12 - goddamn mouth.

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AVISO: esse capítulo tem cenas um tanto quanto pesadas, nada muito explícito, mas ainda sim, é pesado. se você não se sentir confortável, ter uma idade consideravelmente baixa ou apenas não gostar desse tipo de coisa, leia apenas até a primeira passagem de tempo ou simplesmente NÃO LEIA! vocês foram avisados, por favor, sejam educados com possíveis críticas, eu posso ouvi-los, mas não é necessário nenhum ódio gratuito.

Huening Kai

No calçadão novamente, nós andávamos - ou melhor, eu andava -rindo porque Soobin havia tropeçado alguns metros antes, e eu simplesmente não conseguia me controlar.

A coisa era que ele não havia apenas tropeçado. Ele tropeçou, fingiu não tropeçar, tropeçou de novo e xingou palavrões em tantos idiomas que eu sequer consegui compreender.

Eu simplesmente não conseguia parar de rir.

- Já faz cinco minutos - Empurrou de leve meu braço direito. - não tem mais graça, pare de rir.

- Eu paro se você conseguir me dizer quantos palavrões você disse. - Eu disse, me acalmando para finalmente parar de rir.

- E eu vou lá saber, Kai. - Ele pareceu pensar por um segundo. - Não lembro!

Sua expressão se tornou um pouco emburrada, e eu finalmente consegui parar de rir. Ele ficou bravo porque eu ri?

- Você não está bravo, está? - Eu perguntei, agarrando seu braço esquerdo, sentindo um pouco de medo de ter estragado o encontro que tinha ido bem até agora. - Soobin-ssi?

- Jogo sujo. - Ele disse, tentando manter sua pose séria. - Você sabe que eu adoro quando você fala assim.

Não sei não.

Mas é bom saber agora.

- Eu sei? - Perguntei, um tanto confuso. - Desde quando eu sei?

- Desde que eu te disse, eu acho. - Falou, um pouco cabisbaixo, e eu me senti culpado por não lembrar.

- Desculpa, eu não lembro. - Péssimo.

- Não tem problema. - Limpou a garganta. - Aonde vamos agora?

De repente, eu finalmente percebi: não havia pensado em mais nada. Merda.

Minha cabeça viajou para longe, buscando algo para fazer, mas eu simplesmente não sabia. Eu não conhecia muito do lugar, não tinha ideia do que fazer. Só me restava contar-lhe a verdade.

- Na verdade, eu... - Fiz uma pausa, buscando coragem para continuar e contar. - Eu não planejei mais nada.

Meu rosto automaticamente se virou para o chão, e eu senti a vergonha se fazer presente em meu corpo, esquentando meu rosto de forma nada discreta. Ele, por sua vez, como nos filmes clichês, usou sua mão para me fazer olhar em sua direção. Era uma bela visão, ou seria, se meu rosto não estivesse prestes a entrar em combustão por causa de sua expressão calma e dócil.

- Está tudo bem, babe. - Ele falou, calmo. - Eu acho que sei aonde podemos ir.

Ele olhou em direção ao horizonte, e por um momento, eu comecei a achar que ele estava sugerindo que nós dois entrássemos dentro do mar. Confuso, olhei mais uma vez na direção em que ele olhava e pude enxergar um lugar com alguns bancos de madeira em frente ao mar, mas não havia ninguém lá, porque quase todas as pessoas aqui hoje vieram ver um show que eu ainda não tinha descoberto de quem era.

Unfilled Wishes • [csb + hnk]Onde histórias criam vida. Descubra agora