Ao Seu Lado

•Capítulo 80:

"Mudanças não muito bem-vindas"

Lexie

— Stripteaser ao som de Taylor Swift?

Não consigo dizer nada, só dou um sorriso para ele.
Desde que soube que ele estava indo para uma entrevista de emprego há mais de mil pés daqui. Eu pensei em uma surpresa de despedida. O que venho na minha cabeça?
Tirar a roupa.
Mas para ficar ainda mais surpreendente, peguei um rádio e coloquei "December" da Taylor Swift para tocar. Chamei London para o quarto e pedi que ele se deitasse na cama.
Pela primeira vez eu não me senti envergonhada, não sei, meus sentimentos estavam muitos confusos essa noite. Talvez seja pela sua despedida. Porque lá no fundo eu sei que London vai conseguir esse emprego, e nós vamos passar por muitas tormentas nesses próximos seis meses.

— Você prefere Katy Perry? - provoco, balançando meu quadril para baixo.

Ele sorri esfregando seu queixo.
— Eu prefiro qualquer música desde que todas elas façam você se mover como está fazendo.

Meu peito incha.
— Ok. Sem mais conversa. Apenas aprecie sua namorada.

Ele sorri ainda mais, e eu volto a fazer uma dança sexy para ele. Eu ainda estou de robe, e com um conjunto de lingerie por baixo. Começo a desatar o laço do meu robe lentamente. Aproveito o ritmo dançante da música para deslizar meu corpo para o chão, e de volta para cima.
Olho para London, e o vejo sorrindo calorosamente. Seu rosto está iluminado e desejo brilha em seus olhos.
Um dos lados do robe se abre, e eu faço uma pausa dramática. Então começa a empurrar minha perna para fora dando à ele uma pequena visão da minha coxa.
Seu corpo se agita, e ele se endireita na cama. Não posso deixar de sentir meu rosto queimar com a expressão maliciosa em seu rosto. Continuo meu jogo para seduzi-lo.

Dessa vez abro a outra parte do meu robe, revelando agora minhas duas pernas. Desço até o chão, e subo lentamente balançando meu quadril o mais sexy que eu posso conseguir. Mas pela expressão luxuosa que London faz, acho que meu objetivo está sendo alcançado.
Levo minhas mãos até meus ombros, e começo a afastar o tecido para baixo deixando-a deslizar pelos meus braços até estar no chão. Meu corpo treme quando sente a temperatura fria que está no quarto. Mas continuo dançando embora minha coragem tem se tornado menor agora.

A lingerie que escolhi foi uma peça que May me deu no meu vigésimo aniversário, é uma surpresa que a calcinha e o sutiã ainda servem. O conjunto é de renda com um tom levemente rosado. Minha pele está toda brilhosa embaixo da peça, e meus pelinhos parecem arrepiados.

— Porra Lexie. - murmura ele, quando meus dedos seguram as alças da minha calcinha. Começo a empurrá-las para baixo mas não o suficiente para revelar minha carne.

London começa a respirar alto, e eu recebo isso como um incentivo para continuar provocando-o ainda mais. A música começa a entrar numa parte mais melódica, quase chegando ao seu final. Eu então me movo com mais lentidão, brincando com as alças da minha calcinha, nunca deixando-as cair.

— Você vai acabar me matando, você sabe não é?

Sorrio, e decido lhe dar um pouco mais de diversão. Desço minha calcinha até meus joelhos, e empurro mais um pouco até que elas estejam fora dos meus pés.
Sinto os olhos de London pousarem na região entre minhas pernas, e começo a derreter com seu olhar determinante. Não me escondo. Deixo toda minha feminilidade à mostra.
Levo minhas mãos para meu pescoço, e depois para meus ombros, e começo a tirar meu sutiã também. Nesse momento London se move do se lugar e se senta na beirada do colchão.
— Preciso ver isso mais de perto. - diz ele, lambendo seus lábios perfeitos.

Meus seios ficam expostos quando o sutiã cai no chão. E eu não preciso olhar para eles pra saber o quão rígidos estão.
Fecho meus olhos e me deixo ser levada pela próxima música da Taylor Swift que começa a tocar. Eu estou tão perdida em meus pensamentos, dança e interna euforia que não sinto quando meu corpo é abraçado. Abro meus olhos e vejo London completamente nu envolta de mim. Céus. Eu nem percebi que ele estava tirando sua roupa enquanto eu dançava como louca.
Ele me aperta, e eu sorrio quando nossos olhos se encontram.
Como eu o amo.
Nós dois começamos a dançar juntos, abraçados, sem ritmo, e nus. Isso é tão fora dos trilhos. Mas é perfeito.
É penas nós.
Isso que importa.

§

Lágrimas escorrem dos meus olhos.
Eu sei.
Eu estou chorando como um bebê neste momento.
Mas não há como passar por isso sem deixar minhas emoções falarem por mim. Eu nunca fui boa com despedidas, caramba, eu não gosto de despedidas.
Eu sei que London está indo apenas para uma entrevista, mas ele vai conseguir este emprego, e vai ficar seis meses longe de mim. Eu não sei o que vou fazer sem ele.
Droga.
Eu estou sendo infantil, eu sei.
Mas meu coração está doendo. Meus pensamentos estão confusos. Não sei o que fazer para mudar isso.

Ontem eu dei à ele um pequeno striptease, e nós transamos até pegarmos no sono. Não parece o suficiente. Meu corpo ainda está pedindo por ele. Meu coração está doendo por ele. Expiro fundo. Eu sei que preciso ser forte, e chorando desse jeito eu estou só mostrando o contrário.

— Sinto muito. - choramingo quando London toma meu rosto em suas mãos. Eu não queria que ele me visse sofrer tanto pela sua partida. — Eu vou ficar bem, é só que... - droga, minhas palavras são engolidas quando uma chuva de lágrimas começa a cair novamente.

London me puxa para ele, e pousa seus lábios em minha testa.
— Shhh, está tudo bem em chorar. Você está sofrendo. Eu também estou. Mas tudo vai dar certo no final, você vai ver.

Sua promessa consegue me deixar um pouquinho melhor. Mas não consegue aliviar a pressão que está esmagando meu coração.
— Vou senti sua falta. - murmuro quando ele afasta seu rosto.

London usa seus dedos para enxugar meu rosto molhada. Mas é inviável. Meus olhos começam a empurrar mais e mais.
— Eu vou ligar pra você quando chegar lá ok? Quando você se sentir sozinha não espere nenhum pouco para me mandar uma mensagem, está certo?

Agito minha cabeça concordado, e ele sorri quando traz seus lábios para minha boca. Fecho meus olhos e me deixo saborear esse momento.
Não será o último.
Eu sei que não será.