Capítulo 57

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ZANE FERRARO

Sempre que posso fico observando meu filho e a minha mulher dormir, sem duvida nenhuma é um dos meus melhores passatempo. No entanto ver Aléssia dançando com Matteo e ele sorrindo a cada vez que a mãe o roda ou beija seu pescoço, definitivamente não tem preço.

Fico no canto da sala, encostado no batente da porta apenas observando a cena mais linda e perfeita. Sem sombra de duvida, a melhor coisa que fiz na minha vida foi me casar com Aléssia e imaginar que eu apenas a queria por uma única noite, que tudo isso podia ser diferente caso aquela noite no Brasil tivesse sido concluída como esperado, apesar de todos os desencontros e mal entendidos, faria tudo novamente para ter o que tenho hoje,  Aléssia foi a minha melhor aposta.

A musica muda e um ritmo latino começa, ela coloca Matt no chão e segura as suas mãozinhas, o danadinho dá gritinhos de alegria e a mãe o puxa novamente para o seu colo enquanto o seu quadril balança para os lados, Matt agarra o seu cabelo e a baba toda encostando sua boca em seu queixo, minha pequena ri enquanto rodopia com meu filho em seu colo.

Cansado de ser apenas um voyeur, resolvo me aproximar e participar da dança. Chego por trás de Aléssia, um braço passo por sua cintura e para com a mão em sua barriga e a outra levo para as costinhas de Matt que quando me vê começa a pular no colo da mãe.

Matt estar cada dia mais esperto e maior, com quase um ano de vida, como o tempo passou rápido, outro dia ele era apenas um bebê que no qual eu confesso tinha medo de pega-lo e deixa-lo cair ou de machucar uma coisinha tão pequena e delicada, hoje no entanto, ele engatinha a casa quase toda, já senta sozinho, segura tudo o que quer e leva para a boca na mesma frequência. Adora o meu celular e dá um show a parte quando resolve brincar com ele e eu estou trabalhando,

     — Posso dançar com a mulher mais linda do mundo? — cochicho em seu ouvido

     — Poder você pode, mas acho que já existe um cavalheiro dançando com essa sortuda mulher.

     — Acho que eu sei como tirar um adversário do meu caminho — puxo o celular do meu bolso — apesar de ser um grande adversário, devo admitir. — ela sorri.

Entrego o meu celular para o meu filho que o pega dando os seus gritinhos, o tiro dos braços de sua mãe e o coloco no chão próximo a uns dos sofás e volta para os braços da minha mulher, a mais linda de todas.

Passo um braço pela a sua cintura e segura sua mão e começamos a nos mover, encosto nossas testas e ficamos nos observando, enquanto Adele canta When we were young, minha infância foi uma merda, com um pai que fazia de tudo para me ver sofrendo, sei que minha pequena também não teve uma infância feliz que tudo começou a mudar com a chegada da Nonna em sua vida, e sei também que a unica coisa que ela quer para esquecer todo esse passado e acabar com a vida de seu algoz, quero aproveitar cada momento que eu a tenho em meus braços, por que tenho medo de perder a minha pequena depois que a sua vingança for concluída. E o que eu tenho para falar pode mudar as coisas na qual eu nunca queria que houvesse mudança.

Não tenho medo dela ir embora e me deixar, sei que isso não vai acontecer, sei também que ela não abandonaria o filho e muito menos me deixaria sem ele, meu medo e de que ela se perca dentro de si, dentro de sua cabeça, Aléssia nunca torturou ninguém, Antonella não morreu diretamente por suas mãos, não foi intencional, apenas uma sequencia de falta de sorte que ocasionou a morte daquela vadia.

Não sei como introduzir esse assunto, ela estando tão feliz e tão entregue junto ao nosso pequeno filho, mas também não posso perder a oportunidade de pegar Edgar em meu território. Se Aléssia quer tanto a sua vingança essa é a oportunidade ideal.

Doce VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora