Capítulo 2

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ITÁLIA

      - Ed! Amore Mio! -Eu e Nana falamos juntas e corremos para abraça-lo  assim que chegamos ao aeroporto.  Conhecíamos Ed desde que fomos parar na fazenda de laranjas da Nonna, no inicio achava que ele não gostava de nós mas com o passar do tempo descobrimos que Ed  era o nosso protetor, nos ensinou a não abaixar a cabeça e até revidar. Um dia Nonna foi chamada na escola  porque briguei com um menino maior do que eu e que estava implicando  com as minhas imãs, quando soube chutei a sua canela e dei um soco no seu rosto quando ele abaixo para passar a mão na canela e logo o sangue escorreu pelo o seu nariz. Só não ganhei uma expulsão porque Nonna fez uma doação pra escola, na qual a violência não era permitida de nenhuma forma, mas nada aconteceu com o menino que implicava minhas imãs, Ed me ensinou alguns golpes e disse o que eu precisava fazer e onde bater para não obter marcas, assim ninguém poderia dizer que eu havia feito alguma coisa, seria a palavra dele, menino e mais velho, contra a minha, uma garotinha pequena e frágil. E assim veio a minha primeira vingança, um belo dia bati  em um dos lugares onde Ed havia me ensinado dei uma senhora joelhada no garoto quase duas vezes maior que eu e cospi toda a minha raiva: " Você nunca mais vai mexer comigo ou com as minhas irmãs e pode ir lá reclamar pra diretora ou pro seu papaizinho que uma garotinha de 12 anos te desceu a mão ou melhor o joelho no meio das  suas pernas!". Depois desse dia eu só o vi na escola duas vezes e nunca mais.  Nunca quis ser briguenta, mas quem faz a fama deita na cama, não é assim que falam? Pois bem, se entro em uma briga é pra ganhar  ou pelo menos sair caminhando com a cabeça erguida, mesmo que dolorida.

Ed nos abraçou e beijou as nossas bochechas segurando o rosto de cada uma.

     - Esperávamos vocês aqui somente mês que vem para o casamento, o que aconteceu que vieram antes? - fala enquanto pega nossa malas, por incrível que parece eu e Nana nunca fomos de esbanjar e andar cheias de malas,  então levamos o básico sempre que viajamos, e se precisássemos de alguma coisa a mais compraríamos, se fosse o caso.

     - Estávamos com saudades  - Falou Nana fazendo um bico bem característico dela - Pensei que estava com saudades da gente também, mas pelo jeito me enganei - continuou com o bico.

Eu e Ed não aguentamos e começamos a ri do seu bico e da sua cara de pau de fazer drama sem motivo.

     - É muito artista! Tem certeza que você escolheu a profissão certa? - Fala rindo - Acho que se fosse atriz ganharia fácil Oscar. - todos damos gargalhadas dentro do carro. 

Era fácil conversar com Ed, ele não nos cobrava muita explicação, se o seu argumento fosse plausível desde o inicio ele simplesmente concordava e fazia o impossível para te ajudar e era justamente deste impossível que eu vim um mês antes para o casamento.

     - Muito bem, Bambinas - falou sem tirar os olhos da estrada - estou esperando.

Nana me olha e eu desvio do seu olhar encarando a bela visão que tenho das luzes da cidade. Se preciso fazer isso tenho que começar pela a parte mais difícil que nesse caso e contar com a ajuda incondicional de uns do cara que tenho o maior respeito e admiração, sempre foi franco e nunca ultrapassou nenhum limite que eu estabeleci na minha vida, ele também era uns dos poucos homens que eu permitia que toca-se em mim sem que eu entrasse em panico.

Não confiava nos homens, com exceção de Ed e do meu tio  Giuseppe, nenhum outro homem havia me abraçado ou me beijado como fui na noite passada, e como Nana era a única pessoa a saber disso, então pra todos os efeitos aquela noite simplesmente não existiu.

Doce VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora