Doce Vingança

Capítulo 58

ALÉSSIA FERRARO

Enfim chegou o grande dia. Suspiro soltando o ar preso dos meus pulmões. O dia em que darei fim a Edgar O'neil, o dia em que o mundo ficará mais leve, o dia da minha libertação psicológica. Apesar de sempre me verem forte, sem medo ou apenas enfrentando tudo de frente, ninguém sabe exatamente o que se passa na minha cabeça.

Depois que Zane passou ser o centro do meu mundo e que Matt veio para deixar tudo mais redondo é fácil de me enxergar, ainda assim, minha cabeça não para de girar em torno do meu passado e sei que só colocarei um ponto final nesse historia quando eu mesmo der um fim naquele desgraçado de merda.

Zane tem medo que depois do dia de hoje eu me transforme em algo que ele não possa me trazer de volta, ele tem razão até certo ponto, porque na verdade depois do dia de hoje eu irei me transformar em quem realmente sou, apenas isso, serei eu completa, plena.

Saio do nosso quarto, desço as escadas e encontro Zane parado no meio da sala com um copo de Whisky na mão. Lindo. Como alguém pode ser tão perfeito, tão lindo, tão hipnotizante assim. Ele se vira para mim, todo vestido no preto, desde o seu terno à camisa o que por incrível que pareça ambos estamos na mesma paleta de cores, a pequena diferença e que estou toda trabalhada no couro: corselete preto com detalhes na lateral, calça e bota de couro, em minha mão carrego um casaco também em couro preto, se coloca-se uma mascara estaria igual a mulher gato.

Ele me analisa dos pés a cabeça e abre um sorriso todo sedutor, malicioso, o tipo de sorriso que detona qualquer calcinha de tão molhada. Seus olhos brilham com malicia, sei bem onde esse olhar acaba e o que faz comigo. Arfo só de imaginar. Passo a língua por entre os meus lábios. Já estou exitada só de imaginar o que estar passando pela a sua cabeça. Preciso me concentrar, termino de descer as escadas, exagero um pouco no requebrado, Zane continua com o seu sorriso no rosto mas agora prende o seu lábio inferior entre os dentes.

     — Eu não sei qual a sua intenção com aquele filha da puta — paro a sua frente — mas eu sei das minhas intenções com relação a você e essa sua roupa.

     — Éee! E qual seriam? — jogo o meu casaco no sofá e enlaço o seu pescoço. Nossas bocas ficam a centímetros uma da outra.

Zane deposita o seu copo na mesa ao lado, passa uma mão pela a minha cintura parando-a a centimetros da minha bunda e a outra sobe para a minha nuca me puxando para mais perto.

     — Minhas intenções são bem obvias, minha pequena — puxa o meu quadril e cinto o volume duro através de sua calça, beija a minha boca sugando o meu lábio, gemo em sua boca e ele repete sua ação, se eu já estava excitada com o seu olhar, com esse beijo minhas pernas quase viram gelatina. — Você estar uma tentação, amor, acho que aquele filha da puta vai ser o homem mais sortudo do mundo por ser torturado por uma delizia feito você, amore mio.

     — A única sorte que ele vai ter será a sua morte quando eu terminar com ele.

     — Você tem certeza disso, eu posso fazer tudo por você enquanto você fica aqui com nostro bambino.

     — Tenho Zane, eu preciso disso e você não precisa se preocupar, quando isso tudo terminar eu estarei aqui inteira pra você e para o nostro bambino — sorrio.

Ele me puxa para os seus braços e me beija, confirmando tudo o que acabo de dizer.

Seguimos por mais de uma hora até chegarmos em um galpão, por fora todo trabalhado em tijolinhos aparentes, por dentro um grande espaço com vários equipamentos de musculação com um ringue no meio, me fazendo lembrar da academia na Quinta da Nonna, acima subindo uma escada de metal se vê uma sala toda fechada com vidros escuros, provavelmente é o escritório da máfia. Zane segura a minha mão e descemos uma outra escada de ferro que fica no final do galpão ao lado oposto dos vestiários.