O imortal - Is it Love?

Jogos que jogamos

O museu de Mystery Spell apresenta uma faixa chamativa de sobre a nova exposição, com os artefatos da expedição de Sebastian Jones. Aproveito uma brecha entre as aulas para visitá-la, longe da movimentação do final de semana. 

A presença do trabalho do professor Jones é marcante, seja na exposição atual, seja na coleção permanente. É de se admirar a quantidade de artefatos que ele trouxe para esta pequena cidade. 

Centenas de lendas da América do Norte e do Sul, da África e do oriente se descortinam, nas memórias materiais de seus remanescentes. 

Não me surpreende que Sebastian seja tão bom no que faz. O mundo que ele recria através de suas descobertas é simplesmente apaixonante.

Eu me deixo levar pelas histórias que estes objetos me contam até finalmente chegar a exposição atual, encontrando algumas peças familiares.

Percebo que não estou sozinha quando ouço o som de passos se aproximando. A voz familiar de Sebastian Jones ecoa pelo salão.

- Parece que Nicolae Bartholy se saiu bem em Nápoles com a espada Tenebris. Ele é um bom investigador e um excelente linguista. Poderíamos pedir sua ajuda quanto a este dilema... 

A companheira de Sebastian soa como uma mulher mais velha, mas não reconheço sua voz.

- Eliza deve estar se revirando em seu túmulo. Pedir ajuda à um Bartholy? Você sabe o que eles são! Você perdeu o juízo?

Rapidamente, percebo que esta é uma conversa que eu não deveria estar ouvindo, mas o nome Bartholy desperta minha curiosidade. Apesar das minhas reprimendas mentais, eu me escondo atrás de uma peça, onde não possa ser vista. 

O que você está fazendo, Victória?

 Eles continuam a conversar, ignorantes de minha presença. 

- Úrsula Osborne, você é definitivamente a pessoa mais teimosa que eu conheço. Eu confio nele desde... você sabe! Os tempos mudaram, Úrsula. E ele não é o pai! 

- Ele ainda cumpre ordens do pai. Não sei até que ponto ele e os irmãos são obrigados, por essas relações de sangue, a fazer sua vontade, mesmo contra o próprio julgamento!

A fala da mulher chamada Úrsula me incomoda. De qual crime poderia ser culpado o pai Bartholy para ser tão temido? 

Eles param em frente à pintura que já conheço e percebo que eles se demoram à observá-la. 

O Inonimatus. 

- Olhe as inscrições ao redor, Úrsula. Isso definitivamente não é etrusco... 

- Não, você está certo...

- Esses inscritos parecem alguma língua familiar para você?

Úrsula demora alguns momentos para começar a responder.

- Algumas palavras lembram Zingari antigo, mas não consigo traduzir... 

Sebastian parece surpreso.

- Zingari?

- Sim. Não concorda?

Sebastian parece pensativo. Os passos começam a se afastar.

- Não é isso. É apenas uma grande coincidência. Há anos não ouvia falar em Zingari... E apenas nesta semana... Você chegou a conhecer a nova professora de Física, amiga de Sara? 

A senhora suspira profundamente.

- Não, você sabe como Sara é esquiva no que diz respeito a falar sobre a própria vida! O que há de errado com a garota?