12° Capítulo.

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Depois daquele dia na qual praticamente me declarei a Diogo, passei a evitá-lo, não como forma de esquecê-lo, mas em prol de mim mesmo, pois perto dele não tenho domínio de mim.

A semana passou rápido, hoje quinta-feira e temos aula de matemática. Amo.

No decorrer da semana, Diogo tentou falar comigo, tentei ignorá-lo, mas ele tem um certo charme que me perco.

Sábado agora será o jantar de aniversário da namorada de Diogo, não fui convidado e também não vejo motivo, não somos amigos, Lívia e eu. Ainda nessa semana, teve na terça-feira o amistoso entre meu time e o da turma do 1° ano, infelizmente perdemos. Hoje iremos pegar o time do Diogo, será um jogão.

-Preparado para perder! Zombou Diogo.

Estávamos caminhando rumo à escola.

-Para perder não, para ganhar! Pisquei.

Ele riu em voz alta.

-Teu time é fraco, perderam para o timinho do 1° ano. Relembrou.

-Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Rebati.

-Vamos apostar. Ele parou em minha frente.

-O que você quiser. O fitei.

Diogo tinha em seus lábios um sorriso maroto.

-Otimo! Continuou a me olhar.

-Como você vai perder, quero como pagamento a tua mesada desse mês e do outro. Falei saindo de sua frente.

Ele me acompanhou, estávamos próximos do colégio.

-E como pagamento, vou querer você na minha cama só para mim. Me fitou Diogo.

Engoli em seco, aquilo tinha um tom de verdade.

-Aceito! Estendi a mão.

-Maravilha. Pegou em minha mão em sinal de acordo.

⏮⏮⏮⏮

-Vamos detonar com eles! Exclamou Otávio.

-Vamos ganhar! Rebateu Luís.

Era nosso momento de concentração, estávamos no banheiro.

A quadra havia muita gente, era um amistoso entre os dois favoritos ao título do campeonato escolar.

O jogo começou e bem disputado diga-se de passagem. O Diogo jogava perfeitamente bem, mas não conseguia ultrapassar a linha de três do nosso time.

O amistoso seguiu assim, acirrado e sem gols até o segundo tempo. Em um determinado momento, recebi o toque de Otávio, fiz um giro perfeito sobre um dos zagueiros  e quando ia chutar a bola rumo ao gol, me senti ser lançado ao chão e perdi o gol.

O juiz marcou pênalti, mas senti sobre meu rosto escorrer algo, era sangue.

-Ele se jogou ao chão porquê quis! Ouvi Diogo falar.

-Exatamente! Falou Marcos, este que havia me empurrado.

Todos olharam para mim e viram sangue escorrer pelo meu rosto, havia cortado ao cai ao chão.

Tive que sair do jogo e não pude retonar, Marcos foi expulso e convertemos o pênalti. Meu time ganhou o amistoso.

Otávio me acompanhou até em casa.

-Uma pena termos ganho em cima desse teu ferimento. Falou triste.

-Esquenta não, vou ficar bem. O tranquilizei.

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