Livro 13
Laís é uma jovem cristã, Alegre e cheia de vida, que faz um voto de ser obediente a Deus em todos os momentos. É surpreendida por seu pai ao dizer que em pleno século XXI ele a prometeu em casamento. Então começa um enredo de luta espiritua...
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Como dormimos já era de manhã, acordamos um tanto tarde e saí correndo ir arrumar minha mala, teria que ver o que levar e também deixar meu quarto arrumado. Sei que será só um final de semana, mas como toda boa mulher sempre acaba levando mais coisas do que posso usar. Revirando o guarda-roupa achei a minha caixa rosa que guardo as coisas relacionadas à Wendel.
- Nossa eu havia esquecido essa caixa. - digo abrindo e olhando para as coisas que eu fui juntando no evento que houve na igreja dele para depois me lembrar do mesmo.
Fico na dúvida de jogar ou não e acabo colocando na caixa de pendências. Onde estou colocando tudo que não sei o que fazer no momento.
- Oi, quer ajuda?
- Não mãe, com essa eu termino. - digo lacrando a caixa para ela não ver a outra caixa dentro e não ter que me explicar.
- Te acho tão madura filha para tão pouca idade. - ela diz me puxando para um abraço de urso como ela diz.
- Sou não mãe. Mas uma vez eu prometi a Deus ser obediente em tudo a Ele e a vocês e pretendo cumprir.
- Quando chegar lá veja se realmente quer isso, talvez não seja como imaginamos, lembre que pode desistir.
- Eu não vou voltar mãe. - digo a ela já querendo voltar. - Eu sinto isso, o sonho está cada vez mais vivo em minha mente.
- Eu realmente acredito que Deus ouviu a oração do seu pai e está providenciando um bom futuro para vocês. - ela diz. – Mas não quero a ver triste.
- Mãe, porque acha que Deus não esperou eu me formar?
- Talvez para você não se desviar, ou não se apaixonar pela pessoa errada. Não sei filha. - fico pensando no "se apaixonar" pela pessoa errada e penso se não já aconteceu.
- É mãe, talvez Ele tenha pressa.
- O tempo Dele não é nosso tempo filha. - ela beija minha testa e sai.
Vou tomar um banho e conferir a mala que vou levar hoje, Lizandra foi com Azafe e papai em Luxor conversar com os pais dela a possibilidade ir comigo, acharam por bem fazer pessoalmente e eu achei bom, assim minha amiga levou os porta retratos dela para a mãe de presente como queria. Deito na minha cama imaginando como será lá e não deixo de pensar como estaria agindo se o meu esposo fosse aquele rapaz bonito que mexeu tanto com meus pensamentos.
- Lais acorda. - Laura me chama e vejo que adormeci de verdade.
- Nossa eu dormi que nem senti. - digo olhando o relógio.
- Já estão todos te esperando. - ela diz saindo do quarto.
Dou mais uma olhada para meu quarto simples mais confortável e vejo que está tudo em ordem então desço e sigo para a sala onde todos conversam animados. Quando me veem chegar me olham como se estivessem me analisando e esses olhares estão me incomodando muito, mas tenho que ter paciência pois para onde vou acredito que vai piorar um pouco.
- Pronta? - Azafe diz pegando a capa e as chaves.
- Pronta. - digo virando para minha mãe que já chora.
- Vamos orar e então vocês seguem viagem, é perto mais é bom ir cedo por causa da noite nas estradas. - meu pai diz.
Ele levanta sua voz em oração e sinto que ele está emocionado. Sinto que segura o choro, pois faz pausas entre uma palavra e outra. Depois da oração minha mãe me abraça desmanchada em lágrimas e me desmanchando também. Então seguimos para o carro que me levará a mais nova realidade que viverei. Deixar minha casa e meus pais, é deixar também Wendel escondido naquela caixa, olho para a escada como se estivesse me despedindo da caixa e saio então me juntando com os demais.
