A quatro meses que mudei de minha cidade e vim morar aqui. No começo foi difícil a adaptação, mas aos poucos tudo foi se resolvendo. O pior de tudo em minha chegada nesse novo lugar, foi eu ter me apaixonado pelo filho de minha madrinha, Diogo Clark.
Nunca namorei, nunca beijei na boca, claro que vocês estão a se perguntar "de onde veio esse menino?" , óbvio que não ignoro a descrença de vocês, mas sempre fui tímido e em minha vida houve um fato que até hoje me persegue, porém, não quero relatar agora.
Sou Júlio Ávila Andrade, tenho 17 anos, curso o 3° ano do ensino médio e atualmente jogo em dos times de futebol do colégio.
Quando cheguei aqui, o Diogo me ignorava de todas as formas, o motivo, não sei. A personalidade dele, mesmo dura, despertou um sentimento enorme em mim, sim, eu o amo. Porém, jamais lhe falarei, pois sei que ele não curte homens e o mesmo ama sua namorada.
⏮⏮⏮⏮
-Filho! Minha mãe já havia me chamado umas 4 vezes antes. -Desse jeito você vai chegar atrasado!
Lutando contra toda a indisposição, levantei-me e fiz minha higiene pessoal.
Depois que tomei meu café da manhã, sai rumo ao colégio. Cheguei a sala 1 minuto antes da professora de química. Ufa!
Diogo estava no outro lado da sala como sempre. Depois do nosso papo na segunda-feira lá no banheiro, ele não falou mais comigo.
O 1° tempo passou normal, apesar da aula de química ser um tédio, tudo ocorreu bem. Na hora do intervalo, fui buscar um livro na biblioteca, mesmo que haja a alternativa de ler no celular, prefiro o livro físico.
Dona Marta pediu que eu fosse pegá-lo após o término da aula, pois ela não sabia onde estava.
Quando fui adentrar na sala, acabei esbarrando em Diogo.
-Desculpa. Falei baixinho.
Seus olhos indecifráveis desviaram dos meus e ele entrou na minha frente.
Após o término da aula, fui até a biblioteca da escola. Dona Marta havia encontrado uma edição do livro "Dom Casmurro". A agradeci.
Passando pelo pátio da escola, ouvi os gritos dos meninos na quadra.
Hoje era dia de treino do time dele.
Fui até a quadra e fiquei a ver o jogo, minha barriga roncava de fome, mas vê-lo jogar era prioridade naquele momento.
Diogo era muito veloz, driblava com facilidade. Marcou dois golaços. Ele não olhava pra mim, definitivamente estava com raiva.
O treino terminou pouco mais do meio dia.
-Quer que eu te espere? Perguntei a Diogo.
-O que você está fazendo aqui? Refutou.
O restante dos meninos haviam ido para o banheiro.
-Vendo vocês jogarem. Expliquei.
-Nos espiando, essa é a palavra correta.
Engoli em seco, ele sempre tão rude.
-Vou ignorar esse seu comentário pois sei que você tá zangado. Falei o deixando para trás.
Ele correu e ficou a minha frente.
-Ignora mesmo, bichinha! Despejou contra mim.
Estávamos só nós dois próximos ao portão de entrada da quadra.
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Eu&Você
RomanceUma história cheia de clichês, mas que vale a pena ler. (OBS: Esss livro possue cenas de sexos e palavras de baixo calão).