Capítulo 29

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ZANE FERRARO

Estar com Aléssia naquele quarto de hotel, era tudo o que eu mais queria, no entanto, precisava ter resposta, precisava saber como ela conseguiu sair sem ser vista, precisava saber porque fugiu de mim quando nos conhecemos, tudo o que eu tinha sobre ela era vago demais, nada a respeito da sua vida antes da adoção.

Todas as informações obtidas são depois que foram adotadas, em pouca as vezes em que conversei com a Nonna e Ed sobre a adoção das três irmãs, eles apenas disseram que foram as meninas que os encontram e por estarem machucadas e precisando de ajuda nunca foram atrás de suas famílias, até porque pelos os relatos das pequenas, elas não sabiam de onde tinha vindo, quem eram seus pais ou até mesmo quais eram os seus nomes.

Informações vagas, como eu poderia buscar algo em seu passado sem que ela mesma não conhecia sua própria história?

Paro o beijo e fico olhando-a, Aléssia me encanta de um jeito inimaginável, nunca senti uma atração tão grande por uma mulher como tenho por ela, seu jeito marrento, sua boca macia e deliciosa que adora me desafiar, o seu gosto que não sai da minha memória.

— Então Aléssia estou esperando.

— Não posso.

— O que você não pode?

— Não posso dar as respostas que você quer, prometi segredo a respeito da passagem e honro o que prometo.

Ela me surpreende cada vez mais, qualquer outra pessoa estaria me entregando tudo o que eu quisesse, mas ela não. Ela não se intimida, não se abala, nem mesmo depois de tanta pressão.

— E em relação ao Brasil? Porque não me esperou? Porque fugiu

— Não estava preparada. — ela está nervosa. Mas porquê?

— Não estava preparada para me conhecer? Ou para conhecer qualquer outra pessoa?

— Não sei... não quero falar sobre aquela noite ainda, talvez um dia conversamos a respeito... No momento quero ir pra casa.

— Acho que não vai ser possível atender sua vontade, eu disse à você que teríamos uma noite inteira depois do casamento, mas como já estamos aqui em um quarto de hotel, não vejo a necessidade de esperarmos para outro dia. — me aproximo dela.

— Prefiro esperar pela a noite em questão. — ela está nervosa com o que possa acontecer.

— Vendo a sua proeza pra essa noite, temo que não haverá a noite em questão, por isso estou antecipando à nossa noite. — me aproximo um pouco mais

— Não posso ter uma noite com você! A Nonna não vai... — interrompo sua frase com um beijo.

Beijo-a intensamente, sem deixar espaço para que ela pense, envolvo-a em meus braços devorando a sua boca, Seguro a sua nuca sem me desprender da sua boca, enquanto minha outra mão busca o seu quadril o puxando para mante-la presa a mim, por fim, ela envolve suas mãos em meu pescoço aprofundando ainda mais o nosso beijo, nos fundimos em fogo vivo, como lava incandescente descendo pela a montanha e acabando com tudo por onde passa, Essa é a sensação que tenho quando estou com Aléssia em meus braços.

Com muito custo me afasto apenas para deixar claro que hoje só existe nós.

— Não estamos na casa da Nonna e eu desejo você, como sei que você também me deseja. — encosto minha testa na dela sem fôlego — não nega o que você está sentindo.

— Não estou negando — puxa a respiração que também está ofegante — só tenho medo do amanhã, como vai ser depois que essa noite acabar. — então esse é o problema, medo.

Doce VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora