhos do chão de madeira da casa.
Franzi a testa, confusa.
- O que exatamente? Afinal, io falo tantas coisas – Brinquei, querendo que o clima triste, que pairava sobre nossas cabeças, sumisse por completo.
- Você disse que se fosse a minha irmã, estaria louca de preocupação e me procuraria até me achar...Isso é verdade? – Inquiriu um pouco incerta, erguendo o olhar e olhando-me profundamente.
- Sempre – Afirmei, sincera – Sei que nós conhecemos a pouco tempo, mas já te considero uma grande amiga, Betina – Lhe ofereci um sorriso amigável – É só isso mesmo? – Insisti ainda preocupada.
Ela assentiu, mas ainda sem me olhar nos olhos.
- Sim – Forçou um sorriso amarelo – E a reciproca é verdadeira, Ally.
Assenti, e ficamos em silêncio. Io ainda estava preocupada com ela e sabia que haviam mais coisas, porém não insistiria no assunto. Desci os dois degraus da escada, e encarei a velha casa com as sobrancelhas franzidas. Beth tinha me chamado para darmos uma volta na floresta, e aceitei ao notar o quão estranha ela estava, quando a encontramos.
Sua aparência velha, desgastada e bizarra me lembrava muito as casas dos filmes de terror que sempre odiei e me deixava assustada por alguns dias. Senti um arrepio subir por minha espinha ao olhar a última janela de vidro, deixando-me com receio e um pouco amedrontada. Sem sombras de dúvidas, já fora um lugar bonito e aconchegante, porém agora parecia perigoso.
- Vamos entrar, Ally? – Ela indagou parada na varanda, olhando-me.
- Claro – Concordei incerta, antes de lançar um último olhar para a mesma janela, e puxei minha nova arma do coldre – Sei que odeia isso, mas fiquei atrás de mim, Beth – Pedi com o revolver posicionado na minha frente e levei a mão a maçaneta, abrindo a porta cuidadosamente.
A porta abriu-se com um rangido alto, e a cantiga de mofo e poeira nos deu boas-vindas. Tossi, tapando meu nariz, e dei o primeiro passo para dentro da sala. O cômodo estava quase intacto e cheio de teias de aranhas. Dei um passo para o lado, e o piso de madeira rangeu. Os móveis ainda estavam no lugar, assim como as lenhas na lareira e uma grossa camada de pó cobria tudo, deixando a sala com um aspecto mais assustador. Após Beth entrar, fiz sinal e fomos para a cozinha, atrás de qualquer coisa útil.
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Epitáfio de Alice - Rick Grimes.
Roman d'amourPor quase dois anos, Alice manteve-se oculta nas sombras e na penumbra da floresta. Ela lutou, chorou e sobreviveu a própria solidão, enquanto tentava não quebrar a última promessa feita à irmã em seu leito de morte...De nunca perder a fé e a espera...