O Templo da Morte.

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Na manhã seguinte, a sensação do calor me acorda.

Sinto o suor escorrer por minhas costas onde minha pele toca o corpo de Esteban, sinto o peso quente de seus braços, e meu nariz arde pelo Sol em meu rosto...

O Sol em meu rosto!

- Esteban, acorde!

Eu me levanto, eufórica como uma criança em véspera de Natal. Esteban abre as pálpebras, lentamente, como alguém que não quisesse acordar, esfregando os olhos.

- Isso é... Sol?

Esteban se levanta, parecendo tão feliz quanto eu. Ele se adianta até a saída da caverna e fecha os olhos, com uma expressão de prazer estampada em seu rosto.

Sob a luz do dia, ele percebe, quase ao mesmo tempo que eu, que estamos muito pouco vestidos.

Um pouco constrangido, vejo Esteban colocar rapidamente uma bermuda, sentando-se em uma pedra, enquanto descasca uma manga.

Sua reação me pega de surpresa. Fico imaginando se ele está pensando que eu acordaria arrependida pela noite de ontem...

Ou se ele acordou arrependido...

Eu me sento ao seu lado, enquanto ele me passa um pedaço de fruta e vejo que ele não recua. Esteban não tira os olhos de mim, apesar de não me encarar diretamente.

Estico as pernas, vestida apenas com minhas roupas de baixo e a camiseta dele que acabei alcançando ontem à noite. Vejo Esteban perder seu olhar em um filete que escorreu por meu queixo, que limpo com a ponta de meu polegar.Por um momento, penso que ele parou até de respirar...

- Você está surpreendentemente quieto esta manhã, Esteban...

Minhas palavras o deixam desconcertado.

- Não é isso... É que... eu queria...eu preciso saber..

Esteban se ajoelha à minha frente, apoiando suas mãos em minha cintura.

Uma expressão de timidez atravessa seu rosto. Seu desconforto é adorável.

- Você ainda é completamente minha por hoje também?

Jogo os braços sobre seus ombros, beijando sua testa.

- Cento e dez porcento!

Esteban sorri, parecendo aliviado.

Ele me beija com delicadeza. Suas mãos ágeis sobem por minhas costas, por baixo da camiseta.

Nos deixamos ficar por alguns momentos imersos neste beijo, sem nos aprofundar.

Ambos sabemos que temos uma missão a cumprir e temos que aproveitar o tempo a nosso favor...

Nos separamos, concentrados em revisar o itinerário do dia.

- A maior parte do caminho hoje está na subida. Sinceramente, não sei como faríamos com a chuva...

- Parece que nossa sorte está começando a mudar, Esteban!

Começamos a desmontar nosso acampamento. Sinto um tapa de leve em meu quadril enquanto me abaixo para pegar minha bota.

- Hei!

Ele me abraça por trás, depositando um beijo em meu ombro.

- Por mais que eu goste de ver você assim, prefiro que esteja mais vestida para floresta...

Esteban se afasta, com um sorriso provocativo, terminando de vestir sua roupa de caminhada.

Terminamos de juntar nossos equipamentos, e prosseguimos nossa viagem.

O imortal - Is it Love?Onde histórias criam vida. Descubra agora