A chegada a capital

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Entrei naquele ônibus com o coração cheio de incertezas e com medo do que iria encontrar na cidade grande, mas com essa plena necessidade em  saber o porque daquele homem não ter querido.
Não faço a menor ideia de como ele é  e a maneira como vai me receber ,mas sei que agora não posso mais mudar de ideia, preciso seguir a diante em busca dessas respostas, só assim vou poder continuar seguindo em frente. Pensei vendo o ônibus fazer sua primeira parada tinha dormido no início da viagem, ainda faltavam dois dias para segurar em São Paulo e a ansiedade estava me dominando .
Só agora me dei conta de que essa é a cidade dele ,daquele homem ,Yan porque estou pensando nele, agora é óbvio que não vou encontra-lo lá ,a minha madrasta Flora me disse que essa cidade é muito grande e pediu para eu tomar cuidado.
Então não existe a menor possibilidade desse reencontro com ele. Pensei pegando uma água na loja da parada que ficava na rodovia e acabei voltando para ônibus e me sentando na poltrona . 

Assim que o ônibus seguiu viagem me vi me lembrando dele dos momentos em que passamos juntos do primeiro beijo que trocamos no meio da lama , o que será que ele tem feito .Era o que eu me perguntava fechando os meus olhos e torcendo para essa viagem acabar logo. 


Heitor desembarcava no aeroporto de Fortaleza  logo pegou um carro que o estava esperando para leva-lo até a cidade mais próxima da tal Vila de pescadores ,estava tenso ansioso querendo chegar logo e conhecer a filha que lhe foi roubada.
Ele sabia que até agora tinha perdido de acompanhar a vida dela ,não a viu crescer e nem sabia como ela era.
Pensava vendo o carro seguindo por uma estrada a beira mar.
— Pronto senhor Heitor já estamos na Vila , o senhor disse que esse endereço que procura fica 30 minutosda Praia dos pescadores ,então é só seguirmos em frente. O motorista falou. 


Flora estranho o carro parando em frente da casa dele e saiu para ver quem era dizendo.
— Pois não?

— Eu vim procurar pela minha filha, sou o pai biológico da Rafaella ,o detetive me disse que ela mora neste endereço com o pai de criação. Ele falou vendo o homem sair de dentro da casa e dizer furioso.
— Vá  embora doutor ,não é bem vindo aqui.
— Eu preciso falar com a minha filha. Ele falou tenso.
— Vá  embora ,nunca quis saber da criança ,quem a criou fui eu ,portanto ela é muito mais minha filha do que sua agora volta para sua vida..
— Senhor precisa entender o meu lado, não sabia da existência da menina, fui vítima de uma armação da minha  família  que fizeram de tudo para me separar de Érica, por favor me fala onde posso  encontra-la. Ele pedia tenso.
_____Não  sei da Érica desde que sua família a ameaçou de morte, ela fugiu e deixou a menina comigo para protege-la, tinha medo de ser perseguida por gente sua e que pudessem fazer mal a criança. Ele falou.
______Acredite em mim eu nunca soube de nada, se tivesse sabido antes teria procurado a minha filha a muito tempo ,quero cuidar dela lhe dar uma vida melhor ,recompensa-la por tudo que a minha família  causou,  só  quero o bem da minha filha, eu posso ve-la agora? Ele perguntou olhando-os.
______A Rafaella não está aqui doutor. Falou Flora.
_____Minha filha foi para a capital atrás do senhor ,quer saber porque nunca a quis. Ele falou.
_____Porque eu se quer sabia de sua existência. Heitor falou tenso.
_____Mas agora que sabe trate de fazer com que Rafaella seja feliz ou acabo com você. O homem falou furioso.
____De agora em diante eu é que vou cuidar dela ,afinal sou seu pai. Ele falou decidindo ir embora, sabendo que havia acontecido um desencontro entre eles.
E se preocupou com uma menina ingênua interiorana  sozinha em uma metrópole como era São Paulo, precisava voltar para lá imediatamente. Pensou entrando no carro e voltando para o aeroporto.
Ficou irado ao saber que os pousos e decolagens estavam suspensos devido ao mal tempo ,então não tinha como viajar neste mesmo dia, esperava poder embarcar na manhã seguinte  e dar um jeito de encontrar a filha  falar com ela contar seu lado da história explicar tudo que aconteceu .

Dois dias  depois.
Eu descia do ônibus na rodoviária em são Paulo  me sentindo perdida ,mas por sorte encontrei uma moça bondosa que me falou qual ônibus deveria tomar para ir ao tal endereço que ficava distante ,em uma área nobre da cidade ,quando sai na rua pude ver o tamanho daquilo tudo, era gente que não acabava mais ,um barulho de carros, ônibus e caminhões era um vai e vem de pedreates que lotavam as calçadas ,os arranha  céus  era enormes e altos estava surpresa com essa selva de pedra, pensei pegando outro ônibus para ir ao tal Morumbi.
Quando cheguei a tal rua, olhei o número e era exatamente aquele, fui caminhando até o portão ,mas o homem que ficava no portão me disse.
— O que a moça quer aqui ? 
— Quero falar com ele.
— Ele quem moça, duvido que conheça alguém dessa família, o homem falou todo cheio de preconceito olhando para a moça pobre e negra .
______Droga não está acreditando em mim, o que pensa que eu sou .Falei revoltada com a atitude daquele homem .

Yan estava saindo com seu carro pelos portões da mansão quando a vi parada falando com os seguranças ,como  poderia esquecer seu cabelo curtinho, o rosto que era uma mistura de candura e ingenuidade era ela ,mas o que essa garota esta fazendo  aqui .Era aquilo que ele perguntava parando o carro e ouvindo ela falar .

— Droga ,eu preciso falar com ele,  sera que não consegue entender .Falava nervosa .

Yan desceu do carro e se aproximou dizendo .

— Você aqui?

Naquele instante eu senti como se o tempo tivesse parado e fiquei quase que hipnotizada olhando para ele ,sem conseguir dizer nada ,não estou acreditando que ele esta diante de mim ................................

Queridos leitores capítulo novo saindo espero que gostem comentem e deixem votos beijosssssss


A MarisqueiraOnde histórias criam vida. Descubra agora