42° Capítulo.

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Penúltimo capítulo!


Diogo não me perdoou. Talvez ele tenha razão, ou não. O fato é que, está longe dele é uma tortura. Já faz duas semanas que tivemos aquela discussão e até hoje ele não me procurou, não para falar sobre nós, apenas sobre o campeonato municipal.

O campeonato municipal iniciou na semana passada, vencemos uma das escolas e hoje será a final. Vamos ser campeões.

-Vamos manter o foco, não venhamos deixar o desânimo bater em nenhum momento dos 90 minutos de jogo, certo? Falou Diogo.

Estávamos no vestiário da escola que não foi para à final.

-Diogo, preciso falar com você. Estávamos caminhando rumo a quadra.

-Depois! Falou ríspido.

Assenti.

⏮⏮⏮⏮

O primeiro tempo foi duro e o placar saiu de 1X0 para eles.

-Diogo!

-O que você quer, caralho! Esbravejou enraivecido.

Fiquei um pouco assustado.

-Gostaria de falar com você! Tentei mais uma vez.

Estávamos no banheiro da escola, mas aquele local era tão grande, talvez ninguém estivesse dando atenção para nós.

-Agora não dá, Júlio! Exclamou ele. -To focado no jogo e ganhar é minha prioridade. Completou o mesmo.

Fiquei sem o que falar, tudo aquilo havia sido demais. Sem esperar por mais alguma atitude dele, sai dali, afinal tinha também um jogo para ganhar.

O segundo tempo iniciou e agora tudo o que importava era a vitória. Nosso time jogava esforçado, Marcos sempre criava as jogadas e a nossa dupla de zaga estava impenetrável.

Conseguimos empatar e após 10 minutos viramos o placar, agora era só segurar aquele resultado e comemorar a vitória.

Em determinado momento do jogo, pegamos um contra ataque por minha causa, pois tive a chance de enfiar a bola para Diogo, mas quis fazer mais um drible e acabei sendo barrado por um dos zagueiros do time adversário, resultado, acabamos pegando um gol e Diogo me criticou em alto e bom som. Fiquei decepcionado, não só por ter complicado nossa vitória, mas pela forma como ele me tratou.

Faltavam poucos minutos para o final do jogo, o placar estava empate. Iríamos para as penalidades.

Em uma jogada ensaiada, recebi um passe de um dos jogadores do meu time, arrastei a bola, puxei para a direita e chutei rumo ao gol. Foi um golaço.

Ganhamos o campeonato. Pelo terceiro ano consecutivo, nossa escola conquistava a competição, e a honra em está lá era fantástica.

Ao término do jogo, todos se abraçando, mas Diogo não veio me abraçar, então saí dali e fui rumo ao banheiro, troquei de roupa e saí.

Os outros alunos da nossa escola também estavam festejando, era um título importante para o nosso colégio.

Ouvi alguns comentários de que os jogadores iriam comemorar a vitória em um barzinho, mas ninguém me convidou.

-Diogo! O chamei para um canto da escola.

-Se é sobre o assunto que você quer falar comigo, já vou avisando que agora não. Disse ele friamente.

De longe notei Fabrício nos olhando, aquele maldito não nos deixava em paz.

-Não é sobre isso, só queria te parabenizar pela nossa vitória. Falei calmo e olhando para ele.

Ele me encarou incrédulo, mas não falou nada.

-Boa noite e boa diversão para vocês. Falei e me virei para ele.

-Espera. Senti sua mão tocar meu ombro.

Virei-me para ele.

-Não quer vim com a gente? Perguntou.

Ele queria minha presença?

-Não, eu não faço parte da sua lista de prioridades, não pelo menos agora. Fui duro. -Enfim, estou cansado e preciso dormir.

Sem esperar por alguma resposta sua, saí do colégio, comigo trazia uma dor imensa.

Já era noite e o fria era terrível. Caminhando sozinho e desolado pelas ruas. Tudo o que eu mais queria era chegar em casa.

Cortei caminho, entrei em um beco que cortava uma rua e assim chegaria mais rápido.

-Olá, Júlio! Falou uma voz atrás de mim.

Meu corpo estremeceu e uma agonia tomou conta do meu ser.

Lá estava Alberto, o meu ex-padrasto parado a me olhar.

-Acredito que não esqueceu de mim, né?

Não quis respondê-lo, tudo o que quis foi correr e então fiz isso.

-Você não vai muito longe! Gritou ele.

Alberto tinha razão, ainda estava longe da minha casa.

Senti uma mão forte sobre minhas costas. Ele me empurrou e eu fui ao chão me machucando.

-Ainda continua a mesma bichinha de antes! Exclamou ele.

-Sai de perto de mim. Falei alto.

-Fala baixo, estamos na rua. Disse ele com raiva. -Vou te levar para um lugar mais reservado. Falou por fim.

Alberto me levantou do chão e ficou segurando meus punhos, tentei me desvencilhar dele, mas era inútil.

Continuei a tentar me soltar, pois não queria ser levado para algum lugar estranho. Comecei a gritar por socorro.

-Não precisa ter medo! Falou o crédito.

-Solta ele, desgraçado! Alguém havia chegado.

Alberto me soltou para olhar quem era. Devido eu está assustado, corri o mais rápido que, avistei o fim daquele beco que parecia não ter mais fim e parei no meu da rua, quando me virei, vi só um clarão forte vindo em minha direção.

-Júlio!!!!!


Continua...


(Obs: Capítulo não revisado).

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