Proibido

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Prefere um romance escondido, sai na madrugada pra da lancinho comigo 🎶 -Turma do pagode.

Três anos atrás...

-Zara...

-Onde está Clara? Cadê ela? -pergunto desesperada, tentando ver se a acho no corredor ao lado dele.

-Só tem eu aqui. - ele diz, num sussurro e me olha diferente. Meu Deus, isso não pode está acontecendo. Já disse para não chamar por Deus nessas horas, Zara...

-Por que? Nós não temos o que falar e você já viu a hora? Acho melhor você ir para casa...- Falo tudo muito rápido e começo a fechar a porta, mas é claro que ele me impede.

-Aceite conversar comigo por alguns minutos, por favor!

-Não, não vê que não temos o que conversar? Clara não vai gostar de saber que você estar aqui uma hora dessas e...- ele me para, colocando levemente seus dedos na minha boca.

-Por favor, só quero conversar, Zara. - ele pede novamente, dessa vez mais suplicante.

Decido deixá-lo entrar. É bom que já coloco em pratos limpos o que venho pensando. Direi que ele pare com essas coisas estranhas que vêm fazendo.

-Ok, você pode entrar, mas apenas alguns minutos. - abro espaço para que ele entre e depois fecho a porta, e ele já se encontra parado no meio da sala. Desvio o olhar dele e sigo até a cozinha, para guardar a frigideira. Eu só devo ser louca mesmo de deixar esse homem entrar na minha casa uma hora dessas, parecendo desesperado para falar comigo. Quão errado isso é? Deve ser muito. Respiro fundo e volto para a sala.

-Então, o que quer falar comigo? -Me sinto mais ansiosa que o normal. Ele me causa sensações tão estranhas. Coisas que eu não deveria sentir. Não com ele.

-Você fica bonita com essa blusa capaz de vestir duas de você! -ele me lança um sorriso e só então percebo que na curiosidade de saber quem estava tocando a campainha, não coloquei um shorts. Argh! Burra, mil vezes burra!

-É..eu..eu volto já! - corro para meu quarto e visto um shorts rapidamente. Sinto meu corpo inteiro quente, consumido pela vergonha. Quando volto para a sala ele está no mesmo lugar de antes.

-Pronto. Pode falar agora? - tento parecer firme, mas pelo jeito que minha voz saiu fraca, não deve ter surtido efeito nenhum.

-Por que foi embora tão cedo do restaurante? - ele pergunta, parece ansioso também.

-Apenas não estava me sentido bem. Mas isso não é motivo para você vir até aqui de madrugada. O que quer, Alexandre? - Meu corpo todo treme. Sua presença é forte demais para mim. Sou uma tola fraca.

-Eu vim porque..porque eu não consegui para de pensar um minuto sequer em você, Zara! - o olho chocada. Isso definitivamente não pode estar acontecendo. Como ele fala assim, como se fosse algo normal, não parar de pensar na melhor amiga da sua mulher?

-O que? Você só pode ser louco, Alexandre. Eu quero que pare com esses comportamentos estranhos relacionados à mim. Você é casado, beira ao absurdo o que você acabou de me dizer. - A essa altura, estou gritando, indignada. Ele se aproxima mais de mim, acariciando meu rosto. Eu tiro suas mãos de perto e ele avança de novo, agora enterrando sua cabeça no meu pescoço, enquanto segura minha cintura. Eu não posso com isso!

-Eu sei que é errado. Só Deus sabe o quanto eu já pensei e penso, que tudo isso é errado. Mas eu não consigo parar, é tão mais forte que eu...- ele agora roça seu nariz no meu pescoço e acaricia meus cabelos. - E você é tão cheirosa...seus cabelos tão macios, eu quis fazer isso por tantos dias...

Tantos dias? Eu sinto como se fosse desmoronar no chão a qualquer momento. Ele não pode continuar me dizendo coisas assim, não quando eu me sinto tão sensível perto dele. Seja forte, Zara!

-Você precisa parar com isso, Alexandre. Isso não é certo, eu..eu..não quero isso! - o empurro para longe de mim, indo para perto do sofá.

-Não minta para mim, nem para você, Zara. É nítido a forma que seu corpo reage só com a minha aproximação. - Ele fala de uma forma determinada e ao mesmo tempo convencido. Eu sinto mais raiva dele, porque está certo!

-Eu não sinto absolutamente nada. -minto, tentando parecer fria. Preciso que ele acredite em mim e pare com tudo isso.

-Eu não acredito em você. - Diz, se aproximando de mim de novo. Tento me afastar, mas ele é rápido e logo me puxa de encontro ao seu corpo. E lá está ele de novo, cheirando meu pescoço. Eu me arrepio inteira.

-Não vê? Seu corpo todo se arrepiou, e estou apenas cheirando você! - ele começa a beijar meu pescoço levemente, apenas um roçar dos seus lábios na minha pele.

-Isso não significa nada. Por favor, pare. Você não se sente mal pela sua mulher? Ela confia em você, em mim também! -Falo exasperada, tentando fazer com que ele me solte. Mas ele parece determinado a não fazer isso. Droga!

-Sinto. Mas o que estou sentindo agora por você parece ultrapassar toda a culpa que eu devo ter. Simplesmente parece ser inevitável não me sentir atraído. E sei que você sente o mesmo. - sua voz é quase um susurro e suas mãos querendo explorar meu corpo de uma forma faminta. O empurro novamente, mais ofegante do que nunca.

-Quantas vezes terei que repetir? Você não terá nada de mim, coloque isso na sua maldita cabeça de italiano louco! - falo alto, gesticulando com as mãos. Ele tem que entender! Mesmo que eu sinta essa atração proibida também, nós nunca poderemos fazer nada.

-Minta o quanto quiser. E eu posso estar louco mesmo e a culpa é toda sua! - aponta para mim, parecendo começar a se irritar. E eu rio, incrédula com sua constatação.

-Eu sou a culpada agora? Você que vem agindo e fazendo coisas sem sentido desde do dia que nos conhecemos! - Grito com ele. Não ligo mais se pareço uma histérica, foi ele que procurou.

-Sim, culpa sua, que me faz sentir um desejo desenfreado e proibido por você! - ele fala alto também.

-Só pode ser brincadeira. Saia da minha casa agora, Alexandre Bonard dos infernos! Se você não parar com isso, irei contar para sua mulher! - sentencio, raivosa como nunca estive.
Ele me olha, suspirando fundo e vejo que tenta conter uma explosão da sua parte.

-Eu vou. Mas saiba que não porque acaba de me ameaçar. Irei porque te darei um tempo para pensar melhor. Lembre-se do que eu falei, é inevitável. Você será minha! - fala por fim, se dirigindo a porta, Confiante demais. Babaca!

-Nunca, está me ouvido? Nunca! - grito raivosa e ele apenas me olha mais uma vez, sorrindo como se soubesse de todo nosso futuro e se vai.

Qualquer erro, ajeito logo mais!

30 minutosOnde histórias criam vida. Descubra agora