Chapter sixteen.

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Larry's vision

Já se passaram rapidamente três meses, que foram maravilhosos ao lado de Fisher. Ele é maravilhoso.

Não houve muita coisa importante, além do meu amor. Apenas, nesse período, se passaram três anos de namoro de Neil e Todd, e Ashley finalmente apagou o fogo no rabo, e arrumou um namorado.

Eu estava pintando um quadro, inspirado em uma das marcas que eu mais gosto de deixar em Sal, chupões.

Estava fazendo o esboço do pescoço que iria retratar, e repentinamente, pude ouvir Sal dar um espirro, o que me fez dar um pulo do banquinho, que eu estava sentado. Graças a Deus que estava fazendo o esboço a lápis, ainda. Me levanto e me sento novamente, de frente para a tela.

Sal, depois de poucos minutos, entra em meu quarto, encostando a cabeça em minhas costas, gemendo, como se estivesse dolorido.

Larry: Sal, tá tudo bem? — Me viro, preocupado com ele, que levanta seu olhar nos meus.

Sal: Não, perdi meu olho de vidro, e não acho em lugar nenhum.

Larry: Deixa eu adivinhar, você espirrou, e o olho voou? — Na primeira vez que isso aconteceu, confesso que me assustei um pouco, mas com o passar do tempo, isso se tornou comum.

Sal: É... Me ajuda a procurar?

Larry: Ajudo sim, meu amor. Onde você espirrou?

Sal: Na sala. — Ele faz uma longa pausa, sem desviar seu olhar do meu. — Gizmo tinha deitado hoje de manhã em cima da minha prótese, e caiu alguns pêlos. Limpei, mas ficou algum pêlo, que entrou no meu nariz.

Me levanto, e vou até a sala, com Sal. Pergunto a cor da íris, sabendo que ele tem uma coleção enorme de olhos de vidro com íris de diferentes cores, e ele me informa que é azul.

Começo explorando os cantos da sala. Empurrando um dos vasos de planta, encontro o tão procurado olho.

Larry: Amor, achei. — O informo, vendo o azulado vindo em minha direção, estendendo sua mão direita para ter seu olho de volta.

Larry: Acha que vai ser tão fácil assim, Sally Face? — Pergunto, o encarando, com um sorriso se abrindo em meu rosto.

Sal: Acho. — Ele diz, convencido. — Me devolve. — Não tão fácil assim. Levanto o objetivo onde ele não poderia alcançar, e ele pula, tentando pegar, mesmo sabendo que não alcançaria.

Sal: Larry, me devolve! — Ele ordena, impacientemente.

Larry: Eu te disse, que não iria ser fácil.

Sal: Okay, Larry! o que você quer?

Larry: Que você não me abandone, nunca. — Minha boca pronunciou involuntariamente, revelando meu maior medo.

Sal: Mas, eu nunca vou te abandonar, bobo. Eu estou bem aqui, para você. — Ele me arranca um sorriso, então o abraço por um tempo.

Uns demorados segundos depois, devolvo-o seu olho de vidro. Ele retira a prótese e coloca o olho em sua órbita ocular. O encaro, fazendo todo esse processo, vendo o seu rosto.

Para alguns, aquele poderia ser o pior rosto que já viu, mas para mim, é um rosto virginal que ainda sim, carrega pureza. E, mesmo com todas aquelas grandes cicatrizes, que lhe faz pensar, a dor intesa que ele sentiu, principalmente depois do ocorrido, com todos os comentários negativos, aquela pele avermelhada e seca, consigo ver a beleza única que Sal carrega.

Sal: O que? Eu sei... O meu rosto é feio. — Ele me diz, olhando cabisbaixo para o chão.

Ele leva a prótese ao seu rosto, mas rapidamente a tomo de sua mão e a jogo em cima do sofá.

Pego Fisher, que estava confuso com tudo aquilo, pela cintura, e o prendo contra a parede. Ele enlaça suas pernas em volta dos meus quadris, e tomo a iniciativa de um beijo. Um beijo desesperado, mas apaixonado.

Vou descendo meus lábios até o seu pescoço, dando beijinhos. Começo a fazer uma leves sucções. Ele gemia levemente, implorando por mais.

Depois de uns minutos de beijos e chupões, ele decide finalizar o ato com um selinho. Distancio minha cabeça um pouco e vejo que deixei grandes roxos em seu pescoço, o que me faz sorrir, libertando-o dos meus braços.

Sal: Larry... — Ele me olha, com tristeza em seu rosto. — Mesmo eu sendo horroroso, com essa cara fodida, Promete que você nunca vai me deixar? 

Larry: Sal, beleza é relativa, e para mim, você é uma das pessoas mais lindas que eu conheci na minha vida, você é a perfeição em forma de uma pessoa, em forma do meu namorado. — Digo, colocando levemente minhas mãos em seu rosto, e o mesmo apoia sua bochecha na palma de uma das minhas mãos. — Eu prometo, não há motivo para te deixar, você é a pessoa que me faz feliz.

Ele me abraça fortemente, e eu, o acolho em meus braços. Depois de alguns minutos abraçados ali, ele separa seu corpo do meu. Dou um beijo em sua testa, e ele coloca a prótese novamente.

Ele se senta no sofá e começa a ler um livro que estava jogado ali, e eu volto ao meu quarto, para terminar o esboço do meu quadro, e começar a pintar de verdade.

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Já iam dar exatamente 4:00 da tarde, quando ouço a porta de abrir. Sal ia sair? Alguém chegou?

Me levanto e vou em direção a porta do meu quarto, e coloco a cabeça para fora. Era Ashley, chorando. Novidade, não?

Me direcionou a sala, onde ela e Sal se encontravam.

Larry: O que foi agora, pirralha?

Ash: Larry, eu não sou uma criança. — Ela me encara séria. Penso rapidam que foi algo, muito, muito sério. Me sento ao seu lado, e apoio minha mão em suas costas.

Larry: O que houve? Tá tudo bem? ME FALA! — Eu disse, pensando que havia acontecido algo com a Sra. ou Sr. Campbell, ou Benjamin, irmão caçula de Ash.

Ash: Adrian me traiu, com a vaca da sua ex, Larry.

Larry: Rebecca?

Ash: Sim, com aquela piranha! Vadia! PUTA! — Ela disse com toda a raiva e tristeza que estava sentindo.

Sal: Quem é Rebecca?

Ash: É a ex-namorada do Larry. Foi a primeira namoradinha dele. — Ela ri, lembrando daqueles momentos que eu nunca gostaria de ter vivenciado.

Sal: Ah... — Mesmo com a prótese, imagino a reação de Sal.

Larry: Calma amor, essa daí já é um passado desgastante. Ela sempre faz filhadaputagem com os outros. Não liga não Ash, o Adrian não te merece. Ele é um galinha desde a escola.

Sal: O que essa "Rebecca" fez, para você estar falando com raiva?

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KKKKKKKK cenas para o próximo capítulo.

Me recomendem livros, pelo amor de Cristo.

Why me? [REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora