Hope 11

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Ser beijada daquela forma em uma das cabines de um banheiro jamais foi meu fetiche. Nunca imaginei que estaria experimentando algo como aquilo em minha vida, e por mais que eu pensasse nas consequências, não conseguia evitar de gostar. As mãos de Alexander continuavam percorrendo o meu corpo sem hesitação ou vergonha, enquanto seus lábios marcavam meu pescoço e mordiscava meus lábios.

Não conseguia pensar no quão errado era o que estávamos fazendo – afinal estávamos em horário de trabalho – e muito menos me importava com o fato de alguém poder entrar e escutar os gemidos que pareciam escapar sempre ele mordiscava o meu pescoço.

Minha razão parecia ter abandonado meu corpo, mas quem poderia culpa-la? O cheiro de Alexander, o modo como gemia baixo sempre que eu me remexia em seu colo e seus beijos foram suficientes para que eu esquecesse tudo.

Completamente tudo.

Minha mente estava em branco.

Meu quadril movia como se tivesse vida própria ao sentir a animação de Alexander, e em resposta, ele sempre apertava minha bunda, como se estivesse me incentivando. Como se estivesse me pedindo para ir além daquilo.

Ele não deveria ser do tipo tímido e envergonhado?

Afastei meu rosto, respirando fundo antes de encará-lo. Seus olhos estavam envoltos em puro desejo.

― Paul pode entrar aqui – Falei baixo. Não esperei que ele compreendesse a situação tão rápido quanto fez, pois não demorou dois segundos para ele sorrir ao concordar antes de tirar a mão da minha bunda e levar até seus cabelos. Ele poderia ter continuado com a mão onde estava. Não me importava em nada.

Desculpe. Foi a sua resposta em libras antes de abaixar a cabeça e depositá-la em meu ombro.

― Perdi a cabeça por alguns minutos. Desculpe – Ele falou próximo ao meu ouvido. Tudo bem se ele quiser se desculpar, mas poderia fazer isso sem ser sussurrando em meu ouvido? Isso apenas piora a minha excitação e ilusões.

Bati em seu ombro, fazendo-o levantar a cabeça e me olhar.

― Sem problemas. Sempre acontece comigo quando sou agarrada tão forte – Admiti fechando a boca em seguida ao desviar o olhar. Eu precisava parar de falar tudo o que vinha a cabeça. – Quero dizer que minha mente fica em branco, sabe? – Olhei para seu rosto e pareceu que ele que se segurou para não rir, mas seu rosto ligeiramente avermelhado o entregou. – Pretende me agarrar o dia todo ou podemos sair? – Sorri ao perguntar mesmo não querendo afastar suas mãos de mim. Eu realmente gostava da forma como ele me tocava.

Infelizmente ele afastou suas mãos ao suspirar. Seu olhar foi em direção aos meus lábios e como uma boa pessoa precisava fazer uma boa ação. Segurei seu rosto antes de beijá-lo rapidamente.

― Para dar sorte o restante do dia – Disse sorrindo ao me levantar de seu colo, abrir a porta da cabine e sair. O meu reflexo no espelho denunciou minhas ações, pois meus lábios estavam vermelhos, meu pescoço tinha algumas marcas e meu cabelo permanecia bagunçado.

Ele poderia ter sido mais discreto.

Não. Gostei assim.

Acabei sorrindo ao passar a mão pelos meus cabelos e jogar agua no rosto. Não teria como explicar as marcas no pescoço, mas sempre poderia usar a desculpa "que algum mosquito me mordeu", o que fez com que eu respirasse aliviada.

Olhei para trás, estranhando que Alexander não tinha saído da cabine, retornei abrindo a porta, o encontrando sentado sem reação. Ele olhava para a porta.

― O que foi? – Eu perguntei começando a me preocupar, mas quando ele apontou para sua ereção, sorri largamente. – Quer ajuda? – Não sabia muito bem o que fez com que eu perguntasse isso, mas tinha sorte. Alexander negou ao balançar suas mãos de forma frenética. – Vou falar a Paul que você está com dor de barriga ou algo assim. – Ele assentiu ao manter seu olhar fixo em meu rosto.

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