Capítulo 27

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ZANE FERRARO

Nunca poderia imaginar que a mulher que não saia da minha cabeça estava ali ao meu alcance. Quantas noite imaginando como seria encontra-la novamente e no entanto, quando menos eu esperava, ela se materializa na minha frente.

Lucca havia falado das filhas adotivas da Nonna, que eram brasileiras, mas em nenhuma hipotize imaginei que uma delas seria a minha pequena, Aléssia.

A pequena e doce que eu conheci em nada lembra a brava e valente lobinha que a pouco quebrou o nariz de Daniel. Surpresa.

A cada momento que eu lembro da jovem de corpo e boca macia, com um cheiro único mais vontade tenho de sair desse quarto e ir atrás dela, tudo o que desejo é poder toca-la, beija-la e saber porque motivo ela me deixou sem nem ao menos se despedir.

Com muita dificuldade consigo dormir, não tive uma noite calma, olhos verdes e assustados não saiam da minha mente. Levanto cedo e toma uma chuverada, imaginando se não era melhor eu ter ido pra minha casa, ao inves de dormir aqui na Quinta tão próximo e tão longe de quem vem povoando a minha mente por mais de um mês.

Ainda está cedo, porém a movimentação pela a casa já está grande. Logo Lucca desce, tomamos café e o chamo para dar uma volta pela a Quinta. Fazia muito tempo que eu não visitava o lugar, realmente era uma bela propriedade.

     — Você está muito calado, algum problema que eu não saiba?

Paro e olho para o céu, vejo uma ave passando bem no alto, me viro e encaro meu primo.

     — Você acredita em coincidências?

     — Não sei, acho que sim. Porque?

Volta a caminhar encho o pulmão de ar e fecho os olhos e a única imagem que vem a minha cabeça são os lindo olhos verdes.

     — Lembra quando te contei a respeito da garota que conheci no Brasil?

     — Sim, a fujona. Alguma notícia? Acharam a garota?

    — Eu a encontrei

    — Como assim você a encontrou?

    — Aléssia. — Paramos de caminhar e ficamos nos olhando. — Ontem na confusão com o Daniel, para a minha surpresa ela apareceu do nada e já causando, como fez comigo no Brasil, a diferença que em mim ela derramou apenas cerveja e não um soco.

Abro um sorriso lembrando de como Aléssia é distraida, andando num lugar de pouca luz e de costas.

     — Você tem certeza disso? Sabe no que isso implica se ela realmente é a sua garota do Brasil, não sabe?

     — Sim. — suspiro — Ela é uma filha da máfia.

     — Não só isso, Zane. — balança a cabeça — Você já é comprometido com uma filha da máfia, um contrato feito mesmo antes da menina nascer.

     — Uma absurdo esse contrato, tenho mais que o dobro da idade dela e ainda assim ela nem é de maior. — Bufo de raiva — Ela deve ter o que dezesseis ou dezessete anos?

     — Dezessete. Ela faz dezoito ainda esse ano. E o pai dela vai querer saber quando será o casamento.

      — Se depender de mim, nunca! — Lucca me encara — Eu sei — levanto as mãos me rendendo — mas vou prolongar o máximo possível, no minimo quando ela for maior de 21 anos. Nada menos que isso.

     — É aceitável. Enquanto isso vai fazer o quê com a Aléssia?

     — Não sei, tentar me afastar. Depois do seu casamento volto para Nova York e não à verei mais. — continuamos andando — Tudo o que for relacionado as Ceccarelli deixarei em suas mãos, assim me manterei bem longe da pequena tentação que agora tem nome e endereço.

Doce VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora