Ah não!

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Gente, 3k de visualizações!!!!! Muito obrigada a quem vem aqui, curte a história e permite que ela cresça aqui na plataforma. Muito obrigada mesmo. Vamos avante!♥️♥️♥️

Três anos atrás...

Entro no meu apartamento muito nervosa. Isso tem virado rotina. Talvez eu precise começar a tomar calmantes!

Tranco a porta e jogo minha bolsa no sofá, seguindo para o meu quarto. Preciso de um banho.

Tiro toda minha roupa e sigo para o banheiro. Me olho no espelho e vejo o reflexo de uma mulher cansada, culpada, e talvez apaixonada...

Que raiva! Como eu me permiti sentir esses sentimentos tão rapidamente? E de uma forma tão louca?

Parece que ele está impregnado em mim, como uma maldita bactéria. Ele é um maldito! Lindo, gostoso e marido da minha melhor amiga.

Solto um suspiro cansado pela milésima vez no dia e vou até o chuveiro, começando a regular água quente. Preciso relaxar.

Entro embaixo do chuveiro e a água morna me inunda.

Será que eu sou a única pessoa da face da terra que já foi tão imoral assim com a amiga? Não é possível...

E aquela proposta? Seria cabível eu aceitar, com a esperança que ele resolva tudo e fique comigo depois? Mas a clara ficaria destruída, uma pessoa inocente nisso tudo...

Eu sempre pensei tanto nos outros e a primeira vez que senti algo diferente em relação a um cara, foi nessas circunstâncias. É horrível, mas é o que sinto. Me sinto bem com ele, por pior que seja todo o contexto que nos envolve.

E se eu pensasse mais em mim agora? Talvez a clara pudesse entender com o passar do tempo e tudo ficaria bem...

Quanta ingenuidade, Zara!

Mas e se realmente fosse assim, ficando tudo bem depois? E se...e se... São tantos questionamentos!

Passo mais alguns minutos pensando e terminando meu banho, quando decido que já deu.

Me enxugo e me enrolo na toalha, seguindo para meu closet. Ponho uma calcinha qualquer e um pijama preto meio curtinho.

Me lembro que preciso comer algo e vou atrás do meu celular, para ligar para algum restaurante.

Quando chego perto da minha bolsa, no sofá, escuto o celular tocar dentro da mesma. O tiro de dentro e vejo que é uma chamada da minha mãe.

-Alô?

-Oi, filha. Estou com saudades, tem um tempinho para almoçar comigo? Tenho pacientes só no final da tarde. - a voz calorosa e amorosa da minha mãe, me traz a paz que eu estava procurando.

-Oi, mãe. Sinto sua falta também e claro que tenho um tempo para almoçar com a senhora. Na verdade, estava indo ligar agora para algum restaurante, não vou mais trabalhar hoje.

-Ai, que maravilha. Você deveria tirar umas férias, está precisando. Mas enfim, ligue para aquele italiano que eu adoro, que em alguns minutinhos chego aí.- fala rapidamente e só dá tempo de eu concordar. Sempre tão apressada..

Ligo para o restaurante e peço uma massa leve para nós duas e a aguardo.

Passo algum tempo vendo e-mails do trabalho e quando menos espero, a campainha toca. Quando abro, dona Sara já está segurando a encomenda do restaurante.

-Oi, filha. Viu só como sou eficiente? Mamãe já veio junto com a comida. Olha que combo mara?- rio e a abraço.

-Como foi a sua semana, meu combo maravilhoso?- pergunta e ela sorri. Um sorriso lindo e cheio de luz. Se ela soubesse a filha que tem...

-Ah, foi ótima, querida. Cheia de trabalho depois das minhas férias, mas você sabe como gosto do que eu faço. -ela responde e vai se encaminhando até a cozinha, para pegar os pratos e talheres.

-Que bom, mãe.

Me sento em um dos banquinhos em frente ao balcão da cozinha e a observo colocar a comida nos pratos. Ele veste uma calça jeans despojada, uma blusinha de alcinha azul claro de cetim e tênis branco. Tão jovial.

-Você me parece um pouco abatida, minha Zaza. O que houve? - se senta ao meu lado e me entrega meu prato. Tento disfarçar e começo a comer.

-Nada, mãe. Você sabe, tra..

Me interrompe.

-Trabalho e mais trabalho... Não caio mais nessa minha filha. Que tanta lingerie são essas que você anda inventando? Sua tia já me informou que já está tudo certo com a nova coleção, então pode ir falando.

Desvio o olhar e me sinto em apuros. Sabia que uma hora ou outra ela iria me colocar contra a parede. Já estava demorando demais, até.

-É complicado, dona Sara. Se eu contar a senhora não vai entender e talvez até me julgue.

- Sabe que nunca julgaria nem você ou qualquer outra pessoa. Sabe que pode confiar em mim.

A olho bem e decido contar. Ela é minha mãe, sempre foi minha amiga e como ela disse, nunca me julgaria.

-Eu me envolvi com...- assim que começo a desabafar meus pecados, a campainha toca.

-Espere um instante, eu vou atender. - assinto e ela vai até a porta.

Será que eu devo mesmo contar?

-Ora, mas você é o rapaz que anda deixando a cabecinha da minha filha tão doidinha?

-Garanto que não é minha intenção, senhora.

Ouço a voz de Guilherme. Merda! O que ele vai pensar agora?

-Que senhora, o que. Me chama de Sara. Entra, vem almoçar com a gente.

Escuto a porta fechar e passos se aproximando.

Ah não!

Qualquer erro, ajeito logo mais!

30 minutosOnde histórias criam vida. Descubra agora