Capítulo 39

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ZANE FERRARO

O dia estar lindo, perfeito, o céu se confunde com o azul do mar, olhando de longe é como se os dois fossem um só. No entanto os meus olhos não dá a minima importância para a paisagem deslumbrante que a natureza proporciona ao lugar, meus olhos não sai da pequena mulher de vestido branco a minha frente onde o vento não para nem por um segundo de mexer.

Quando ela se vira para mim meu coração perde um compasso, ela me analisa como se nunca tivesse me visto, ou melhor como um artefato de um museu mas que não pode ser tocado. Mas o que ela não sabe é que esse artefato deseja ser tocado e muito por sua telespectadora.

     — O que você estar fazendo aqui? Como me encontrou? — apesar de sua boca dizer uma coisa os seus olhos dizem outro e é nesse sentimento que eu vou me apegar.

     — Você está linda, minha pequena — ignoro a sua pergunta, olha para o pequeno inchaço em seu ventre que conforme o vento bate deixa em evidência. Uma pessoa que não sabe da sua gravidez, mesmo com o vento chicoteando seu vestido e cabelo não diria que ela estar gravida, poucas mudanças aconteceram em seu pequeno corpo, o que pra mim não faz muita diferença já que sou eu o causador dessas mudanças — Vejo que o meu filho estar crescendo, forte e saudável.

     — Você não respondeu a minha pergunta — fala entre dentes, infelizmente a hora do show tem que começar, se essa for a única forma, que vamos a ela. — pensei ter deixado bem claro que não queria mais saber de você. Talvez meio mundo foi uma pequena distância imposta.

     — Acharia você em qualquer parte do mundo, mesmo que levasse a minha vida inteira procurando — vou em sua direção — você é minha e ainda estar com o meu filho dentro de você — conforme avanço em sua direção ela recua dando um passo a trás — Confesso que fiquei surpreso quando soube que estava aqui, do outro lado do mundo.

     — Não sou sua, e esse filho ou filha pertence apenas a mim! — doce ilusão minha pequena, doce ilusão, você me pertence desde o dia que disse sim para mim.

     — Não amore mio. Esse figlio é nosso! Caso você queira ser a mãe dele, caso contrário ele será apenas meu. — Sei que minhas palavras vão doer tanto nela como em mim, mas jogarei com todas as armas que tenho e nunca, jamais sairei daqui sem o meu coração que pulsa do lado de fora do meu peito.

     — O quê? Você ficou louco? — Grita, sinto o seu desespero, quero abraça-la e dizer que isso é tudo mentira, que só estou fazendo isso para ela voltar pra mim. Mas não posso, tenho que me manter firme e faze-la acreditar até tudo estar resolvido.

     — Não! — tento ser o mais frio possível, mesmo querendo estreitar a nossa distância. — Você tem apenas duas escolhas — olho seus lindos olhos e sua boca perfeita — volta comigo para Nova York e nos casamos para que o meu filho ou filha tenha o meu nome, ou ...

     — Ou o quê? — Ela me corta, vejo medo em seu rosto, de todos os sentimentos que já vi em seu rosto, esse é o que mais me dói. Minha pequena não é medrosa, mas eu sou um monstro e egoísta, prefiro coagi-la à perde-la.

     — Ou você não terá acesso a essa criança quando nascer. — seu rosto fica pálido, em choque — tenho muitos contatos e muitos juízes em meu bolso, posso tirar a guarda de você em um estalar de dedos.

    — Você não faria uma coisa dessas!

     — Não pague pra ver. — coloco as mão no bolso e olho para o horizonte, onde vejo um pássaro mergulhar e logo emergir com um peixe em seu bico, é assim que me sinto como um pássaro diante de um grande oceano buscando pela a sua fonte de alimento que nesse caso é essa pequena mulher na minha frente que não me deixa escolha a não ser coagi-la e faze-la entender que pertencemos um ao outro. — Você escolhe, vem por livre e espontânea vontade, ou não vai ver o nosso filho ou filha crescer. Você decide e eu aceito o que decidir.

Doce VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora