Capítulo 31

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ZANE FERRARO

Seguimos para a minha casa, Aléssia não deve saber que eu tenho essa propriedade, até porque fiquei essa semana toda na Quinta, não era a minha intenção ficar tanto tempo lá, mas quando eu descobrir que a garota que eu tanto procurava no Brasil estava ali na minha frente e que eu podia descobrir um pouco mais a respeito da mulher que simplesmente fugiu sem deixar vestígio não resistir, também não queria dar espaço para ela sumir novamente.

Ficamos em silencio todo o percurso até a minha casa, sei que disse que ontem foi a noite zero, que só iria existir em nossos pensamentos, mas a verdade é que não consigo esquecer nem um segundo tudo o que passamos dentro daquele quarto de hotel. Virgem, linda, sociável, inteligente, fiel e filha da máfia. Se eu tivesse a conhecido em um outro momento ou se ela tivesse sido criada dentro da famiglia como todas as outras filhas, era provável que eu nunca a olharia ou teria ficado tão mexido por aquela baixinha marrenta.

Olho pro lado e a vejo olhando para fora da janela do carro, um leve sorriso brota em meu rosto. Aléssia tem estatura mediana, mas pra mim ela é baixinha ou melhor pequena, minha pequena, que se encaixa perfeitamente em meu corpo, em meus braços.

Andy estaciona na porta da frente da minha casa, uma bela casa na verdade, não é a casa da minha infância, aquela não faço questão nenhuma de te-la, sempre foi uma casa triste, nunca fui feliz lá, nem mesmo quando o monstro do meu pai morreu. Alias eu tive alivio quando isso aconteceu. Desde quando me tornei DON eu me mudei e como tinha que vir muito para a Sicília comprei essa casa para mim.

Desço do carro e pego a sua mão puxando-a para entrar na casa, gosto da minha casa do jeito que ela foi decorada, lembra muito o meu apartamento em Nova York, na verdade mantenho um padrão nas coisas que gosto, pode até parecer um pouco metódico, mas assim não fico paranoico quando a doida da minha irmã resolve mudar alguma coisa dizendo que está fora de moda.

Aléssia para no meio da sala e olha cada pedaço em que seus lindos olhos possam alcançar, vou até o aparelho de som e coloco algumas musicas para tocar, preciso matar a minha vontade de te-la em meus braços e dançar algo que ansiei a noite inteira.

     — Dança comigo Aléssia — estendo a mão, ela coloca sua pequena mão na minha, a puxo para os meus braços, está tocando uma musica de Jonh Legend, "All of me" que retrata exatamente o que eu estou sentido em relação a ela. — Desejei dançar com você a noite inteira. — sussurro em seu ouvido.

     — E porque não o fez?

     — Não queria dar espaço para os demais homens que não tiravam os olhos de você — confesso — sei que você não gosta de ser tocada e também não queria que ninguém a toca-se, já foi difícil vê-la nos braços de Ed e do seu tio.

Verdade seja dita, Giuseppe e Ed são pessoas de total confiança, nenhum deles teriam segundas intenções com Aléssia ou qualquer outra filha da máfia, mas vê-la requebrando esse traseiro lindo e que todos os outros homens não tiravam os olhos dele e de suas lindas pernas torneadas, já estava sendo demais pra mim, por mais que eu fosse dono das minhas emoções, essa pequena conseguia me desestabilizar.

     — Por isso me trouxe aqui? Para dançar comigo sem que ninguém nos veja?

     — Querer dançar com você é apenas um dos motivos para te-la assim em meus braços, quero conhece-la melhor, saber dos seus medos e vontades. — passo o nariz pelo o seu pescoço, Aléssia tem um cheiro gostoso.

     — Havíamos combinado que teríamos apenas uma noite — sim, mas pela a primeira vez na minha vida, faço questão de quebrar o que combinamos.

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