Chapter twenty eight.

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Sal's vision

Sinto algo se mexendo em meu braço direito, então abro meus olhos, e vejo uma enfermeira que não conheço trocando o soro. Ela me olha com um pouco de nojo, checa os meus batimentos, os preenchendo na caderneta. Se eu não estivesse com tanta preguiça, colocaria a proteste. Já estou acostumado com esses olhares sobre mim, então nem ligo muito. Ela sai, e eu coço a minha região ocular com as costas das mãos.

Olho ao meu redor, e vejo que Ashley não estava lá mais como ontem, Neil e Todd estavam em um dos sofás, dormindo juntinhos com um edredom o hospital disponibiza para cada quarto, e Larry estava dormindo na poltrona, com a cabeça jogada para trás.

Olho para a cômoda, e vejo um copinho de plástico, com o meu olho de vidro dentro, então o pego, e coloco molhado mesmo. Depois disso, pego o meu celular na mesma cômoda, e fico mexendo no aparelho para combater o tédio.

Entro nas conversas de Larry, e vejo o que Rebecca havia escrito. Respiro fundo, tentando esquecer isso, e apago a conversa de Larry. Resolvo deixar meu celular com mais segurança, colocando uma senha.

Vejo que havia várias mensagens de conversas sem abrir, uma delas é a do meu pai, e resolvo o responder, já que havia várias ligações perdidas. Imagino que ele esteja preocupado, por ter sumido de repente.

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Mensagens

Henry  📞 📸 📎

[...]

Sal, meu filho.

Está tudo bem?

Por que não me atende?

Filho.

Sal Fisher, por favor, me atende.

Quando ver essa mensagem, por favor, me responda, ou retorne a ligação, estou preocupado.

Oi pai, estou bem. E com o senhor, está tudo bem?

Sal, eu soube que você está no hospital, estou indo aí agora.

Quem que te falou isso?

Sua amiga, de olhos verdes, e cabelo curto, veio aqui me avisar. Eu esqueci o nome dela.

Enfim, estou indo aí com Lisa. Você está precisando de alguma coisa?

Ashley, o nome dela. Não
[Visualizado]

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Ashley, eu vou te matar. Não queria que meu pai soubesse. Toda vez que ele sabe que eu vou para o hospital, ou quando eu me machuco, ele fica mandando mensagem, ou me ligando, ou até mesmo vai em casa, levar remédio, ficar me observando atento. Meu pai se preocupa muito fácil comigo. Mas se parar para pensar, eu me preocupo mais com ele. Ele ainda está gripado, e seria bom ele ficar em casa, repousando. Hoje está ventando muito, o que me preocupa mais ainda.

Na época morávamos em New Jersey, eu tinha em torno dos meu 6, 7 anos. Foi após a aquele maldito homem com cara de cachorro, que matou minha mãe, e fodeu com o meu rosto. Desde a morte da minha mãe, ele começou a trabalhar mais, e a cuidar um pouco mais de mim.

Muitas vezes ele chegava em casa bêbado e chapado, o que me assustava. Eu me trancava no meu quarto, e como não podia fazer nada, chorava. Muitas vezes ele tentou partir, desistir de mim. Tudo isso durou até uns anos, até que ele decidiu se mudar para Nockfell. Eu estava com 15 nessa época. Antes de vir para Nockfell, ele me deu o Gizmo como presente. Digamos, que essa mudança fez bem para meu pai, ele parou de beber, e começou a dedicar seu tempo a mim, e ao trabalho, e eu, comecei a cuidar mais dele. Sinto falta de quando era apenas eu, minha mãe, e meu pai, em nossa casa em New Jersey.

Why me? [REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora