•Capítulo 35•

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"Parar o Tempo"

London

Isso realmente está acontecendo? Ou é apenas um sonho? 

Lexie lentamente ergue seus braços, e me dá passe livre para tirar sua blusa. Meus dedos apertam o tecido envolta da sua cintura, e começo a subi-lo por suas costas, devagar, e saboreando cada pedaço que surge da pele dela. É brilhosa, e está vermelha. Sinto suas mãos me ajudarem a retirar toda a camisa, e assim que ela arremessa o tecido suado no canto do sofá, meus olhos caem para as alças do seu sutiã rosa.

— Este também precisa ir. - brinco, puxando a alça para cima. O elástico escapa da minha mão e se acomoda de volta em sua pele oleosa.

— Nem pensar! - diz ela, aumentando seu tom de voz. Vejo suas mãos agarrarem seus seios,  segurando o sutiã na parte da frente. — Já não é o bastante que eu tenho deixado-o tirar minha blusa?

Olho para o teto, e dou uma gargalhada.
— Só estou brincando, sua boba.

— Idiota. - xinga ela, começando a relaxar.

Aproveito e coloco minhas mãos em seus ombros. É quando ela fica tensa. Dura. Como se fosse uma estátua.

— Ei, se acalme. - peço novamente, sentindo o quanto que sua pele é macia, e perfumada. — Respire fundo.

Ela o fez, e expôs o pescoço. Recebi isso como um convite para seguir em frente.
— Você irá me agradecer mais tarde por isso.

Esfrego minhas mãos para frente e para trás, seguindo pelos seus ombros de um lado para o outro. Vou até seu pescoço, e puxo gentilmente sua pele, ela suspira, e eu continuo massageando toda região.

— Acho que já posso começar a fazer isso agora.

Meu pau se anima com a ideia, e eu me arrependo por deixá-lo agir por si mesmo. Lexie está sentada entre minhas pernas, e eu sei que seu traseiro sentiu toda a minha excitação.

— Como você se sente? - pergunto, enquanto dou leves batidas em seus ombros com as pontas dos meus dedos. Eu queria poder ficar fazendo isso para sempre. É tão bom ter ela tão perto de mim.
Ainda mais entre minhas pernas.
Caralho.
London.
Ela é só uma amiga.
Fecho meus olhos.

— Sinto-me como se eu tivesse flutuando. Você é muito bom. Obrigada.

— Ei, não me agradeça ainda.

Quero que ela faça isso direito.
Respiro seu perfume.
É uma mistura de girassóis e jasmim.
— Ok.

Continuo apertando, e brincando com sua pele. E Lexie segue suspirando e gemendo baixinho. Acho que ambos estamos saboreando esse momento.
Será que dá para parar o tempo?

                            §

Depois da longa e gostosa massagem que fiz em Lexie, peguei sua cabeça caindo pra frente várias vezes. Não demorou muito para eu perceber que ela estava finalmente dormindo. Então eu parei com minhas mãos em seus ombros, e com muita dificuldade endireitei seu corpo de modo que ela ficasse com as pernas pra cima do sofá. Daí pra adiante, eu coloquei ela deitada de costas no sofá, coloquei sua blusa de volta, e até agora, uma hora depois, ela está na mesma posição, e dormindo feito um anjo.
Um anjo doce e sexy.
Aproveitei enquanto ela descansava para dar uma ajeitada na casa. Milagrosamente ela não despertou em nenhum momento, apesar de eu falhar com os barulhos.
Aproveitei também para dar uma saída rápida, muito rápida, e fui até o supermercado que fica na esquina da nossa rua, e peguei algumas latas de cerveja e comida pré-ponta para o jantar.
Agora a única coisa que faltava era colocar o sofá de volta em seu lugar, e trazer o tapete que deixei pegando um sol.
Vou até a cozinha, e pego uma latinha de cerveja. Não consigo deixar de sorrir diante de toda essa situação. Quando é que eu iria imaginar?
Ter Lexie deitada no meu sofá é um acontecimento épico. O mundo deveria parar.
Bebo um gole de cerveja, e faço uma careta quando o líquido escorrega rápido pela minha garganta. Limpo minha boca com meu antebraço, e saio da cozinha.
Quando chego na sala, vejo que Lexie continua apagada. E olha que ela disse que já tinha dormido bastante.
Balanço minha cabeça.
Meus olhos sobem pela suas pernas expostas, param quando chegam na bainha do seu short jeans rasgado. Eu sei que parece errado. Mas não dizem que olhar não tira pedaço?
Mantenho meus olhos subindo pelo seu corpo, parando na protuberância dos seus seios. Ficam bons embaixo da sua blusa regata vermelha.
Subo para seu pescoço, e a imagem das minhas mãos sobre ele, voltam para minha mente. Como eu gostaria de ter o poder de voltar no tempo.
Meus olhos sobem para seu rosto, e se concentram num pequeno bolo de cabelo loiro que caiu para seu rosto. Sua respiração pesada faz os fios se levantarem e baixarem.
Repetidamente.
Então eu me aproximo, e me ponho sobre os joelhos. Continuo segurando a cerveja com minha mão, e com a outra livre eu levo até seu rosto.
Mas antes que eu consiga afastar os fios do seu rosto, os olhos de Lexie instantaneamente se abrem para o mundo.
Fico paralisado.

— O que você está fazendo? - ela se assusta, e começa a levantar suas costas do sofá.

Engulo em seco.
Sinto a latinha começar a amassar dentro da minha mão.
— Eu só... Uma mecha do seu cabelo foi para sua testa, eu só ia tirá-lo.

Ela balança a cabeça, e fecha os olhos quando cobre seu rosto amassado com as mãos.
— Eu dormi muito. Nossa. Estou confusa.

Levanto do chão, e sento no espaço onde estava suas pernas.
— Não quis te acordar. Você parecia em completa paz enquanto dormia.

Ela afasta as mãos do rosto, e me lança um olhar divertido.
— Sua massagem é a culpada disso.

Sorrio, e bebo mais um gole de cerveja. Quando faço isso, vejo que parte do alumínio ficou um pouco deformado.
— Mas você gostou dela.

— Você tem razão. Aliás, você deveria trabalhar com isso também, já que você é o senhor faz tudo. - seus olhos reviram quando ela zomba de mim.

Não consigo deixar de rir.
— Você é uma coisinha, hein.

Ela agita os ombros, e levanta do sofá. Meus olhos automaticamente seguem sua bunda. É como dois melões, uma em cada lado do seu quadril.
Ela me pega com os olhos vidrados em seu traseiro, quando vira pra trás num impulso rápido demais para que eu conseguisse disfarçar minha falta de respeito.
Merda.

— De novo? - seus olhos semicerram. — Quando é que você vai parar de fazer isso?

— Isso o quê? - finjo que não sei do que ela está falando.

Seus braços se cruzam, e ela me lança um olhar desafiador. Uma nuvem de tensão parece emergir entre nós. É como se nós dois tivéssemos sendo ligado por um fio. Um fio prestes a entrar em curto circuito.
— Você sabe muito bem do que eu estou falando.

Olho para os lados, depois para trás, e então para ela novamente. Forço uma expressão confusa, e tento controlar meus batimentos.
Meu coração parece mais maluco do que eu.  
Quando eu não digo nada, Lexie bufa e pressiona os olhos. E isso me deixa saber que se eu implicar mais um pouco, ela vai explodir comigo.

— Você é tão... - ela abre os olhos, e me encara com raiva. Mas é uma raiva diferente, parece mais  frustração. — Diabos. Eu vou embora.

Ela nem espera que eu fale ou faça alguma coisa. Sai andando pisando firme em direção da porta. Meus olhos agem por contra própria, e involuntariamente acompanham o balançar sexy do seu quadril generoso.
— Tenha uma boa noite, Lexie. - eu grito, e começo a rir quando ela ignora, e bate à porta em resposta.

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