34° Capítulo.

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-Filho! Fui chamado.

Abri meus olhos lentamente e lá estava minha mãe.

-Que horas são? Questionei esfregando meus olhos.

-São 06:00 horas filho. Disse ela.

Notei que meu pai estava na cozinha, eles acabara de regressar.

-Seu pai está fazendo o café, o que você faz deitado aqui, na sala? Arqueou sua sobrancelha.

Suspirei fundo, era uma longa história.

Contei tudo o que ocorreu na noite anterior, meus pais ficaram estarrecidos e preocupados, mas assegurei eles que minha irmã estava bem, os mesmos subiram e foram olhá-la.

Subi e fui tomar banho e também me arrumar para à aula. Lembrei de Júlio.

-Que saudade! Sussurrei.

Tomamos o café da manhã, meus pais, minha irmã e eu. Luíza estava bem melhor e seu braço já não doía.

Me despedi dos meus pais e saí, Júlio vinha chegando próximo à minha casa, corri e o abracei.

-Estava com saudades! Sussurrei.

Me soltei do seu abraço e fui dá-lhe um beijo, mas ele virou seu rosto.

-O que houve? Estarreci-me.

-Nada, é que estamos na rua! Disse Júlio.

Algo estava estranho.

-Está acontecendo algo? O encarei.

-Eu que pergunto, não tem nada a me dizer? Refutou.

Engoli em seco, Júlio estava chateado, em seus olhos havia raiva.

-Sim, mas depois da aula...

-Depois da aula coisa alguma, fala logo. Ordenou.

Estranhei seu comportamento.

-Vamos ali! Apontei para à arvore próxima à minha casa.

-Estou ouvindo. Comentou.

-Ontem foi muito corrido, Júlio, você não ima...

-Qual parte do seu dia foi "corrido". Ele fez aspas com os dedos. -A parte que você beijou Fabrício no banheiro ou a que Lívia veio para à sua casa. Despejou com um tom de raiva.

O encarei decepcionado.

-Que história é essa que eu beijei o Fabrício? Rebati.

-Não adianta negar...

-Vou negar sim. O cortei. -Não posso assumir algo que não fiz. Falei alto.

Júlio me olhou incrédulo.

Virei de costas e suspirei fundo.

-Eu estava no banheiro e ele entrou...

-Então houve o beijo? Me interrompeu ele.

-Se você não deixar eu explicar, eu juro como vou embora e nosso namoro termina aqui. Fui ríspido.

Ele calou-se estarrecido.

-Começou a falar besteira e veio para cima de mim, me apalpando... Até que eu dei um basta e saí de lá...

-Não houve beijo? Me olhou fixo.

-Não, Júlio. Tentei ser convincente.

Dessa vez ele virou-se de costas para mim.

-Difícil acreditar. Exclamou.

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