XI

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(José)

Eu tentava processar em minha mente o beijo que havia acabado de acontecer; Beijei-a porque a quis. Porque em um determinado momento da noite, não consegui controlar meus instintos e pensar em outra coisa que não fosse sentir seus lábios sob os meus. Porque senti ciúmes e quis mostrar para cada babaca daquele cassino que Thaís era minha.

Mas como assim?

Ela não era minha! Minha mulher era Emilly...

A maravilhosa sensação que o beijo causou, logo se dissipou, cedendo lugar para a culpa. Ao mesmo tempo em que eu queria continuar o beijo, tirá-la dali para poder enfim explorar seu corpo, também me senti culpado por estar traindo minha mulher. Sei que não deveria me sentir assim, mas alguma coisa dentro de mim ainda não sabia.

– Droga! – Vociferei ao chegar em frente da minha cabine. Eu não deveria ter ido embora e ter deixado-a sozinha, exposta àqueles babacas. Pensei em voltar, mas ela me acharia ainda mais louco. Entrei e fui direto para o banheiro, com a esperança de que um bom banho gelado fosse acalmar às minhas vontades, o que quarenta minutos depois, constatei não ter funcionado, pois senti um calor correr pelo meu corpo, assim que Thaís voltou para a suíte.  

Quais eram as minhas alternativas? Pedir desculpas pelo beijo? Voltar a ter um contato estritamente profissional ou até mesmo demiti-la? Eu não queria nada disso; Respirei fundo e mentalmente, pedi perdão à Emilly, pelo o que eu estava prestes a fazer.

– Thaís? – Chamei, batendo na porta do seu quarto. – Abre, por favor. – Insisti após não obter resposta.

– Está aberta. – Girei a maçaneta, encontrando-a sentada em cima da cama.

– Quero te pedir desculpas...

– Você já pediu. – Falou me cortando.

– Não pelo beijo e sim por ter te deixado sozinha.

– Sem problemas. – Respondeu, encolhendo os ombros. – Gael já voltou?

– Ainda não... – Ela assentiu, agora olhando para o chão. – Thaís...

– Diga? – Perguntou erguendo o olhar.

– Quer ver as estrelas comigo? O céu está muito bonito.

– José...

– Por favor? – Pedi estendendo-lhe a mão. Ela respirou fundo e se levantou, mas não pegou na minha mão. Descemos as escadas e fomos até a varanda. – Bonito, não é? – Falei puxando assunto. – Em São Paulo quase não vemos estrelas.

– Sim... – Ela concordou e ficamos em silêncio, apenas observando o mar e o céu estrelado. Uma corrente de ar frio passou por nós e Thaís se encolheu. Aproveitei o momento para me aproximar, cobrindo-lhe as costas com minha jaqueta. Ela agradeceu e eu não me afastei. Coloquei seu cabelo para o lado, deixando sua nuca exposta ao mesmo que pressionei minha virilha contra sua bunda, fazendo-a se arrepiar. – Quer me deixar com vontade para depois sair correndo? – Indagou com a voz manhosa.

– Não. – Sussurrei rente ao seu ouvido; meus lábios encontraram seu pescoço, distribuindo beijos sobre sua pele. – Vem cá. – Pedi, virando-a para mim. Nossos olhares se encontraram e um arrepio correu pelo meu corpo. – Quero sentir você. – Admiti descendo o olhar para sua boca, onde meu polegar acarinhava seus lábios.

– Tem certeza que é isso que quer? – Com a mão livre, direcionei sua mão até o cós da minha calça, a fim de mostrar-lhe o quanto eu estava duro.

– Quero muito. – Thaís agarrou minha ereção sob a calça e avançou sua boca na minha. Apertei-a contra meu corpo e sem desgrudar nossos lábios, guiei-nos até o quarto, onde a empurrei com cuidado sobre a cama. – Vontade de rasgar esse vestido...

– Nada disso! – Negou, sentando-se em minha frente. Ela abaixou minha calça ao mesmo que me livrei de minha camisa. Me senti completamente exposto e vulnerável por aquela mulher. Era como se Thaís me tivesse em suas mãos e pudesse usar e abusar de mim. – Tenho que te confessar... Saber que você é quase um virgem me excita muito.

– E essa sua falta de pudor é o que me deixa louco. – Ela sorriu, agarrando minha ereção, fazendo-me estremecer com seu toque. – Sua rebeldia me faz querer castigá-la. – Falei segurando seus cabelos com força, a fim de ter o domínio de sua cabeça.

– E como pretende me castigar, José? – Provocou.

– Garota... – Fiz-la engolir meu pau e ela habilidosamente passou a me chupar. Fechei os olhos, me permitindo deliciar com sua maestria; Devido a sua boca ser deliciosamente macia, foi preciso muito esforço para não gozar. Thaís sugava minha glande ao mesmo que sua mão corria pela extensão do meu pau. Abri os olhos, encontrando os seus. Como pode uma criatura ser tão devassa e angelical ao mesmo tempo?  – Deus... Você é perfeita!

Acredito que o álcool fora o responsável por minha libertinagem. Com muito custo, reconheci que meu desejo por Thaís vem desde sua primeira semana de trabalho. Toda minha implicância era uma forma de afastá-la, pois não era justo com Emilly que eu desejasse outra mulher. É fato que assim que a vi naquela noite, dentro daquele vestido tão sexy, tracei planos em minha mente para ao menos roubar-lhe um beijo. Entretanto, não passava de pensamentos e talvez se não tivéssemos bebido, eu não teria tido a coragem que tive e não estaríamos ali, tão expostos e íntimos.

– Tira esse vestido, vai. – Pedi autoritário. Se ela continuasse me chupando, eu iria gozar. Não que fosse ruim, mas eu só queria gozar depois de sentir meu pau rasgando sua boceta.

– Tira você. – Grunhi, avançando sobre ela. Sem perder tempo, levantei seu vestido até o busto, deixando seus seios apertados contra o pano. Abaixei sua calcinha e toquei sua intimidade, sentindo meus dedos melarem. O que eu mais sentia falta no sexo, era de chupar uma boceta. Contudo, meu pau estava a ponto de bala e eu necessitava fodê-la.

– Porra! – Vociferei ao penetrá-la. Thaís deixou escapar um gemido abafado e conforme eu deslizava pra dentro dela, seus gemidos ecoavam pelo quarto; Ela levou dedilhou meu corpo até chegar as minhas costas, onde fincou suas unhas em minha pele. – Filha da puta gostosa... – Levei minha boca a sua, tornando a beijá-la. Minhas investidas eram rápidas e ela parecia gostar, pois rebolava no meu pau a cada estocada.

– Me faz gozar... – Pediu entre o beijo; apoiei uma mão na cama e a outra levei até sua intimidade, tocando-lhe o clitóris. O primeiro orgasmo foi o dela e o meu veio logo a seguir.

(Thaís)

Após gozar em minha barriga, José caiu na cama, deitando-se ao meu lado. Fiquei admirada por ver que seu desempenho não estava enferrujado devido ao tempo que ele estava sem transar.

Ele me puxou, fazendo-me deitar em seu peito. Nossas respirações estavam ofegantes e o quarto cheirava a sexo. Até o dia anterior eu não imaginava que um dia me deitaria com meu chefe - é claro que José era sexy, entretanto, eu não o olhava, pois mantinha o respeito profissional.

Agora, o que me preocupava, era como ele iria agir no dia seguinte. Pra mim foi só uma foda. Mas e pra ele?

– Preciso de um banho. – Falei quebrando o silêncio.

– Eu também. – Assenti, me levantando, mas antes que eu pudesse sair da cama, José me puxou, fazendo com que eu caísse em cima dele. – Se importa de eu ir junto? – Perguntou fitando meu rosto. Balancei a cabeça em forma de não e ele me roubou um novo beijo.

– Calma lá, campeão. – Falei separando nossas bocas. – Já está tarde... Que horas o Gael volta? – José agarrou minha cintura e se sentou comigo em seu colo.

– Ele vai passar a noite com a babá.

– E quando você ia me notificar sobre isso? – Perguntei num misto de exaspero e preocupação.

– Calma... – Pediu. – O que aconteceu aqui não foi planejado, mas eu chamei a babá pro Gael, pois queria curtir a noite com você.

– E ele já dormiu longe de você?! Quanta irresponsabilidade, José. O menino está agora lá, no meio de um monte de estranhos, e se... – Ele me cortou.

– Calma, estressadinha. – Juro que se ele me pedisse calma outra vez, eu dava um soco nele. – A babá ficou de ligar caso ele não se adaptasse. Como ela não ligou, imagino que está tudo bem.

– Ah, você imagina? – Perguntei incrédula.

– Faz assim... Tomamos banho e vamos até o berçário. Se você sentir que ele não está bem, pegamos ele. Pode ser?

– É o mínimo, José Alexandre.

Eu estava irritada, mas José insistiu para tomar banho comigo. Até parecia que eu era a mãe do Gael e ele que era a babá. Banhamos-nos rapidamente e fomos até o berçário. Apesar do horário, ainda tinha muitas crianças brincando e Gael era uma delas. Me acalmei assim que o vi e só então parei de brigar com José, que parecia se divertir com minha preocupação.

– Imagina quando você tiver filhos...

– Idiota! – Rolei os olhos; assim que chegamos na cabine, José me colocou contra a parede, voltando a me beijar. – E esse fogo? – Perguntei entre o beijo.

– Ainda não matei minha vontade de você.

(...)



Uma babá exemplarOnde histórias criam vida. Descubra agora