Capítulo 59

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ZANE FERRARO

Ver a minha pequena, a minha mulher, mãe do meu filho, ali em frente ao homem que fez tanto mal a ela e a suas irmãs me dá vontade de eu mesmo ir até lá e acabar com ele. No entanto, eu fiz uma promessa de não me intrometer e a única coisa que cabe a mim é esperar.

Com os seus movimentos precisos, dona de si, sem mudar sua postura de mulher fatal. A forma como o instiga a saber quem é ela, e dizer o que vai acontecer e acima de tudo a forma como me defende.

Sim, isso me deixou com um puto tesão. A simples forma de dizer que é a minha mulher, a mulher do chefe da máfia, toda poderosa, a minha poderosa. E agora todos vão saber que por trás de um grande homem há sim uma grande mulher, que apesar de viver em casa para o nosso filho, quando resolve dar as caras mostra pra que veio.

Devo admitir que fiquei surpreso quando ela tirou o imenso consolo da bolsa que estava em poder de Andy. Nunca vi nada parecido na minha vida e olha que já vi de tudo. Por falar em Andy, ele trabalhou em perfeita sintonia com a minha pequena, ainda bem que foi apenas desta vez, senão tenho certeza que o perderia para ela.

O burburinho dos meus homens todos admirando a sua frieza e determinação, nem mesmo quando Edgar gritava para não ser estuprado e ela sem dó nem piedade o violou e falava que era exatamente aquilo que suas irmãs pediam a ele, e quanto mais ele gritava mais ela socava. O ponto auge foi quando ela cortou o saco com o pênis e enfiou na boca dele, pra completar apertou o nariz, fazendo-o sufocar com o seu próprio sangue. Nenhum dos meus homens toleram pedófilos e estupradores, por diversas vezes ouvi alguns falarem que foi mais que merecido e que deviam adotar a técnica da toda poderosa.

Se o burburinho continuar daqui a pouca a minha pequena será realmente conhecida como a toda poderosa, o que não me importo nem um pouco, quero que ela seja tão temida como eu sou.

A vejo tirando as luvas e ainda assim lavando as mãos, vai até Andy e o cumprimenta, ganhando ainda mais o respeito de todos, quando a porta se abre todos ficam em silencio, nossos olhos se encontra.

     — Você estava magnifica. — roço os meus lábios nos dela — como se sente? — preciso saber, essa é a primeira vez que ela mata alguém.

     — Obrigada. Apenas cansada, doida pra tirar essa roupa, tomar um banho e fazer amor loucamente com você. — dou um sorriso, realmente essa mulher foi feita especialmente para mim.

     — Bom plano, senhora Ferraro.

     — Então vamos pra casa senhor Ferraro.

A puxo para mim em um abraço e selo os nossos lábios em um beijo. Ouço um pigarreio, e muito a contragosto separo as nossas bocas. Olho na direção do barulho e vejo Bernardo e Lucca sorrindo para nós, provavelmente ouviram a nossa conversa.

     — Parabéns cunhadinha, você estava deslumbrante.

     — Eu diria mais — Lucca complementa — você parecia uma domadora, uma gladiadora. Não deu espaço para o seu passado, não se rendeu e nem titubeou. Você foi perfeita prima.

Nunca vi meu primo derramar tantos elogios a alguém, nem mesmo a sua mulher que ele tanto ama e venera, o que me deixa ainda mais vaidoso por ter a mulher que tenho.

     — Obrigada, Lucca e Bernardo. — encosta a cabeça em meu peito — me preparei pra esse dia a minha vida inteira, tinha medo de que as minhas emoções me fizessem botar tudo a perder e mata-lo antes de todo o que viram. Mas consegui controlar a minha ansiedade e mantive o meu foco no que eu realmente queria. Devo muito disso ao Ed. em meus treinamentos ele sempre dizia para eu manter o meu foco e canalizar toda a minha raiva.

Doce VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora