Chapter two.

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Sal's vision

A noite passada foi bem divertida. Acordo e vejo que Todd e Neil provavelmente subiram para os seus quartos, enquanto eu e Larry estávamos dormindo no mesmo sofá.

Eu sinto algo diferente por Larry ultimamente, algo estranho, eufórico. Algo que faz meu coração acelerar quado vejo ele. Por alguns minutos, eu encaro Larry, mas eu paro, não deveria olhar para Johnson com esses sentimentos, afinal, somos amigos.

Me levanto sorrateiramente para tomar um remédio de dor de cabeça, mais os meus remédios diários.

Então fui para o meu quarto pegar umas roupas, e depois disso, sigo ao banheiro.

Enquanto estou enchendo a banheira, coloco uma pequena quantidade de espuma, e começo a me despir.

Minha pele arrepia ao sentir a água fria, mas logo depois se acostuma. Eu passo o sabonete algumas vezes na mão, e logo em seguida, passo o meus palmos sobre meu rosto desfigurado.

Começo a pensar em mamãe... Como sinto sua falta... Tudo seria diferente se estivesse viva, ou melhor, se eu não tivesse "brincado" com aquele maldito cachorro.

Ouço a porta abrir e alguém adentrar o banheiro, fazendo uma pausa, e logo em seguida, falando contrangidamente.

Larry: SAAally Face... Cara... Meu Deus... — Ele diz abaixando o tom ao me perceber ali.

Jogo uma grande quantidade de água no meu rosto e logo em seguida sinto o mesmo um pouco quente.

Sal: Laaarry... Oi... Daqui a pouco eu vou sair do banheiro, já estou quase terminando. — Digo em um tom constrangido.

Larry: Cara... Fica tranquilo... Desculpa. — Ele fica me encarando por um momento, e pude ver em seu olhar, desejo? A bolha dele de distração é estourada e ele rapidamente sai do banheiro, enquanto eu me apresso no banho.

Ao finalizar, esvaziei a banheira, e me enxuguei. Peguei minha cueca que estava pendurada, e a vesti, e em seguida minha calça. Procuro nós ganchos o meu suéter preto, mas logo me toco de que havia esquecido em cima da minha cama.

Como precisava fazer outras higienes matinais, permaneço no banheiro.

Enquanto escovo meus dentes, sem querer, deixo meu olho de vidro cair. Me estico para pegar no chão, mas o meu braço acerta o copo de vidro que o mesmo estava, fazendo o copo de quebrar com a pressão da gravidade com o chão.

Me preocupo com o copo, e então, dou um passo em falso em cima do meu olho de vidro.

Sal: CARALHO! — Disse essa palavra proibida em bom som, com raiva carregada na voz. Posso ouvir passos atrás da porta do banheiro.

Larry: Cara, tá tudo bem aí? Quer ajuda? — Ele diz, preocupado.

Sal: Eu tô bem Larry. — Digo, um pouco estressado.

Larry: Mesmo? — Ele insiste.

Sal: EU TO BEM PORRA! — Digo mais irritado ainda. — DESCULPA! — Peço, arrependido, porque não queria ter sido grosso com ele.

Larry: Huh, okay?

Ouço seus passos afastando novamente. Enrolo minha toalha nos meus cabelos, limpo a merda que eu fiz, arrumo o banheiro, e pego as minhas coisas.

Ao sair do cômodo que estava antes, sigo ao meu quarto. Chegando lá, eu jogo minhas coisas em cima da minha cama e visto meu suéter.

Pego minha escova e começo a desembaraçar meus cabelos. Faço um coque, e logo depois vou para a cozinha.

Abro o armário, pegando uma caixa de cereais, a colocando no balcão, e abro a geladeira, e pego o leite para acompanhar, logo pegando a tigela e a colher em cima da pia.

Enquanto estou comendo cereais, vejo Larry sair do banheiro apenas de cueca, com seus cabelos molhados, e uma toalha em seus ombros. Meu Deus. Minhas bochechas queimam. Aquela euforia dentro de mim, volta.

Encaro o rosto de Larry, logo descendo para o seu tronco. PARA SAL FISHER, ISSO É FEIO.

Larry: Sal, fico feliz em não sentir vergonha do seu rosto perto de mim! Aliás, nunca te vi corado. — Ele interrompe meus pensamentos, dando um sorriso de canto, e sinto minhas bochechas quentes de novo... Espera. EU ESQUECI MINHA PRÓTESE! Por isso que eu estou comendo tranquilamente.

Sal: Ah cara... Eu não sinto vergonha do meu rosto quando estou perto de você... Na verdade, eu queria poder te dizer tudo o que eu sin... MAS EU REALMENTE ESQUECI DA MINHA PRÓTESE! — Porra, essas palavras escaparam da minha boca, até eu perceber o que eu estava prestes a dizer. Sim, eu ia dizer a ele que queria falar todos esses sentimentos estranhos misturados em um, que só consigo quando sentir quando ele está perto, ou quando penso nele.

Saio de lá correndo e volto ao meu quarto. Me deparo com o meu espelho, e vejo que além da máscara, havia esquecido do meu olho de vidro. Que belo dia, hein Fisher.

Vou até o cômodo do meu quarto, e pego um olho com a íris azul, igual do meu outro olho verdadeiro, e enfio na minha órbita. A testo, e está funcionando perfeitamente.

Coloco minha prótese rapidamente e retorno a cozinha, lá estava Larry, com uma bermuda, e uma camiseta do Sanity's Fall.

Ele estava lavando um prato, até que me viu e deixou cair o detergente. Como ele não tinha visto, e estava vindo em minha direção, o maior caiu. Obviamente, na hora em que presenciei a cena, eu comecei a gargalhar.

Sal: Meu Deus...HAHAHAHA... Ai ai... — Minha risada alta vai enfraquecendo cada vez mais, por conta da dor que já sentia de tanto rir.

Então, me dirijo ao Larry, que estava quase levantando, e sem ver, piso na área com detergente, e caio em cima dele, e como eu não tinha apertado minha prótese muito bem, ela voou, então minha cabeça cai diretamente com a dele, e nossos lábios são selados pela gravidade.

Fico sem reação. Não desencosto meus lábios, mas também, não beijo os lábios de Larry. Sobre aquela euforia que falei mais cedo? Estava explodindo no meu peito.

Sinto a respiração de Larry acelerar, ele estava me beijando? Isso durou de uns 20 a 25 segundos. Eu cesso aquilo, me retirando de cima do corpo de Larry, e o ajudando-o a levantar.

Nunca beijei na minha vida, isso é beijar? Também, quem gostaria de beijar eu, com esse rosto todo fodido?

Sal: Cara... Desculpa... F-foi um acidente... — Digo bem envergonhado pelo o que acabara de acontecer.

Larry, pronunciou algumas palavras, de tom pacífico, com um sorriso tímido.

Larry: Cara, tudo bem. Meio que eu já quis... fazer... isso... — Ele murmura as últimas palavras. Mas eu consigo ouvir perfeitamente. Minha pele facial já é um pouco avermelhada, mas imagino que estou parecendo um tomate.

Sal: Desculpa cara... — Bem no fundo, eu queria que isso acontecesse novamente, eu quer sentir os lábios de Larry outra vez, era como se fosse uma necessidade.

Larry: Tudo bem! — Ele sorri para mim, limpando o detergente do chão.

Eu pego minha prótese e me tranco no quarto, jogando a máscara em cima da cômoda, e me jogando em cima da cama, afundando meu rosto no travesseiro. Eu não consigo tirar aquele momento da minha cabeça.

Será que isso aconteceria novamente? Será que ele estava me correspondendo? O que eu exatamente sinto por Larry? Com todas essas perguntas, eu acabo adormecendo.

Why me? [REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora