Unfilled Wishes • [csb + hnk]

15 - lucky boy.

O capítulo não foi revisado, qualquer erro visto, por favor, me avise nos comentários.

Huening Kai

— Claro que sim, mas... — ele me olhou, pensativo. — Sua mãe não vai achar ruim? Digo, ela nem me conhece...

— Ela não está em casa. — me pronunciei, ainda com a voz baixa. — Eu não quero ficar sozinho, hyung...

Seu rosto se tornou melancólico, e eu pude sentir o quanto ele ponderou até sorrir fraco e assentir com a cabeça, ainda receoso.

Eu abri o apartamento com a chave metálica incrivelmente gelada para algo que estava dentro de uma mochila. Eu entrei primeiro, apenas limpando os sapatos no tapete. Já Soobin limpou seus sapatos no tapete e retirou de seus pés, deixando no pequeno degrau que separava sutilmente a sala da porta de entrada. Ri levemente de sua ação. Era um tanto fofo.

— O que foi? — indagou, confuso.

— Você tirou os sapatos. — comentei, simplista. — Eu acho fofo.

— Ah, não era para tirar? Desculpe, eu... — começou a se explicar, mas eu sinalizei com a mão para que ele parasse.

— Não tem problema tirar, minha mãe também faz. — fui até o sofá, sendo seguido por ele. — Eu sou o único mal educado aqui.

Por incrível que pareça, tudo que ele fez foi gargalhar. Sua gargalhada era gostosa e contagiante, se você não gargalhasse junto ao ouvir, certamente você sorriria, assim como eu.

Quando parou de gargalhar, ele me olhou, com suas pupilas dilatadas. Seu rosto daquela forma passava uma sensação de paz incontestável, ele em sua pose tranquila passava essa sensação por inteiro.

— Você tem um sorriso bonito. — ele falou, de repente. Eu estava sorrindo?

— Obrigado... — respondi, timidamente. — O seu também é bonito. Você é todo bonito.

— Sou? — sorridente, ele virou seu corpo para mim. — Bonito até os pés?

— Não sei, nunca te vi sem meias. — procurei episódios pela minha memória, mas realmente não havia acontecido.

— É melhor continuar sem ver. — falou, rindo.

— Por quê?

— Para não perder o encanto. — eu o encarei desconfiado, ele apenas deu de ombros. — Os pés são sagrados.

— Em que religião?

— Na minha.

— E se eu quiser ver seu pé? — perguntei, enquanto usava um dos braços no encosto do sofá para o apoio do meu corpo naquela posição nada confortável.

— Você não vai. — ele respondeu, recolhendo os pés para debaixo de seu corpo, na famosa "posição de índio".

— Por quê? Seu pé é feio? — provoquei.

— Não sei. O seu é? — rebateu.

— Você quer ver? — como resposta, ele assentiu com a cabeça e eu me virei para tirar os sapatos de forma lenta. Quando eu estava apenas com as meias brancas, eu o olhei novamente, ele me observava atentamente. Então eu me levantei, batendo as costas no encosto confortável do sofá. — Mas você não vai.