•Capítulo 59:

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"Montanha Rochosa"
     
London

Depois de mandar alguns currículos para empresas de construções. Eu sigo para o sofá, e descanso um pouco. É quase início da tarde quando pego meu celular e vejo um par de mensagens de Lexie.
Realmente ela faz falta.

Digito uma resposta pra ela que sei que vai fazê-la sorrir ao lê-la. Quem não iria?
Escrevi que era pra ela largar tudo e correr pra casa. Afinal, o amor é mais importante que tudo. Mas lá no fundo eu sei que não é bem assim que funciona.
Ela não me responde de imediato, mas quando sua mensagem chega alguns minutos depois em meu celular, eu rapidamente leio seu texto:

"Você é muito engraçadinho."

Jogo minha cabeça pra trás e solto uma gargalhada. Ela definitivamente pegou o espírito da coisa. Meu peito sobe e desce afetado pela minha recente explosão de risada. E eu começo a recobrir o fôlego antes de retornar sua mensagem.
A televisão está desligada, e não há qualquer outro barulho na sala a não ser dos meus dedos batucando a tela do meu celular. É tão silencioso quando Lexie não está.

"Sinto falta do seu cheiro de pêssegos."

É o que eu acabo escrevendo e enviando para ela. Fico esperando uma resposta, mas ela não vem por um longo tempo. Então eu guardo meu celular no bolso, e decido dormir para passar o tempo. Só que eu não consigo relaxar. Meu coração continua batendo tão alto que sou capaz de senti-los em meus ouvidos. E meu cérebro parece começar a trabalhar justamente no momento em que eu fecho meus olhos.

Esfrego meu rosto, e levanto do sofá. Sigo para cozinha, bebo um pouco de água, e volto para o corredor mas vou direto para meu quarto. Talvez eu consiga relaxar lá. Quando abro a porta, meu rosto recebe uma lufada de ar frio que corre pela minha janela. Vou até ela, e fecho um pouco os vidros deixando apenas uma pequena fresta. Escureço o quarto empurrando a cortina de volta para seu lugar.

Caminho até minha cama, e me arrasto em cima dela até que todo meu corpo está enterrado sobre o colchão macio e reconfortante. Minha cabeça se alinha no travesseiro quando eu deito de costas. Fecho meus olhos pousando uma das minhas mãos na minha testa e a outra em minha barriga. E tento não pensar em nada. Parece que funciona. Meu corpo começa a relaxar, e meus pensamentos vão perdendo força. E quando eu menos espero, a escuridão toma conta.

Não sei por quanto tempo estou dormindo até que eu começo a sentir uma leve pressão sobre meus lábios. É como se eles estivessem sendo empurrados.
Beijados.
Não é forte.
É lento e calmo.
Quando sinto a pressão novamente, meu corpo começa a ganhar vida, e minhas narinas inflam com o cheiro que se aproxima.

Pêssegos.

Franzo meu cenho, e abro meus olhos rapidamente. É quando eu a vejo.
— Lexie.

— Olá senhor dorminhoco. - suas maçãs do rosto estão vermelhas. E seus lábios quase perto de tocar os meus.

Ergo meu corpo, e me sento com as costas apoiada contra a cabeceira.

— Não ouvi você chegar.

Ela sorri, e se afasta.
— Como poderia? Você estava dormindo.

Olho para os lados a procura de um relógio.
— Que horas é isso?

Ela se senta na beirada da cama.
— Quase cinco.

— Porra. - meus olhos se espantam. — Eu nunca dormi tanto.

— O que era aquela sua mensagem hein?

Sorrio.
— Queria estar perto para ver como você reagiu.

Seus olhos reviram.
— Você não tem o que fazer não é?

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