Epílogo:

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"De volta em casa"

London

Um ano depois.

Tem sido uma longa jornada de descobertas para eu e para Lex durante todo esse tempo que passamos juntos. Caramba.
Já faz um ano que estamos juntos e não parece o suficiente. Eu quero mais desses. Quero passar minha vida com ela.
Quem diria não é?
Éramos vizinhos um ano atrás, e nada disso era suposto acontecer entre nós, mas aconteceu, e eu não posso reclamar de nada.
Lex é exatamente o que eu preciso, o que eu quero para mim.
Essa noite eu vou surprendê-la com um pedido especial, espero que ela aceite, embora seja cedo demais. Mas porque esperar?
Porque adiar mais a nossa felicidade?
Eu tenho tudo planejado. Só preciso que ela diga sim para todos os meus planos se realizarem.

Verifico a hora no relógio preso na parede, e o pequeno ponteiro acaba de estacionar no seis, enquanto o outro para no doze. Meu coração começa a bater rápido quando eu percebo que falta muito pouco para Lexie chegar em casa.
Nossa rotina tem sido igual desde que eu voltei de Jersey. Algumas noites dormimos na minha casa, outras noites na casa dela. Todas as manhãs ela se desenrosca dos meus braços para ir trabalhar, e eu faço beicinho por ter que me afastar dela.
Mas nem tudo está como antes, e isso eu preciso agradecer para sempre. Três meses depois que voltei para casa, fui chamado para uma entrevista de emprego, lembro-me na época que Lexie esteve nervosa durante todo o tempo em que estive fora fazendo a entrevista.

Eu vi nos seus olhos naquela manhã em que nos despedimos que ela estava implorando para mim não aceitar o emprego se ele fosse longe de novo. Lexie chegou a sussurrar que o que ela ganhava na escola daria para nós dois.
Bem.
Eu não podia fazer isso com ela não é? Então eu aceitei o emprego.
Mas pode ficar aliviado porque eu não precisei me mudar, pelo contrário, a construtora que me chamou fica a algumas quadras de casa, tudo que eu podia pedir.
Mas o melhor ainda é que está é uma vaga provisória, estamos ampliando um condômino e a estimativa é que está obra termine em dois anos. O que é uma esperança, certo?
Vou levar esse tempo para juntar dinheiro, ah eu não falei para vocês, mas comecei minha faculdade de engenharia civil, e isso fez Lexie muito orgulhosa de mim. Estou no começo do curso, mas já vejo como será o meu futuro.
Lexie com toda certeza está nele.

Escuto um carro derrapar, e meu corpo se alerta. Rapidamente apago todas as luzes da casa, e espio entre a fresta da janela.
É ela.
Merda.
Começo a suar.
Fico observando Lexi se aproximando da casa, puxando sua chave da bolsa, e sorrindo para si mesma.
Tão linda.
Me afasto da janela quando ela se aproxima da varanda. Ela nem imagina que eu esteja em casa. Principalmente pela última mensagem que mandei para ela avisando que ficaria até às oito horas na construção.
Sorrio.
Ela mal pode esperar por isso.

Escuto o barulho da chave enroscando na porta, e permaneço em silêncio parado no fim do corredor, assim que ela apertar o interruptor...
Expiro fundo quando Lexie fecha a porta atrás dela, escuto o barulho da sua bolsa sendo soltada no chão. E seus passos se aproximando da parede onde está a caixinha que vai trazer luz para casa.
É agora.
Fecho meus olhos.

— Oh meu Deus, London! – exclama ela, quando seus olhos me fitam lentamente se aproximando. Ela olha por toda sala, seus olhos se arregalando cada vez mais. Depois ela fica congelada apenas me encarando. Se ela puder fazer isso para sempre, eu serei o cara mais sortudo.

Há pelo menos umas quinhentas pétalas de rosas espalhadas pelo corredor, e eu estou pisando em cada uma até conseguir chegar até ela. Vejo um sorriso lutando para sair dos seus lábios juntamente com as lágrimas que estão rolando para baixo agora.
Nas minhas mãos eu trago uma pequena caixa de veludo, dentro eu escolhi o solitário mais apaixonante de todos os anéis que tinham naquela loja. A vendedora acabou me ajudando nesse detalhe.
Sorrindo eu me aproximo dela, deixando apenas um passo de distância entre nós. Caio em meus joelhos, e ergo a caixinha aberta para ela. É quando suas lágrimas embaçam sua visão. Lexi leva as mãos para boca, e eu percebo que ela deve estar segurando um grito, um gemido ou protesto.
Seja o que for.
O brilho que está em seus olhos agora me diz tudo que eu precisava saber. Eu a amo profundamente, e ela me ama mil vezes mais.

— Eu poderia estender esse momento dizendo todas as coisas que eu amo em você. Mas isso gastaria toda a minha vida, sabe porque? Porque eu amo tudo em você. Cada detalhe, cada pedacinho do seu corpo. Cada ataque furioso que você dá quando eu faço alguma coisa que você desaprove. Cada resmungo de cansaço que você faz quando chega tarde do trabalho. Cada maldita coisa, Lex. Eu amo você da ponta dos seus pés até seu último fio de cabelo. Você aceita se casar comigo?

Suas mãos caem para meus ombros, e ela se ajoelha em minha frente. Não há qualquer dor ou dúvida em seu rosto. Só amor e algo que está fazendo meu coração se aquecer a cada instante. Ela desliza uma de suas mãos pelo meu braço, e toca na caixinha.
Seus olhos continuam me encarando com um sentimento que faz tudo em nossa volta deixar de existir.

— É claro que eu aceito, London. Eu quero muito me casar com você.

E assim está feito.
Pego o anel da caixinha, e deslizo em seu dedo. Agora é como se nós dois tivéssemos um elo.
Para sempre.

FIM

Recadinho:

Quero pedir desculpas pela demora em postar os capítulos, principalmente este, que na verdade não seria o final, mas resolvi encerrar essa história que se tornou tão longa, e não precisava. Sei que ninguém quer que sua história favorita termine, mas tudo tem que chegar a um fim, não é? E por mais que eu quisesse esticar para mais capítulos, ficaria cansativo para vocês.
Enfim, espero que tenham gostado do enredo e me desculpe a enrolação nesses 92 capítulos 😳 nunca imaginei que iria escrever tanto. Agora vou dar um tempo, uma pausa que preciso para descansar e renovar minhas ideias. Nós vemos em breve!!!
Obrigado por tudo ❤️

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