43° Capítulo.

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Último Capítulo!


19:30 horas da noite.

-Doutor, ele vai ficar bem? Indaguei preocupado.

-Ainda é cedo, meu jovem. Disse o médico. -Os pais dele, avise-os.

Assenti. Peguei meu celular e liguei para minha mãe, não iria consegui falar a mãe de Júlio sobre isso, então pedi este favor a ela.

Me sentei em um dos bancos daquele hospital e com toda a raiva de mim mesmo, eu comeceia chorar desesperadamente.

Horas antes...

-Não, eu não faço parte da sua lista de prioridades, não pelo menos agora. Falou Júlio calmamente.  -Enfim, estou cansado e preciso dormir.

Sem esperar por mais nada, ele se foi e comigo ficou a enorme vontade de gritar por ele, de chamá-lo e dizer que eu o perdou e que o amo mais que tudo nessa vida.

-Vamos comemorar! Uma voz falou atrás de mim, era o Marcos.

Apenas assenti.

E ele com sua mão sobre meu ombro, caminhamos para onde estava o restante da turma.

Aquele peso na consciência, aquela vontade de beijar o Júlio, veio tão forte em mim, que sem esperar por nada, caminhei rumo ao portão de saída da escola.

-Aonde vai? Indagou Marcos.

-Preciso ir, preciso resolver algo. Falei e saí correndo.

Corri como um louco pelas ruas da cidade. Com certeza, Júlio havia ido a pé, afinal, não se tinha muito táxi por ali. Então segui o percurso que cortava uma rua.

Aos poucos, ouvi gritos.

Era ele!!!

Corri imediatamente e lá no final do beco, pude vê-lo, ele estava agoniado e um homem velho o segurando pelos braços.

-Solta ele, desgraçado! Grite alto

Após meu grito, o homem o soltou e Júlio correu para o meio da rua, mas por infelicidade do destino, ele foi atingido por um carro.

Passei pelo velho desgraçado e o empurrei ao chão,  depois fui até Júlio. O homem que estava no carro que havia atropelado meu ex-namorado, desceu do mesmo e correu para me ajudar.

20:00 horas da noite.

-Oi! Ouvi alguém falar comigo.

Levantei minha cabeça e sequei minhas lágrimas.

-Tá tudo bem? Questionou um cara.

Apenas gesticulei a cabeça em sinal de negativa.

-Desculpa, é que ia passando e não deixei de notar o seu desespero. Falou o cara.

E o que diabos ele tinha a ver com isso?

-Sei quem é você, estudamos na mesma escola, só que em turnos diferentes. Falou ele. -Você não é o Diogo?

Apenas assenti.

-Que jogão o de hoje, né? Disse o cara que eu não sabia quem era.

-Se não se importa, eu não to afim de conversar, to triste e quero que você se dane.

O cara ficou calado, apenas me olhava.

Ele tinha olhos e cabelos  castanho, era de cor moreno claro e de altura mediana. Eu sabia quem ele era, ou melhor, mais ou menos. Aquele cara estudava no segundo ano, no turno da tarde.

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