Jeon Jungkook P.O.V
Pego o vestido que Isabella jogou para mim e encaro a peça por um longo tempo, perguntando-me por que ela fez isso mesmo a amiga dela estando quase ao seu lado. Ela, a amiga, me olha e sorri sem jeito, ajustando o vestido que ficou tão perfeito em seu corpo, como se tivesse feito somente para ela, como se seu corpo tivesse sido o manequim perfeito.
— Acho, que ela vai levar ele. — Ela diz, em inglês. Assenti lentamente e lhe entrego a peça, ela entra no provador e depois de uns minutos sai, vestida em um vestido mais simples do que estava, mais ainda sim prefeito em sua corpo magro. — Eu vou pagar isso. — Ela diz novamente, com um sorriso desajeitado e desviando seu olhar do meu.
— E eu vou atrás dela. — Digo me referindo a Isabella, ela assente lentamente e eu vou. Saio da loja e olho de um lado para o outro, tentando ver ao menos alguém parecido com ela. — Deveria ter estudado um pouco o português. — Me xingo quase inaudível e arrisco um dos lados. A todo caminho ignoro os olhos sobre mim, talvez seja por meu modo de andar, de está vestido ou até mesmo por minha feição diferente, asiática. Como podem achar que a Ásia é composta apenas pelo Japão e a China? Tem tantos outros países que compõem a Ásia como a Coréia do Sul e a do Norte, a Mongólia, a Tailândia, Filipinas e outros países que não me recordo, pois não me considero e nem me considerava um dos melhores alunos da disciplina de geografia, deveria ter me dedicado mais nessa matéria. Sorrio comigo mesmo pelo assunto bem aleatório, mas logo e volto a prestar atenção em todos que passam, e novamente não se passa, nem se longe, ninguém é ao menos parecido com ela. Eu deveria ligar, deveria, mas não tenho seu número tampouco influência para coletar informações, aish! Deveria ter ligado para Hoseok hyung e ter lhe pedido para fazer uma pesquisa minuciosa sobre Isabella, mas estava cansado demais para ligar para aquele inútil e receber mil perguntas ou até mesmo ser obrigado a ouvir os gemidos de sua namorada Wendy. Gosto de ouvir quando eu os provoco, não quando alguém está fazendo isso. Jogo o cabelo para trás e depois repouso as mãos na cintura, onde você está?
Sem obter sucesso em minha procura, resolvo dá a volta e esperá-la na loja em que estava. Caminho de cabeça baixa, ofegante, por que perdi tanto ar se ao menos corri? Ergo a cabeça e vejo a amiga de Isabella, parada com duas sacolas na mão. Me aproximo dela e falo:
— Não a encontrei. — Digo, jogando o blazer para trás e descansando a mão na cintura, ainda indignado por minha falta de sucesso.
— Não precisa, ela voltou pouco tempo depois que você saiu. — Ela diz sem jeito.
— E cadê ela? — Ela pisca os olhos diversas vezes, suspira e olha para trás de mim, junto a um balançar.
— Ali. — Ela diz baixo. Olho para atrás de mim e encontro Isabella tomando um sorvete e com três bolsas de um sex shop aos seus pés, tenho certeza disso por que além do nome que não entendo, em embaixo, em letras pequenas, diz isso, junto a duas pernas e uma mão cobrindo a intimidade.
— Você estava em um sexy shop? — Pergunto incrédulo, me aproximando dela. Ela, lentamente, ergue os olhos até mim e dá de ombros, afirmando com um leve balançar de cabeça, em um sim.
— Meu vibrador está quebrado e eu precisava de uns brinquedos novos. — Ela diz simplória, como se não tivesse dizendo nada demais. Alterno o olhar entre ela e sua amiga, boquiaberto. Ela tem problemas, só pode.
— Eu também fiquei assim, acredite. — A amiga diz em um tom alto, aproximando-se de nós. — Mas já estou acostumada, Isabella tem um coração de pedra mas é uma boa amiga. Ela odeia Mark Tuan, é um alívio ele está com raiva dela, ruim ficará se ele demiti-la. — Ela cruza os braços e balança a cabeça negativamente, vendo a amiga apenas comer o sorvete e não ligar para o que ela diz. — E em questão aos brinquedos sexuais, não ligue para o que ela diz. Isso não é nem a metade do que ela tem. — A amiga dá de ombros e senta ao lado de Isabella.
— Quer? — Isabella oferece e a outra nega quase que imediatamente. Como alguém pode ser tão sexy chupando um sorvete?
— Acho melhor irmos, eu quero ir para casa e Mark me deixou para trás. — Digo sem jeito e Isabella assente, sem tirar a atenção do sorvete. — Eu não sei andar em São Paulo. — Digo sem jeito, coçando a nuca, novamente ela assente, sem tirar os olhos e a boca do sorvete.
Porra!
[...]
Chego em casa e abandono, esvazio, tudo que há em meus bolsos sobre a mesa, tiro a roupa estava, que parecia pesar, e vou para um banho. Se eu estiver certo e Mark Tuan ainda for para esse tal baile funk, ele virá aqui daqui a duas ou três horas, então tenho que está pronto até la.
Quando termino, pego o celular e vejo as mensagens não respondidas, as respondo sem cerimônias e logo em seguida volto a abandonar o celular sobre a mesa. Vou até a geladeira e de lá tiro um vinho, encho uma taça e bebo. O gosto do álcool descendo por minha garganta é ainda melhor quando se está longe de tudo e todos, longe de Lalisa e de suas amigas. Longe de problemas.
Descanso a taça sobre o balcão de mármore e caminho até o banheiro, faço minha higiene bucal e logo saio e vou para meu quarto, visto uma roupa menos formal e borrifo um pouco do meu perfume. Quando sento-me na cama para colocar o sapato social ouço o som da campainha escoar por todo apartamento. Afasto os pensamentos sobre a Coréia e todos que conheço de lá. Esqueça Jungkook. Ouço a campainha tocar novamente e suspiro.
Dever ser Mark.
Apresso-me em colocar o sapato e saio do quarto e vou até a porta, abrindo-a e me surpreendendo com a figura que vejo.
— Hora da festa.
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Entre Seus Lençóis
FanfictionJeon JungKook é alguém importante em seu país. CEO de uma empresa que nem de longe está prestes a falir e modelo, além das outras inúmeras habilidades que esconde, mas não por muito tempo. Em uma viagem de negócios para o Brasil, JungKook conhece Is...