Boa tarde moçada. Olha um capítulo para desfrutarem com o café kkkk. Lilica pode demorar a postar por causa da correria, mas sempre que der atualizo, principalmente quando tenho internet hoteada do trampo kkkk. Bom, espero que curtam o capítulo e obrigada a cada uma que acompanha a história.
"A esperança seria a maior das forças humanas, se não existisse o desespero." Victor Hugo
Angel
É revoltante do quanto, mesmo eu vegetando em cima de uma cama, as pessoas não me respeitavam. Pior, ainda era obrigada ficar escutando sussurros e discussões, que não iria levar a nada, e nem mudar minha decisão de morrer dentro desse quarto.
— Jonh... Se Angeline continuar negando a se alimentar e a dormir, vai acabar perdendo peso muito rápido, como já é bem visível que está acontecendo. Desde que chegou do hospital, ela não come, não dorme, arranca toda IV que colocamos nela para hidrata-la e isso já faz dois dias. Eu já lhe disse minha opinião como médico, e agora estou lhe dando como seu amigo, e que quer o bem para sua filha tanto quanto você. É melhor que a mantemos sedada pelo menos por alguns dias, assim podemos cuidar dela. Pelo menos, até que as incisões nos pulso dela estejam cicatrizadas e os hematomas tenham sumido.
— Minha filha me implorou para não deixar darem remédios de dormir á ela. Diz que quando dorme, a vontade de morrer é maior, pois vive o pesadelo tudo de novo. Eu não sei o que fazer. Estou perdendo a meu bebê Romeo - escuto o sussurro fungado de papai no quarto, pois me encontrava virada de lado na cama, e de costas para eles que conversavam.
— Sinto muito em te dizer isso meu amigo. No entanto, agora não é hora de ficar fazendo promessas a sua filha. Pensa que é para o bem dela.......
A voz baixa, que com certeza era do Dr. Archer, é interrompida, quando se ouvi alguém bater na porta.
— Entre. Sim Olívia.
— O delegado Mostok está lá em baixo Jonh.
— Mas, eu já avisei a ele que minha filha não está em condições de falar agora. O que mais esse homem quer? – agora a voz de papai estava mais alterada — Diga que assim que Angeline estiver melhor para depor, eu aviso a ele.
— Eu já disse meu filho. Entretanto, ele insistiu em falar com você.
— Vamos lá Jonh, eu vou com você. Aproveito e explico a situação para ele como médico.
— Está bem – murmura papai, com a voz cansada — Você fica com Angeline até a enfermeira acabar de tomar seu café Olívia?
— Claro filho.
Sinto papai beijando minha bochecha carinhosamente, e em seguida, ouso os passos deles saindo do quarto. Fecho meus olhos, e finjo dormir, para não precisar conversar ou escutar Olívia. Não queria ver e nem falar com ninguém. Estava revoltada e com muita raiva, por não ter conseguido o que queria.
Por que não respeitaram minha decisão de não querer continuar vivendo? Deveriam ter me deixado ir. Agora, ficam me vigiando 24 horas por dia. Isso me irritava. Eles não desconfiam, mas nada irá me impedir de tentar novamente. Não mesmo! É só eu encontrar uma nova oportunidade e vou fazer. E dessa vez vai dar certo. Sinto mãos pequenas fazendo carinho em meus cabelos, e movo minha cabeça na tentativa de recusar o toque, sem que saiba que não estava dormindo de verdade.
Novamente alguém bate na porta. Pela voz era uma das empregadas que precisavam de Olívia na cozinha. Ouso quando elas saem do quarto, e viro-me de barriga para cima na cama e respiro aliviada, por finalmente ficar sozinha no quarto, sem ter ninguém me encarando, nem que fosse por alguns minutos.
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ESCRAVO DA DOR (Trilogia Escravos) - Livro ll
RomanceMaximus Archer é um homem atormentado pelos traumas de infância, frio e vingativo, que planejou usar a doce e inocente Angeline Clark para se vingar de seu pai, o Governador Jonathan Zhimerma. O que Max não planejou foi ser arrebatado por um sentim...