40° Capítulo.

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Quanto tempo?

Essa era  a pergunta que eu me fazia, a quanto tempo Júlio me traía com o filho do sorveteiro?

Eis aí o motivo de está sendo ignorado nos últimos dia.

Ver Júlio aos beijos com outro cara me partiu o coração, era como se o mesmo sangrasse e não houvesse mais concerto.

Depois que os vi, aos beijos, com todas as minhas forças caminhei rumo a minha casa, não sei se essa seria a atitude mais sensata, mas iria apelar para a dignidade de Júlio e vim falar comigo sobre isso, sobre traição.

O ex-padrasto de Júlio nunca mais deu as caras, a mãe do meu namorado  (ou ex-namorado), informou a polícia sobre os ocorridos, tanto no passado como o recente e este infame está sendo procurado.

⏮⏮⏮⏮

-Júlio, preciso falar com você! Ele ia saindo de sua casa.

-Agora não posso, tenho que...

-Você vai falar comigo agora. Fiquei a sua frente.

Júlio abriu passagem para mim, então entrei.

-Onde está sua mãe? Indaguei.

-Ela saiu...

-Ótimo. O cortei. -Júlio, porquê você me traiu? Fui direto.

Júlio olhou-me estarrecido, era como se uma certa decepção tomasse conta dele.

-O que foi, achou que eu não iria descobrir? Cheguei próximo a ele.

Os olhos de Júlio já começavam a lacrimejar.

-Eu...

-Vai fala, não me ama mais? Esbravejei com raiva. -Ou o filho do sorveteiro faz melhor que eu?

Talvez eu houvesse exagerado nessa fala, mas o meu nível de irritação estava sem limites.

Júlio não sabia o que falar, era como se ele fosse inocente, ou eu não sabia mais o que achar sobre aquele silêncio dele.

Coloquei minhas mãos em seus braços e o apertei.

-Fala. Gritei.

-Você está me machucando. Gritou ele de volta.

O soltei. Júlio chorava muito.

-Você se comportou como uma putinha! Esbravejei.

Senti a mão de Júlio vim forte contra meu rosto, acertou em cheio e ardeu.

Passei minha mão no local ainda sem acreditar.

-Me perdoa, Diogo. Ele tentou me abraçar.

Me esquivei dele.

Agora era eu quem chorava.

-Eu não queria fazer isso...

-Mas fez. O cortei.

Júlio se encostou na cabeceira do sofá enquanto eu tentava me recompor.

-Sabe o que é pior nisso tudo. O olhei. -É que eu ainda te amo. Completei.

Júlio mantinha seus olhos nos meus.

-E sabe o que é mais pior ainda. Prendi ainda sua atenção a mim. -É que eu te perdou por me traí e quero encerrar essa página. Falei triste, mas com sinceridade.

Júlio se mantinha imóvel.

-Eu... Eu quero... Terminar. Disse ele pausadamente.

Não era possível o que eu acaba de ouvir.

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