Sentimientos.

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"O que quer dizer com isso?" – Perguntei e olhei para Travis – "O que ele quer dizer com isso?"

"Oh, querida, ele não sabe." – Joe disse e fez um gesto com a mão e dois homens andaram para Travis – "Talvez seja melhor ele ir embora também."

"Oh, não. Estou bem assim." – Travis disse e sorriu.

"Corajoso, você." – Joe disse e riu. Os dois homens voltaram para os seus lugares – "Mas nem sempre é bom abdicar da vida por quem se ama."

Travis sorriu mas desviou o olhar.

"Podia ter sido bem menos óbvio." – Disse Joe.

"Mudaria alguma coisa?" – Perguntou Travis.

"É. Tem razão." – Joe disse e andou para mim – "Então, Malu. Vai me ajudar?"

"Eu nem sei do que se trata." – Eu disse.

"Não se preocupe. Não é nada ilegal. Ah, e pode esquecer o que eu quis saber antes. Agora é irrelevante." – Joe disse – "Só preciso que consiga uns dados para mim."

"Que tipo de dados?" – Perguntei.

"Coordenadas." – Joe disse e andou para o carro de onde saiu – "Dou a você cinco dias para decidir."

"E o que eu ganho com isso? Afinal, acabou de tentar me matar."

"Oh, não. Porquê haveria de tentar matar a única chave do meu tesouro?"

Todos entraram em seus carros e foram embora. Travis e eu subimos de novo na mota e ele conduziu em silêncio até chegarmos a uma casa no lado suburbano de Guadalajara. Quando entramos, Travis trancou as portas e abriu e fechou o celular de novo depois ligou a TV e me entregou o comando.

"O seu celular?" – Perguntou.

"Ficou em casa."

"Talvez tenha que entrar para o Programa de Protecção de Testemunhas, não sei. Melhor se preparar..."

"Tra-"

"Seu quarto é lá em cima e tem um banheiro com toalhas e roupas, se quiser tomar banho. Há pessoas lá fora, por isso, não se preocupe."

"Eu-"

"Se precisar de mim, estarei lá em cima." – Começou a andar para as escadas.

"Travis." – Parou e virou para mim.

"Sim, Malu?"

"Porquê está agindo assim?"

Ele suspirou e sorriu.

"Apesar de Bartoli ser um mafioso, ele tem razão."

"Sobre?"

"Sobre abdicar da vida por quem se ama."

Me mantive calada.

"Boa noite, Malu."

Ele subiu e eu me sentei no sofá.

Durante a noite, eu não consegui dormir. Fiquei andando de um lado para o outro até que cedi e fui para a cama, onde fiquei olhando para o tecto até amanhecer. Quando vi que já era dia, desci para comer qualquer coisa e o encontrei sentado à frente de uma janela enquanto bebia café.

"São 5 horas, Malu. O que faz acordada?"

"Não consegui dormir." – Não respondeu – "Tenho que me desculpar a você..."

"Porquê?"

"Por ter sido injusta com você." – Andei até ele e sentei ao seu lado – "Eu fui injusta e egoísta e não liguei para os seus sentimentos..."

GONZAGA (Não editado)Onde histórias criam vida. Descubra agora