E vamos de mais um capítulo nesse Sábado ensolarado. Espero que curtam bastante.
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"Submissão não tem a ver com autoridade e não é obediência. Tem a ver com relacionamentos de amor e respeito."
A cabana.
Max
Quando tento aprofundar nosso beijo, cheio de saudade da minha parte, nota algo estranho. Angeline não retribuía o beijo da mesma forma como sempre fazia. Com entrega, paixão, desejo. Penso que o motivo seria por causa do susto que dei a ela com a surpresa, mais eu não poderia estar mais enganado. Me afasto dos seus lábios macios dando lhes selinhos delicados e assim que abro meus olhos, encontro os seus sérios como nunca vi antes. Foi aí que constatei que realmente havia algo errado.
— Ei meu anjo, o que foi? – pergunto preocupado, sem conseguir decifrar esse seu olhar dirigido a mim. Coloco o buque de rosas na poltrona atrás de mim e volto para ela parada estática em minha frente. Pego seu rosto em minhas mãos e novamente questiono, dessa vez sorrindo — Não me diga que a surpresa foi tão grande assim em me ver. É isso? Está vendo as loucuras que eu faço para poder estar com você?
Confesso esfregando nossos narizes em um beijo esquimó. Angeline não fala nada, somente continua me olhando daquele jeito frio e triste ao mesmo tempo, me preocupando ainda mais. Ficamos nos encarando por alguns segundos. Eu com o cenho franzido sem entender absolutamente nada da sua atitude, até que ela abre a boca.
— Eu te liguei – questiona seriamente.
— Eu sei. Desculpe por não lhe atender, mas não queria conversar com você por telefone e sim te ver. Então, dei meu jeito – confesso fazendo carinho em suas bochechas. A maneira como me encarava me incomodou, então resolvo perguntar mais uma vez se tinha algo errado — Aconteceu alguma coisa? Está chateada pelo que houve na festa é isso? Dessa vez eu não tive culpa – tendo me defender.
— Por que você está comigo Maximus? – Angeline pergunta com uma voz rígida e sussurrante me pegando desprevenido.
O que me pega desprevenido na verdade não é só a pergunta, e sim, o tom acusatório que usa para faze-la e a maneira fria que transmite em seu olhar que sempre foi doce. Me afasto completamente dela com os olhos saltados e peito batendo fortemente angustiado.
— O que? – balbucio assustado.
— Por favor, não minta para mim e me responda o que lhe perguntei com sinceridade. Por que você está comigo? Ou melhor, você está comigo e me pretende me usar de alguma forma somente para se vingar do meu pai? – refaz a pergunta de uma vez, sem rodeios e na lata.
Assim que Angeline acaba de refazer a pergunta, sei que meu pior pesadelo estava acontecendo. Sabia que aquele filho da puta do pai dela iria colocar coisas na sua cabeça, mas sinceramente confiava que ela não acreditasse e me conhecesse melhor. Eu não estava preparado para lhe dar com essa situação ainda. Sei que esse momento iria chegar um dia, só não imaginava que seria hoje.
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ESCRAVO DA DOR (Trilogia Escravos) - Livro ll
RomanceMaximus Archer é um homem atormentado pelos traumas de infância, frio e vingativo, que planejou usar a doce e inocente Angeline Clark para se vingar de seu pai, o Governador Jonathan Zhimerma. O que Max não planejou foi ser arrebatado por um sentim...