Wait for Me

A maldita pasta

Quem pensou que eu abandonaria essa história e vocês, se enganou, estou aqui!

Aproveitem o capítulo, e juuuuuro que tentarei ao máximo não sumir, mas saibam que sempre estou de olho em quem comenta e vota por aqui, e procuro responder a maioria.

Me digam o que acharam do capítulo, amo o feedback de vocês, inclusive foi por conta disso que acabei postando esse capítulo hoje, uma leitora acabou comentando para eu voltar a postar e em vez de eu esperar para voltar em novembro, resolvi adiantar.

Bom, é isso, até a próxima!

Não me matem, hehe
...

Meses haviam se passado desde o aniversário de Bernardo, as coisas fluíam normalmente e perfeitamente na vida da família Shepherd-Grey, durante esse tempo, o pequeno loirinho havia se adaptado bem na sua nova escola, fez novas amizades e sempre trazia um novo aprendizado para casa, deixando seus pais abismados com a inteligência que um pequeno serzinho como ele, carregava.

Meredith terminava de se trocar na sala dos staffs, já estava tarde, ela sabia muito bem disso, e precisava ir para casa, necessitava ver seu filho, a saudade estava tomando conta de todo o seu ser.

Saiu do banheiro com o macacão cirúrgico em seus braços, e foi até seu armário, o colocou em um cabide e o pendurou, pegou a sua bolsa, repousando a sua alça sobre o ombro, mas quando estava prestes a se afastar do armário, reparou em uma pasta no armário de Derek, que ficava ao lado do seu.

Estranhou, era uma pasta que ela nunca tinha visto, nem em sua casa e nem em outro lugar, mesmo sabendo que não devia, a curiosidade falou mais alto e ela pegou o objeto em mãos, o abriu e deu de cara com vários documentos, mas um chamou a sua atenção, era um envelope branco, o pegou em sua mão e depositou de volta a pasta no armário do namorado.

Abriu o envelope que ja havia sido aberto anteriormente, não fez questão de reparar no remente, ou nada do tipo. Retirou de dentro um papel, era uma carta. Meredith lia apressadamente, mas seu corpo travou imediatamente e sua mente não acreditava no que os seus olhos acabaram de ler, repassou algumas vezes pela mesma linha, releu, mas era a mesma coisa, não havia lido errado.

Suspirou pesadamente e deixou a raiva tomar conta de seu corpo, trancou seu maxilar, pegou a pasta e começou a remexer em tudo, era tudo relacionado ao o que ela havia lido naquela carta, tudo. Ajeitou a bolsa em seu ombro e apertou a pasta contra seu corpo, e saiu daquela sala, começando a andar em direção ao consultório de Derek.

Richard havia pedido para ele exeder o seu horário de plantão, pois não havia nenhum neuro ali para caso de emergência.

Assim que a loira chegou, nem se importou em bater ou qualquer outra formalidade, somente entrou no escritório, e bateu a porta em seguida, chamando a atenção de Derek que estava distraido, sentado na cadeira atrás da sua mesa, mexendo no notebook.

Amor? — A chamou perdido, e para ele o mundo virou câmera lenta, examinou a feição da namorada e viu que não sairia nada bom dali.

Em seguida desceu o olhar para as mãos de Meredith, e percebeu que aquela maldita pasta estava nas mãos de sua amada, 'merda' pensou.

Não me venha com amor, Derek! — Berrou Meredith, caminhando ate a mesa do moreno. — O que significa isso? — Perguntou, jogando a pasta na mesa de Derek.

Mer, calma, vamos conversar. — Pediu, se levantando de sua cadeira.

Ok, vamos conversar então, mas não me peça para ter calma, por que depois do que eu li, a ultima coisa que eu terei vai ser isso! — Exclamou irritada, o encarando.

O presidente havia me convocado a meses atrás, antes até de eu chegar a Seattle, pediu inúmeras vezes para eu dar uma chance a essa pesquisa, e eu sempre recusei, mas agora, Meredith, eu tenho motivos para fazer isso acontecer, eu quero muito descobrir uma cura para o alzheimer, e o meu principal combustível para querer isso é você, e junto com isso, após eu negar tanto, ele resolveu aumentar a proposta, é impossível negar! — Contava enquanto dava a volta em sua mesa, parando um pouco distante de sua namorada.

Eu sei que as suas intenções são boas, Derek, mas eu quero e preciso de você aqui! — Disse o olhando nos olhos. — Você ja perdeu metade da infância do Bernardo, você vai querer perder mais dois, três, quatro anos dele? O vendo crescer por uma tela de um computador enquanto você vive em Washington? Me diga, por favor, que não. — Falou tudo de uma vez, jogando uma pedra nas costas do homem a sua frente.

Meredith, essa pesquisa ajudaria milhões de pessoas pelo mundo inteiro, nós estamos brigando por uma boa causa, por favor, entenda o meu lado. — Pediu, desviando da pergunta que Meredith havia feito anteriormente, já que não era capaz de responder.

A loira suspirou, negando com a cabeça e trancando o choro em sua garganta, ela sabia que eles realmente estavam brigando por uma boa causa, mas mesmo não querendo ser egoísta, agora, nesse momento de sua vida ela apenas queria que Derek ficasse ao seu lado.

Antes você negava por que tinha uma esposa e um filho chegando, mas por que isso mudou? Você me tem, e tem ao Bernardo, Derek, agora você entenda o meu lado. — Começou, Derek suspirou pesadamente, sabendo que ela estava certa. — Como vamos explicar isso a ele? Ele vai ficar arrasado, você prometeu, a mim e ao nosso filho que você não nos abandonaria! — Exclamou com raiva, deixando umas lágrimas escaparem.

Eu não vou abandonar vocês! — Se defendeu. — Meredith, eu jamais faria isso, eu... — Interrompido.

Então por que você está fazendo, Derek? — Perguntou apontando para a pasta. — Aquilo ali é um contrato de vários anos, e você vai sustentar nossa família como? Vindo a cada um mês para casa, ficando dois dias e indo embora em seguida? — Antes que Derek pudesse responder, Meredith continuou. — Eu não estou falando somente por mim, tem uma criança indefesa que está em nossa casa, nos esperando, e mal sabe ela que os país estão brigando pelo futuro dela, Amelia, Mark, Alex, não sou só eu! — Mordeu o lábio inferior tentando controlar as lágrimas. — A sua família toda está aqui, e agora, em Seattle. — Falou dessa vez mais baixo.

Meredith... — Derek iria começar novamente, mas novamente foi interrompido pela loira, que logo percebeu o que ele falaria.

Todo mundo me abandona, e eu sempre perdoo, mas sempre acontece novamente. — Respirou fundo. — Olha, quer saber? Eu vou é pra casa, necessito ver o Bernardo, conversamos outra hora. — Disse, e o interrompeu em seguida, pela ultima vez. — E por favor, volte para casa somente com uma decisão tomada, e se possível, que não seja hoje, eu quero ficar sozinha. — Pediu, ajeitou a alça da bolsa em seu ombro, girou os calcanhares e andou em direção a porta, a abriu e saiu do consultório, sumindo dali.

Merda! — Derek gritou, com lágrimas escorrendo pelas suas bochechas.

Ele havia feito isso de novo, ele a magoou.