Bônus 2 - Nem tudo são flores.

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Notas iniciais: Eita, porra! Eu tô de volta com esse segundo bônus. Fiquei tão empolgada em escrever um capítulo Bethyl que escrevi-o em menos de dois dias. Esse bônus é a continuação do primeiro capítulo que fiz pelo ponto de vista de Betina. Então, para quem quiser reler para entender melhor, basta ler o capítulo: Rota de colisão.

Bônus 2.

Amar a si mesmo é o começo de um romance para toda a vida.
- Oscar Wilde.

Betina Greene.

- Por que? - Sussurrei - Por quê, Daryl? - Insisti ansiosa.

Ele fitou-me, novamente.

- Porque beijar você foi a melhor coisa que já fiz em toda a minha vida.

Arregalei os olhos, sendo pega de surpresa.

- O que? - Soltei perplexa.

Ele sorriu minimamente, aproximando-se.

- Betina... – Daryl sussurrou o meu nome de forma quente, puxando-me pela cintura – Loira, você me deixa louco – Continuou no mesmo tom, causando arrepios por todo o meu corpo – O quê? – Indagou, confusamente, quando ia me beijar, mas virei a cabeça e os seus lábios pegaram na minha bochecha – Betina? – Fitou-me com a testa franzida.

Ri sem humor. Ele acha mesmo que seria tão fácil assim? Dizer meia dúzia de palavras bonitas e eu estaria de braços abertos? Eu o amava tanto, porém me amava ainda mais. Para me conquistar, Daryl Dixon teria que esforçar ainda mais.

- Não, Daryl – Neguei com a cabeça, empurrando pelo peito para longe de mim – Você me magoou muito semanas atrás, e agora não serão meia dúzia de palavras bonitas que me farão ter alguma coisa com você  - Murmurei com toda a minha convicção, deixando-o surpreso – Eu te amo muito... – Suspirei pesado ao pausar, deixando o meu estômago embrulhar-se ao dizer tais palavras em voz alta pela primeira vez  - Porém, me amo muito mais.

Ele piscou lentamente, e fitou-me com assombro nos olhos claros.

- Betina, eu...

- Temos que ir embora, afinal essa chuva está apenas aumentando – Comentei ao cortá-lo, virando-me de costas – Merda! – Exclamei ao arregalar os olhos, quando uma pequena horda de, mais ou menos, quarenta zumbis vinham justamente da direção que deveríamos ir para voltar para a igreja – E agora?! – Exclamei alarmada, fitando-o com desespero.

Eram muitos mortos vivos para nós dois. Mesmo que Daryl fosse rápido e mortal para se defender, ainda assim era uma quantidade absurda em relação as suas poucas flechas. Não podíamos atirar porquê isso chamaria mais para o nosso encalço. Eu estava sabendo me defender melhor, no entanto ainda não estava pronta para me arriscar tanto.

- Venha, Betina! – Ele murmurou com urgência na voz, pegando a minha mão e puxando-me para a direção oposto da igreja – Só corra e não olhe para trás – Ordenou, quando olhei sobre o meu ombro e avistei a pequena horda vinha atrás de nós dois.

A chuva tornou-se mais forte e impetuosa, ao mesmo tempo em que as trovoadas rugiam por toda floresta e os diversos e belos relâmpagos iluminavam a escuridão. Corriamos sem uma direção certa, apenas tínhamos a única intenção de ficar longe o bastante dos mortos vivos.

- Daryl, pare agora, por favor! – Pedi ofegante e quase sem ar, parando de correr e puxando a minha mão do seu agarre firme – Temos que voltar – Murmurei, nervosamente, quando notei que estávamos em um lugar muito distante da igreja.

Ele fitou-me sob a franja longa e pingando, fazendo o meu coração bater mais forte. Os seus olhos claros eram misteriosos e profundos, o que me fazia indagar o que se passava por sua mente naquele momento.

Epitáfio de Alice - Rick Grimes.Onde histórias criam vida. Descubra agora