*Ares*
Sua voz era doce e suave, o luar brilhava na luz da fonte e tornava uma linda visão e devo dizer que era encantadora. Ela tocou por um bom tempo e a melodia me fez esquecer da dor, talvez Nikaía estivesse certa e eu precisasse de um tempo longe de tudo para tentar ni mínimo viver.
A garota que tocava ainda não tinha um nome para mim e era uma mortal curiosa por vários momentos notei que ela olhava a mim.Quando ela parou e as pessoas foram embora, continuei sentado à observando. Ela me olhou e eu rapidamente virei o rosto. Vi que levantou e começou a caminhar, era tão delicada em seu andar e se aproximou de mim, sentou ao meu lado.
— Você não é daqui? Digo, ah desculpe eu sou péssima nisso. — disse ela toda envergonhada.
— Então você notou? — falei, tirando o capuz e revelando a ela minha face e a olhei atento. Percebi que estava insegura, ou curiosa quanto a mim. Talvez fossem meus olhos.
— É fácil saber quando não são daqui, geralmente não falam com o resto das pessoas. — explicou ela sem jeito, achei ela até mesmo um pouco invasiva.
Sorri levemente e me cobri com a capa, levantei e sai dali a deixando sozinha. Não era o momento para conversar e nem desejava isso.
— Você deveria tentar ser menos curiosa. — falei a ela enquanto andava, realmente parecia que tinha o prazer em saber mais dos demais.
Ela voltou para casa e eu fiquei observando seus passos de longe, vivia em uma casa boa. Tinha dois andares e os pilares da frente eram dourados. O jardim bem cuidado, vi que ela abriu a porta e a fechou rápido, a lua ainda brilhava alto sinal de que não estávamos nem na metade da noite.
Precisava me aproximar então decidi subir por sua janela. Ela estava na cama e lia um livro, acabei aparecendo de relance no eapelho e ela ficou observando.— Sou mesmo uma tola. — ouvi ela dizer retomando sua leitura.
Pareceu não me notar, como fui descuidado, permaneci em silêncio ainda a observando. O que ela tinha de tão especial que acalmou meu coração?
Vi que ela continuou a passar um tempo lendo e cochilou.
Notei que se levantou, quando vi que ela ia tirar o vestido abaixei o olhar. Não queria ver ela dessa forma, isso era incorreto. Acredito que ainda estava ligado a Afrodite de alguma maneira e não era uma moça como aquela que despertaria meu coração.
Ela voltou a cama e continuei a olhando da janela.— Mãe. — chamou ela sem jeito, bom. Acredito que era um bom momento para que eu revelasse estar ali.
— Não é a sua mãe. Posso entrar? — falei aparecendo na janela e a olhando.
Ela demonstrou medo e cobriu a cabeça achando se esconder de mim, isso foi engraçado.
— Por favor, posso entrar? — pedi a ela.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma noiva para Ares
Romance4° LIVRO DA SÉRIE NOIVAS Dizem que o luto corrói a alma, destrói os corações. Seguido de momentos de dor e angústia onde você se pergunta constantemente como vai suprir aquela ferida? Tudo mudou e uma era de paz chegou ao Olimpo, os deuses...